sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Opinião :: "Prometo amar-te"

"Isto não é um romance do Nicholas Sparks" devia ser uma das primeiras coisas que se diz sobre este livro. A história de Krickitt e Kim é real, e embora tenha corrido mundo, eu era muito nova para ter memória disso, se é que alguma vez foi notícia em Portugal nessa altura.
 
Sinopse

A minha opinião:
Em 1994 após três meses de casamento (e pouco mais de um ano de uma relação idílica) a vida do casal sofre uma grande reviravolta quando, a caminho de casa dos pais, sofrem um aparatoso acidente de viação que deixa os dois em estado grave, mas acima de tudo, priva Krickitt das suas memórias a curto prazo, ou seja, consegue recordar a família e tudo o que fez até cerca de um ano antes do acidente, tempo em que conheço, namorou e começou a construir uma vida a dois com Kim. Questão é: Krickitt não tem qualquer memória do homem que dizem ser seu marido, nem nutre por ele qualquer sentimento, este é um estranho para si, como qualquer outra pessoa que olha para ela nos primeiros momentos minimamente lúcidos após o acidente.

Como já vi o filme, abri este livro com uma percepção diferente dos que desconhecem por completo a história, no entanto, fui tomada de assalto por uma questão que agora vejo ter sido extramemente negligenciada na tela. A componente religiosa está muito presente na vida do casal e a sua fé e dedicação a Deus é referida muitas vezes durante a breve apresentação da sua relação e durante todo o processo de recuperação de Krickitt. No entanto, quem viu o filme e agora vai ler o livro a pensar encontrar uma romance de tirar o folego pode ficar desiludido com o que vai encontrar. O livro detalha uma relação a sério, sem os floridos de Hollywood, sem cenas com homens lindos de morrer e olhar de cachorro triste à chuva. "Prometo amar-te" é uma prova que o amor, quando é verdadeiro, encontra sempre uma maneira de juntar quem está destinado a ficar junto.

Sei que alguém menos crente, como eu, pode achar que o filme é melhor que o livro mas sinceramente acho que, agora que fiquei a conhecer a verdadeira história, com mais detalhes sobre as pessoas e as suas motivações, principalmente a forte influência que a religião teve nas suas vidas, preciso de rever o filme para o ver sob outra perspectiva. Sei que vou continuar a adorar o filme. Sabemos que a história é triste mas em parte, o momento que mais gostei no filme, foi igualmente o que mais que cativou no livro. Devido à necessidade de se voltarem a conhecer e criarem novas memórias, Krickitt e Kim voltam a "namorar" e chegam até a renovar os votos num segundo casamento.

No entanto, faço a mesma pergunta que fiz quando terminei de ver o filme:
Como será amar alguém que não se lembra de nós, nem do amor que nos une?

Quem quiser saber mais sobre Krickitt e Kim, deixo-vos alguns links interessantes
O Site Oficial de Kim e Krickitt e a página de Facebook

Para mais informações sobre o livro, consultem o Site Editorial Presença.


E já agora, vejam o trailer

o filme deve ser visto com um pacote de lenços à mão. Acreditem em mim!

Boas leituras, bons romances e bons filmes!
:)

2 comentários :

Rita Domingos disse...

Vi o filme esta semana (só o conheci agora por causa da recente divulgação do livro) e achei em simultâneo tão triste e tão bonito!
Dá realmente o que pensar quando nos deparamos com situações de perda de memória, não só para o sofrimento pessoal da pessoa que a perde, como para a família próxima que passa de querida a desconhecida. Gostei muito (e confesso que chorei)!

ElsaR disse...

Niatara, eu também chorei, é em simultâneo triste mas incrivelmente lindo. Gostava de ter feito a leitura e o visionamento ao mesmo tempo.