sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O voluntário de Auschwitz - Witold Pilecki - Vogais

Mais um livro, e não só mais um, mas sim, um muito bom, de um dos meus temas preferidos, a II Grande Guerra.
Desta vez um relato de 2 anos passados no campo de concentração de Auschwitz, um relato contado na primeira pessoa ao estilo de diário autobiográfico.
Um relato impressionante de um ser humano excepcional, o capitão Witold Pilecki o voluntário de Auschwitz.
Um livro em jeito de diário do Prisioneiro Nº 4859!
Ou 1313... mas isso deixo para que descubram nas vossas leituras.

Este livro é um registo histórico do que se passou neste e muitos outros campos de concentração Nazis, os maus tratos, as mortes, a fome, os piolhos, doenças, um pouco de tudo o que é mau na nossa sociedade, todas as crueldades que o ser humano consegue fazer aos seus semelhantes, o quão pouco vale a vida, e como é fácil cair-se num ódio desenfreado que consome tudo por onde passa... Mas também relata a esperança, a bondade, a coragem, a amizade a luta por tudo o que é bom, ou melhor tudo o que de bom um ser humano pode fazer, relata-nos as artimanhas, as facetas, a disciplina de alguns homens que apesar de sobreviverem num campo, estão prontos a morrer por um pedaço de pão, que possa salvar um amigo.

Esta história começa quando o nosso herói se deixa capturar em Varsóvia em Setembro de 1940 com  o intuito de ver o que se passa nesse campo, fazendo um relatório o mais preciso para depois as forças polacas poderem atacar o campo e libertar os prisioneiros (e isto não é spoiler!!!).

O nosso capitão testemunha toda a brutalidade que aconteceu com os prisioneiros, não só polacos, como com os restantes que foram aparecendo no campo, desde aqueles que eram aproveitados para trabalho, como aqueles que iriam directamente para a câmara de gás.
A brutalidade inicial, começou com toda a transparência, já que os prisioneiros eram mortos publicamente sem dó nem piedade à paulada ou espezinhados e por qualquer motivo, não só pelos tropas alemães, como também por compatriotas, os kapos.
Esta brutalidade inicial e declarada foi diminuindo ou sendo camuflada.
Em alguns casos utilizavam, fuzilamentos ou injecções letais e também as câmaras de gás que tentavam esconder a realidade do que se passava dentro do campo e as verdadeiras intenções dos nazis.

Outra coisa que nos é relatada neste livro é a criação de células com homens chave, os quais Pilecki ia recrutando com vista a estarem preparados para ocuparem o campo, se houve-se uma intervenção do exercito polaco.
Sem duvida que este é um relato que para quem quer saber um pouco mais de história tem obrigatoriamente de o ler. Um livro controverso e que como o próprio autor afirma vem levantar e reacender a discussão.
Digamos que Pilecki vem lançar mais achas pra fogueira, pois, apesar ter sido prisioneiro do regime Nazi, ele não perdoa e ataca o regime comunista de Estaline.
O autor não se poupa em críticas. " Na verdade , a maior potência combatente na guerra, a União Soviética de Estaline, apesar das suas diferenças comparativamente com o nazismo, só pode incluir-se na categoria dos criminosos e assassinos em massa"

Uma leitura com o apoio da VOGAIS Editora,
Para saber mais sobre o livro, aceda ao link.


1 comentário :

Ana Morais disse...

Este livro está na minha wishlist de natal desde que ouvi falar dele há cerca de 2 ou 3 semanas!

-AM
http://makingupcolours.blogspot.pt
* SORTEIO a decorrer no blog