terça-feira, 14 de janeiro de 2014

«A Caça» de James Patterson - Opinião

48h para mais um policial protagonizado por Alex Cross.
O ritmo foi mais ou menos como com o 1º que li dele, no final de 2012, mas este foi ao contrário, foi a 1ª leitura 2014.
No 1º contacto +- 90 páginas... o tempo não dava para mais.
Na 2ª oportunidade +- 300 páginas de enfiada... e fim!
Tal e qual 2012 ;)
Precisando que 2014 chegasse rápido e com um bom ritmo nada melhor que uma leitura assim.

James Patterson escreve um policial como quem escreve uma carta de despedida... estamos sempre à espera que seja o último momento, a hora do adeus. É um misto de novos episódios, cheios de imprevistos sucessivos, curtos, explícitos e empolgantes que imprimem um ritmo viciante à leitura. 
Se na abertura da saga de Alex Croos, senti que a violência fora doseada, já neste é macabra e com elevados requintes de malvadez. Infelizmente uma violência recorrente e que espelha alguns horrores que afectam vários países africanos.

Neste «A Caça», o leitor sente-se um mero espectador, sem grande margem para imaginar. O horror descrito, que queríamos que fosse mentira, o sofrimento e a violência desmesurada que são sufocantes, estão lá para nos arrepiar. De negativo só o desafivelar da relação entre Alex e Bree que me pareceu fazer pouco sentido, mas percebo, está feito para a adaptação cinematográfica e para arrebatar os momentos românticos deste policial.

Sou fã de James Patterson. Quando eu quero um livro para me fazer fugir e que me roube horas, é ele! É um policial sem meias medidas, sem politiquices descritivas, nem grandes patentes ou explicações exaustivas de hierarquias e burocracias. Sem dúvida que eu gosto de um policial que me arrepie e me horrorize, mas não precisa propriamente de ser um compêndio de ensinamentos. E este é muito conciso e organizado é como se não houvesse tempo a perder. A não ser que sejam do foro psicológico ou técnico que nos permita entender motivações e pormenores dos crimes e isso aumente a violência de cada acção, caso contrário, dispenso descrições. 
Não sei se me faço entender, mas fico à aguardar as vossas opiniões e especulações.

A frase que melhor retrata o livro é uma do Prémio Nobel da Paz, que não vou dizer, para não vos estragar a surpresa aquando da leitura... mas faz todo o sentido, só espero que não seja nenhum prenúncio!?

Uma leitura com o apoio, TOPSELLER, leia mais do livro, aqui.

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