terça-feira, 13 de março de 2018

Novidades Quetzal - Março


Um romance extraordinário, feminino (embora sobre homens), em torno de um matemático que encomendou a sua biografia antes de morrer.
Jorge Rousinol é um matemático galego, que sempre defendeu o esquecimento como o melhor veículo para a tomada de decisões acertadas. No final da vida encomenda uma biografia sua a uma casa editora. Estranha decisão para quem nunca quis recordar. O biógrafo escolhido acaba por ser alguém com quem privara décadas antes e que se vê, ele próprio, enleado em memórias moribundas.

É um romance em três tempos (o do passado do biografado, o do passado do biógrafo - e o do presente, que os une), que vê no arrependimento outra forma de se lidar com as recordações. Biógrafo e biografado conseguirão, em parte, o que pretendem: não se trata de esquecer, mas sim de escrever uma confissão. Uma escrita fantástica, inesperada, inovadora - de uma leveza surpreendente. Diálogos muito bem escritos, sensuais. Incursões pela magia dos números primos. Desenlace inesperado.


Os pensadores e as obras mais influentes nas atitudes da Nova Esquerda são submetidos a uma rigorosa análise neste estudo cheio de erudição e de ironia. Jürgen Habermas, Lukács, Slavoj Žižek, Miliband, Sartre e Hobsbawm, por exemplo, são estudados pormenorizadamente – com detalhes biográficos e bibliográficos. Scruton analisa as mudanças do pensamento da Nova Esquerda desde 1989. O resultado é uma crítica devastadora ao pensamento dominante nos média e no jornalismo atuais. Com este livro, Scruton desconstrói alguns dos mitos do pensamento politicamente correto dos nossos dias.



Como um fantasma ou uma fugitiva, Mary percorre a cidade de Londres, em perseguição da memória, mas também perseguida por esta. E esquecendo, graças à envolvente Amy Hide e ao charme do Sr. Asneira. Amis mantém um alto nível de suspense neste thriller metafísico, em que os segredos guardados zelosamente lutam corpo a corpo com visões alarmantes e reveladoras.


Enquanto "A Descrição da Infelicidade" é uma análise do ambiente psicológico e psíquico que antecede e condiciona a escrita dos grandes nomes da literatura austríaca, "Pátria Apátrida" explora as condicionantes sociais de uma visão literária do Mundo (embora o ambiente psicológico não possa ser apartado das condicionantes sociais nem vice-versa). Aqui, os autores austríacos escolhidos são estudados à luz de um tema comum a todos eles: a pátria e a ausência dela.


Uma pequena comédia humana, um fresco das nossas vidas cuja moldura é o espírito cáustico e irónico de um grande autor do nosso tempo. Um instantâneo é uma fotografia tirada com um tempo de exposição muito breve e sem apoio de um tripé. Aqui, Magris compõe uma sequência (cronológica) de textos muito breves, em que disseca pequenos e grandes aspetos da vida quotidiana, da vida política e da nossa intimidade. Estigmatiza falsas crenças, maneiras de ler e comportamentos por detrás dos quais se escondem abismos de incompreensão e superficialidade; destaca pequenos gestos que revelam a grandeza da alma humana; e tira da História e da Literatura situações surpreendentes que iluminam o presente confuso em que vivemos. Daqui emerge uma pequena comédia humana, um fresco das nossas vidas cuja moldura é o espírito cáustico e irónico de um grande autor moralista (na mais elevada aceção do termo) do nosso tempo – que não nos diz como devemos ser ou viver, mas que nos convida a olhar para nós com rigor e ternura.

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