Este livro faz-se escutar na primeira pessoa, é um relato das experiências de uma mãe com a recente descoberta do autismo do seu filho, Evan de 2 anos.
Jenny é apaixonada pelas descobertas, jeitos, trejeitos, caretas, manias e tantas outras coisas que caracterizam uma criança, mais propriamente o seu pequeno filho, mas o que Jenny não descodifica é que alguns desses gestos revelam um espectro de autismo, o qual vai ser diagnosticado no seu filho Evan.
Jenny Mccarthy afirma ter nascido para escrever este livro, talvez até possa ter razão! Para mim que li diversos sobre esta temática, no âmbito da licenciatura, sei que se me tivessem dado este livro como material de estudo teria despertado muito mais curiosidade do que grandes livros pretensioso e aborrecidos que fazem da doença, um problema ainda maior do que já é e dão uma visão desapaixonante e sem esperança para quem lida com autismo.
A sentença "o seu filho tem autismo" será por certo uma notícia dramática, quase uma catástrofe natural, daquelas que impossibilita qualquer acção, o choque é demasiado e a sentença é definitiva, não há cura para o autismo! Existem sim saídas e alternativas para uma vida adaptada ao autismo, reduzindo comportamentos específicos e permitindo que os portadores de tal doença não sejam marginalizados e isolados.
O livro fala-nos disso mesmo, de alternativas, de opções, de estudos, de novidades... pesquisas ao alcance de um click, ainda assim o trabalho é longo, árduo, tal como Jenny descreve, porém "a janela" torna-se cada vez maior e cada vez mais aberta e límpida, deixando ver um futuro mais risonho e esperançoso.
Um relato emocionado e emocionante, que nos deixa com vontade de conhecer mais, tendo o próprio livro como uma sebenta de introdução ao tema e percebendo que o autismo pode não ser uma ilha isolada de sentimentos reprimidos, desejos perdidos e comportamentos assustados...
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