Depois de ter lido "És o meu segredo" e ter gostado bastante, percebi que já me tinha cruzado com este autor em "Não vou chorar o passado" e com a obra infantil "Amarguinha" com a qual fiz alguns trabalhos de literatura infantil.
Voltei mais tarde às leituras de algumas das suas obras com "Encontro em Jerusalém" e "O Tempo dos Amores Perfeitos", ambos lidos nas férias, fruto das requisições na Biblioteca. Alguns anos depois cá estou perante este novo título me despertou enorme interesse, ou não fosse eu ter um fanático pela 2ª Guerra Mundial/Hitler em casa.
Surpresa, surpresa... O Homem que sonhava ser Hitler foi lido pelo Paulo com elevado empenho e foi partilhando comigo algumas passagens que aguçavam a minha curiosidade e quando passou para as minhas mãos foi lido com a mesma energia e voracidade para que percebesse o desfecho desta história actual, política e que nos levou a muitas conversas paralelas.
Tiago Rebelo imprime um ritmo de leitura incessante que nos deixa preocupados por saber o que acontece a seguir, são diversas histórias que se cruzam e que estão invariavelmente ligadas por ideias e crenças políticas, tendências ou simplesmente ideais mais frescos e pouco fundamentados que nos fazem criar para esta história diversos desfechos possíveis. Quase que loucamente, o leitor perde-se em teorias e acaba sempre por estar enganado, o que aumenta ainda mais a curiosidade de ler e ler incessantemente até chegarmos ao fim.
O final é impensável, tão simples e quase hilariante, isto se tivermos em conta todas as nossas especulações (minhas e do Paulo) , talvez por ser um tema tão actual e tão discutido, tanto em Portugal como no contexto Europeu, especialmente com o surgimento galopante de políticas e tendências nacionalistas de extrema direita.
Leiam e depois digam-me quem é que sonhava ser Hitler!!!???
Gostei particularmente da crueza urbana da escrita, fez-me lembrar Welsh.
ResponderEliminarBoa leitura, intensa e agradável.