Editorial Presença
Coleção: Grandes Narrativas
Nº na Coleção: 383
Sinopse:
Em Abril de 1992, Christopher McCandless abandona um
futuro promissor, a civilização, a sua própria identidade, doa os 25 mil
dólares que constam do seu saldo bancário e parte em busca de uma
experiência genuína que transcenda o materialismo do quotidiano. Rendido
ao apelo ancestral e romântico da vastidão selvagem do longínquo Oeste
americano, inventa para si mesmo uma nova vida e, sem o saber, dá início
a uma aventura que mais tarde viria a encher as páginas dos jornais. E é
com o justo sentido da dimensão trágica deste caso verídico que Jon
Krakauer o recupera para criar uma narrativa iluminada, que nos cativa
pela sua capacidade única de trazer para a página impressa a força
indomável de um espírito rebelde e lírico. Um must para todos os viajantes da estrada e da alma.
A minha opinião:
Fiquei a saber da existência do livro quando saiu o filme. Confesso que o realizador (Sean Penn) e a banda sonora foram os chamativos para mim mas há muito que prometi que iria tentar ler o máximo de livros possíveis antes de ver o respectivo filme e este foi mais um que se inseriu nessa categoria.
Cada vez mais, opto por não pesquisar muito sobre os livros para não estragar a surpresa de o ler, não perder a novidade a cada página. Já começo a fazer o mesmo com os filmes, depois apanho algumas desilusões.
Tinha algum conhecimento sobre a história de Chris Mcandless pelo pouco que li mas esperava algo de diferente do livro. Nem melhor, nem pior do que li. Achava que iria encontrar uma narrativa com passagens de um diário, com mais conhecimento real da visão da pessoa central na história. Não gosto de dizer personagem porque na realidade, esta história não é inventada, é a vida real de alguém que tinha um desejo, um sonho e um objectivo, que sabia que a sua felicidade tinha um preço e pagou para a ter com a própria vida.
O facto de o livro ser escrito por o jornalista que primeiro abordou o caso e com o qual se identificou imprime um cunho diferente ao livro. Quantos mais foram tocados pela decisão de Chris? Jon Krakauer foi um deles. Não falo só dos que conviveram com Chris no tempo em que se antecedeu à sua partida definitiva para o Alasca mas a todas as pessoas que tiveram conhecimento da história (nos anos 90 ou agora), que além de verem um lado louco na sua decisão, eles próprios sentem-se inspirados pela coragem e pelo sentimento evocado. Quantos, conhecendo os lados menos bons da aventura, não se sentem tentados a pegar na mala e a sair à sua sorte?
Creio que será a nossa própria visão do mundo, experiência e ideais a formular uma opinião sobre a história de Chris. Cada um terá a sua, única como cada um de nós.
A todos os que partem à aventura, boa sorte!
que besta!!
ResponderEliminarbem broco
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