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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Opinião :: "Comer e Amar em Paris"

 (Leitura com vista sobre os Champs Elysee Portugueses) 

« Excerto «

A minha opinião:
Uma história de amor com receitas que me fez sorrir muitas vezes com as descobertas gastronómicas de Elizabeth, com os conflitos culturais e com os detalhes que achei tão familiares entre a cultura francesa e a minha. Achei engraçado constatar que Elizabeth considera peculiares detalhes que para mim, portuguesa de gema, são parte integrante da minha vida, como o bolo de iogurte, um doce para se ter por casa, que é das poucas coisas que sei fazer bem na cozinha e que faz parte das minhas memórias desde sempre.
Gosto muito de comer e de beber mas sou péssima cozinheira. No entanto adoro ler histórias sobre comida, sobre a paixão dos outros à volta da mesa. Conversa à volta de uma mesa é das minhas actividades preferidas, tal vê-se nas curvas generosas de que sou detentora.
Quando olhei para a capa lembrei-me de Liz, a de "Comer Orar e Amar" mas não confundir com esta Elizabeth. Nesta história ela fica pela melhor parte, a do comer. Temos tudo na mesma coordenada geográfica e se nos crescer água na boca, a receita estará à nossa espera no fim do capítulo (aiii porco com mel que penso em ti desde que comecei a ler o livro!).

Elizabeth conta-nos uma história de amor, a sua. Uma aventura que tem "um foram feliz para sempre" mas quem não acaba quando ela e Gwendal se casam. Este é apenas um passo importante durante ao tumultuoso caminho que é untar sob o mesmo tecto um amor intercultural, com um oceano gigante de culturas tão díspares. Mais que os costumes, os maneirismo ou a comida, o grande fosso cultural entre a "nova" América e o velho continente é a nível mental, sobre como vemos as nossas vidas e a nós próprios. Pode soar exagerado mas, a maior diferença entre culturas é que vemos a vida de maneira diferente. Em "Comer e Amar em PAris", Elizabeth é a optimista Americana que vem de uma cultura onde tudo é possível, em que se vive a um passo acelerado e, ao se apaixonar por Gwendal e aceitar casar e viver em Paris, é diariamente confrontada com o aproveitar o melhor da vida que os Franceses têm como máxima (incluindo a ideia que é natural arranjar um amante no homem do mercado). De início é uma batalha interessante de ser ver, o clássico choque de culturas, quer na relação, quer vida diária de Elizabeth. Como tudo "primeiro estranha-se, depois entranha-se", vemos a adaptação gradual da vida, do palato e da maneira de pensar de Elizabeth à cultura a que vai começando a chamar casa.

Desafio quem consiga ler este livro sem sentir fome, vontade de cozinhar ou de fugir para Paris a meio da leitura.


Nota: Na página 253 encontro uma frase que na minha opinião não está bem traduzida e que me deixou sem perceber o seu sentido quando a li pela primeira vez. Apenas ao ler o parágrafo todo compreendi o que teria sido escrito em inglês. A autora compara a mulheres que "debicam" a comida e as que a devoram, relacionando directamente o seu comportamento à mesa com a performance na cama. A utilização da expressão "escolhem a comida", embora correcta, não me soa bem.

Para viverem uma aventura à moda de Elizabeth, visitem Paris (eu bem que ando a pensar nisso) ou sigam o blog da autora e a sua página no Facebook.
Para mais informações sobre o livro, visitem o site Marcador ou Editorial Presença

Boas leituras!!

1 comentário:


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