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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Opinião :: "Uma Vida ao Teu Lado" de Nicholas Sparks

Termino 2013 e entro no primeiro dia do ano novo a ler o mais recente romance de Nicholas Sparks. Estou a pedir sentimentalismo do mais forte que há e não me admirava nada acabar a fungar nas últimas páginas do livro, como acontece com tantos outros romances do autor. No entanto, que mais posso dizer, ADOREI! "Uma vida ao teu lado" é uma história simplesmente linda (e sim, eu ainda não acredito que estou a dizer isto!)

(a colecção Nicholas Sparks na estante da mãe)

Sinopse
Quando Sophia Danko conhece Luke, algo dentro dela muda para sempre. Luke é muito diferente dos homens ricos e privilegiados que a rodeiam. Através dele, Sophia conhece um mundo mais genuíno e puro do que o seu, mas também mais implacável. Ela tem uma vida protegida. Ele vive no limite. À medida que se descobrem e apaixonam, Sophia encara a possibilidade de um futuro diferente do que tinha imaginado. Um futuro que Luke tem o poder de reescrever... se o segredo que o atormenta não os destruir a ambos. Não muito longe, algures numa estrada escura, um desconhecido está em apuros. Ira Levinson tem 90 anos e acabou de sofrer um acidente de carro. Ao tentar manter-se consciente, Ira sente a presença de Ruth, a sua mulher que morreu há 9 anos, materializar-se a seu lado. Ela encoraja-o a lutar pela vida, relembrando a história de amor que os uniu. Ira sabe que Ruth não pode estar no carro com ele mas agarra-se às suas delicadas memórias, revivendo as tristezas e alegrias que definiram a sua paixão. Ira e Ruth. Sophia e Luke. Dois casais com pouco em comum, cujas vidas vão cruzar-se com uma intensidade inesperada nesta celebração do poder do amor e da memória. Uma viagem extraordinária aos limites mais profundos do coração humano pela mão de Nicholas Sparks. 

A minha opinião:
 Alternar da história de Luke/Sophia para a de Ira/Ruth por vezes custou, sabemos que Ira se encontra sozinho, acidentado e doí, doí saber e pensar na quantidade de pessoas que acabam sozinhas os seus dias e a quantidade de idosos que sem família e amigos ficam esquecidos (talvez esteja mais sensível a este ponto tendo a minha avó se aleijado tão recentemente).
Ira, mesmo numa altura de provação como as horas que sucedem ao acidente, mantém a melhor companhia que podemos ter, a memória dos bons momentos e de quem os proporcionou. Se ver o início e o desenvolvimento da relação de Luke e Sophia nos aquece o coração, conhecer a ligação do casal mais velho e a sua vida em comum que se prolongou por várias décadas, é algo ainda mais maravilhoso.

Nicholas Sparks, não sendo o meu autor de eleição (porque não gosto de acabar a chorar como uma Madalena arrependida), conseguiu cativar-me com este seu último romance.
Este é apenas o 4º livro que leio seu mas foi o único em que compreendi porque razão é um dos mais aclamados autores de romances da actualidade.
Quando perdemos a fé na humanidade e a esperança de encontrar e viver um grande amor, os seus livros lembram-nos que há uma grande história de amor à espera de ser escrita e na qual temos o papel principal.

(citação para o Jarro - Já conhecem a iniciativa que lançámos no facebook?")

E o fim? Aquela parte que por mais curiosidade me dê, tenho sempre receio de chegar por esperar que uma ou outra personagem morra de um momento para o outro e eu fique a chorar, agarrada aos lenços de papel. Pois, o fim, o FIM foi ainda melhor do que pensei, porque mesmo quando a vida toma o seu inevitável rumo, existem sinuosos caminhos que são traçados pelas nossas escolhas e que nos levam a desfechos grandiosos. Senhoras, vão fechar este livro a sorrir!

Entretanto, quando estava a colocar o livro ao seu local de origem (em cima, a estante da minha mãe) dei por mim a avaliar os livros que ela tinha e os que eu já tinha lido - "Um homem com sorte", "A Melodia do Adeus" e "Dei-te o melhor de mim". 
Sinceramente não me lembrava deste último e tive de pegar no livro para recordar Dawson e Amanda.
Vi a única folha com um canto dobrado e reli-a para saber a razão daquela marca (até admira ter dobrado o canto, não o faço nos livros de mais ninguém a não ser nos meus).
Mas depois de ler a pagina percebi:
"Amanda seguia no mesmo carro com o homem que em tempos amara... Era uma loucura inimaginável, mas algo de excitante naquilo tudo. Pelo menos durante um curto espaço de tempo, não era nem esposa, nem mãe, nem filha e pela primeira vez desde há muitos anos, sentia-se quase livre...Dawson sempre a fizera sentir-se assim".

E porque estou em maré de citações, acabei por me lembrar de uma coisa que li da autoria do John Green
"'Maybe our favorite quotations say more about us than about the stories and people we're quoting.'"

:)

5 comentários:

  1. Uau... eu adoro acabar por chorar porque significa que a história me tocou mesmo! Ainda não conhecia esse mas também tenho um Nicholas Sparks aqui em casa, á espera que eu o abra :)

    Beijinhos xx
    www.helenaduque.com

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  2. mas que bela estante!
    que se disser prateleira, parece mal

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  3. Este livro foi uma prenda do meu noivo para o dia dos namorados do ano passado e simplesmente adorei. Só fiquei um pouco desiludida chegando ao final por que já tinha visto algo parecido então foi predecivel para mim. Mas para quem ainda não leu é melhor não contar essa parte do final, mas fica minha recomendação, pois me senti muito identificada com algumas partes do livro pois vivo intensamente um grande amor.

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