Fãs de E. L. James, Sylvia James e eróticos em geral, acerquem-se de mim!
Se reclamavam que os homens nos livros do género têm sempre algo tenebroso a esconder, metam os olhos em "Liberta-me" de J. Kenner.
Se reclamavam que os homens nos livros do género têm sempre algo tenebroso a esconder, metam os olhos em "Liberta-me" de J. Kenner.
Se há passado obscuro à espera de salvação é o da personagem
feminina e pela primeira vez, o drama centra-se no ultrapassar de um obstáculo imposto pela mulher, pelos seus medos e traumas. Bem, pelo menos neste livro!
Em "Liberta-me" não falamos só de um problema de confiança, falamos de marcas que estão gravadas bem fundo e que necessitam de muita dedicação e perseverança para serem ultrapassadas e abandonadas no passado, para que o presente possam correr sem interferências.
A personagem de Nikki (embora tenha nome de solicite americana loira burra) é uma mulher inteligente, profissionalmente bem sucedida, que teve uma dura educação sulista por parte da mãe mas que de tanto ser o que os outros queriam que fosse reprimiu a sua própria personalidade de modos extremos. Eventos do seu passado
abalaram a sua confiança e o rumo da sua vida mudou quando saiu do Texas com destino à Califórnia, mais propriamente para Los Angeles. No entanto, nem os três estados que separam os dois pontos são suficientes para afastar Nikki das amarras que não a deixar se tornar livre e completa.
A entrada de Damien na sua vida torna-se a centelha que precisava para atear o fogo que guarda em si. Ousada, com um equilíbrio brilhante entre a iniciativa e a rendição ao desejo, Nikki vai encontrar em Damien o parceiro à altura, para isso, basta aceitar e abrir a porta para ele entrar e ficar a conhecer os seus segredos.
Por vezes estar sem roupa não nos deixa despidas perante a outra pessoa, é quando abrimos o coração e a mente que estamos expostos. Só quando mandamos abaixo as barreiras atrás das quais nos escondemos é que abrimos caminho para a mudança e se tivermos sorte, para a felicidade e o amor.
No entanto, quando li a sinopse o meu interesse estava só a meio gás. Depois de ler tantos livros eróticos não sabia exatamente o que poderia esperar, que diferença nos traria J. Kenner nesta trilogia. Por vezes o que nos arrebata é o lado possessivo do personagem masculino, outras vezes a familiaridade com a personagem feminina ou então as cenas de carácter intimo (mesmo as feitas com público ou participantes extra) que nos tiram o fôlego. Para mim, "Liberta-me" convenceu-me pelos detalhes que nada têm a ver com o romance mas sim com a possibilidade desta ligação carnal ser apenas o que é, puro entendimento sexual e sincronia de "querer e poder". Embora inicialmente a ligação íntima que criam possa parecer um pouco "comercial" e até degradante aos olhos de almas mais puras, é uma decisão que Nikki toma conscientemente após ponderar (com a ajuda das suas hormonas) os prós e contras de se envolver com o enigmático Damien Stark e aceitar a sua proposta.
Por mais degradante que possa parecer aos olhos dos ditos que mencionei anteriormente, aos meus foi uma maneira de se despojar dos demónios do passado e acho que fez muito bem. Expor a sua nudez a Damien é abrir uma porta para expiar o passado, é tirar os esqueletos do armário para dançar com eles. "Liberta-me" centra-se emancipação de Nikki numa nova cidade, com uma desafiante etapa profissional pela frente e uma iminente ligação com um homem que está habituado a deter poder sobre tudo.
Por vezes dou comigo a pensar
"Venha lá um livro destes que não existem demónios do passado com que as personagens se tenham de gladiar".
Curiosamente, o que gostei é que neste livro os demónios que vemos caírem por terra são os de Nikki e dai em diante sabemos que, embora com passos pequeninos, caminhamos para um possível "viveram felizes e excitados para sempre".
Embora tenha encontrado detalhes que me fizeram pensar ou comparar esta história à trilogia 50 Sombras de Grey ou Crossfire (de Sylvia Day), gostei de encontrar em "Liberta-me" uma história que pegou nas fragilidades da personagem feminina e as deitou por terra. Sendo que a grande maioria dos leitores destes romances são LEITORAS, os livros devem ajudar as pessoas a libertarem-se do que as prende, do que as limita e por vezes, só o facto de ver alguém que nos é semelhante ultrapassar uma má memória ou uma trauma é o incentivo necessário para tomarmos rédeas da nossa vida. É claro que Nikki apoia-se em Damien, até demais mas a dependência que criam um do outro é o que os ajuda a desenvolver a sua ligação e a tornar um jogo em algo mais.
Embora tenha lido os dois livros seguidos, estou a tentar ser fiel à opinião que tive separadamente.
Por isso, a outra está já a sair do forno também.
Até lá....LIBERTEM-SE E SEJAM FELIZES!
Uma leitura com o apoio
Embora tenha encontrado detalhes que me fizeram pensar ou comparar esta história à trilogia 50 Sombras de Grey ou Crossfire (de Sylvia Day), gostei de encontrar em "Liberta-me" uma história que pegou nas fragilidades da personagem feminina e as deitou por terra. Sendo que a grande maioria dos leitores destes romances são LEITORAS, os livros devem ajudar as pessoas a libertarem-se do que as prende, do que as limita e por vezes, só o facto de ver alguém que nos é semelhante ultrapassar uma má memória ou uma trauma é o incentivo necessário para tomarmos rédeas da nossa vida. É claro que Nikki apoia-se em Damien, até demais mas a dependência que criam um do outro é o que os ajuda a desenvolver a sua ligação e a tornar um jogo em algo mais.
Embora tenha lido os dois livros seguidos, estou a tentar ser fiel à opinião que tive separadamente.
Por isso, a outra está já a sair do forno também.
Até lá....LIBERTEM-SE E SEJAM FELIZES!
Uma leitura com o apoio
O problema agora é esperar pelo último!! A partir de agora só me meto em triologias com todos os livros já publicados!! hehe
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