Se sim, pegue neste livro e leia-o, conheça a Íris e a história em que ela acreditou e que a fez mudar de vida.
Se escolheu entrar, fique desde já a saber que o café tem seis tipos de mesas, todas elas recheadas de magia! Não acredita!? Não faz mal... todos precisamos, de vez em quando, de um pouco de magia.
"As tardes de domingo são má altura para tomar decisões, sobretudo quando Janeiro cobre a cidade com um manto cinzento que abafa os sonhos." No entanto, eram vários os tons que abafavam os sonhos de Íris. A morte dos pais, a falta de um amor, a falta de uma amiga com quem partilhar coisas simples da vida, a falta de um emprego promissor...
Se existem problemas que são "nuvens que passam", o céu de Íris parecia teimar em não afastar o cinzento e a intempérie... até ao dia em que conhece Luca e o café mágico.
Posso dizer que suspeitei um pouco deste livro, com a ideia de que seria um romance banal disfarçado de mais um de desenvolvimento pessoal, no entanto, enganei-me. Agarrou-me desde o início, desde a banda sonora que se ia desenrolando, à explicação sobre os pensamentos (pág. 20) ou à metáfora "Cão pequeno procura amor grande" - afinal não é um pouco do que todos somos!?
Ao entrarmos neste pequeno e simples livro, sorrimos com as ideias meio loucas, mas curiosas que nos apresenta, como o "Psicanalista de bolso"... que bom jeito daria uma vez por dia ;)) E se eu já estava a entrar na magia daquele café, fiquei totalmente cativada quando por causa do livro voltei a Feist... uma sing song writer que bastante aprecio e da qual andava meio esquecida.
Poderia continuar a dar-vos motivos para lerem este livro, mas dou-vos BOAS NOTÍCIAS (pp.42)
“Nunca te esqueças disto: todos os sentimentos temo seu reverso. Sentir-se infeliz é a prova de que se pode estar alegre.
É uma boa notícia.
Quando te sentes só dás-te conta de como é bom estar acompanhado.
É uma boa notícia.
É preciso que algo te doa para que valorizes a felicidade de nada te doer.
É uma boa notícia.
Por isso nunca se deve recear a tristeza, nem a solidão, nem a dor. Pois são a prova de que existem alegria, o amor e a calma.
São boas notícias.”
Parece ridículo, banal e até um pouco infantil, mas são coisas tão simples e das quais tão facilmente nos esquecemos. Ou então a forma sempre negativa de olharmos para os episódios da vida quando simplesmente podem ter outra explicação, tão mais bela, tão mais esperançosa... como a do "papagaio que dizia «amo-te»" (pp.49).
Confesso que há alguma descrença da minha parte com a magia em torno da explicação para o local, mas parece-me que tem tudo a ver com a forma como interpretamos a vida. Nem tudo tem de ser racional e não precisamos de explicar tudo ou ter respostas para tudo, já que a vida por vezes faz-nos questões que não esperamos.
... por cá, o meu haiku resiste em nascer...
"O melhor lugar do mundo é aqui mesmo", é um livro sobre superação e esperança. A magia de voltar a acreditar na vida e nas coisas simples que podem acontecer quando simplesmente nos entregamos. O livro que nos revela algumas surpresas e nos mostra que a vida é bem capaz de ser mais sorridente quando nos permitimos a sorrir mais!
... experimente a banda sonora, a sugerida e a que o livro me fez achar adequada.
Agora baralhei-me...qual é a banda sonora sugerida pelo livro e qual a tua?
ResponderEliminarEstá "misturada", algumas músicas sugeridas pelo livro levaram-me a outras que já gosto e daí compor essa lista...
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