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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

INVISÍVEL, de James Patterson e David Ellis - Opinião

Invisível é coisa que James Patterson não consegue ser. E felizmente!

Se existem policiais a um ritmo delirante e com crimes que roçam o hediondo, já para não falar de cenários reveladores e denunciantes, que expõem os podres da sociedade em geral, Patterson é exímio em combinar estes três traços e sempre sem cansar ou entediar o leitor.

Nada é colocado que se considere supérfulo. Patterson e respectivos parceiros de escrita querem entreter, mas mais que tudo querem alimentar o ávido leitor, que anseia por livros empolgantes.

Este Invisível é totalmente empolgante, desde o primeiro pesadelo, desde as primeiras linhas... até ao último delírio, ao último suspiro e ao derradeiro "Sim!"

São geniais, os contornos arrepiantes que este thriller consegue traçar. Experienciamos o transtorno de Emmy, ainda no rescaldo da morte da irmã, e será rescaldo enquanto não consumar o seu suposto delírio. Emma Dochery ou a Emmy de Books, Harrison Bookman, o livreiro de modos gentis, um intelectual com perspicácia minuciosa e ex inspector. Ex. analista de informação é o que Emmy também é, mas deixemos essas explicações para quem ler.

Explico apenas que Invisível é e será mesmo o livro, pelo menos na secção dos crimes, O livro do verão! E não podia deixar de o ser. A ameaça é tenebrosa e sórdida e à medida que os incêndios vão acontecendo e o FBI vai acreditando e permitindo a Emma que os causos sejam revistos e analisados de perto, os contornos sórdidos e desumanos vão traçando uma linha de franca demência. O assassino especula os maiores níveis de dor possíveis de serem experimentados. A tortura é descrita com intensidade e sem esconder nada ao leitor. É arrepeiante e deve ser a única vez que apetece fechar o livro. Bem talvez apeteça numa outra, quando se revelam pormenores, igualmente bizarros de um outro criminoso, levantando já o véu para uma possível continuação, onde Books e Emmy podem voltar a trabalhar em conjunto.

O cepticismo inicial do FBI, essencialmente do apalhaçado Dick é corroborado pela perícia e profissionalismo da patologista forense Olympia Janus que explica a forma bem macabra das "intervenções" que o assassino faz nas vítimas, isto antes de as tornar vítimas de incêndio. A atitude patológica aqui descrita está ao nível de um Hannibal. É realmente chocante e o detalhe é bastante visual. Extremamente bom, é como se todo o enredo fosse exacerbado por aquele relato de extrema violência. E a partir daí já não restam dúvidas.

Todo o livro tem cenas quase que de culto à violência. Uma violência que não se esconde nas entrelinhas, não há vergonha nem cuidado para não ferir susceptibilidades. Está feito para arrepiar e dar vontade de fugir, mas o ritmo e as revelações não se perdem em delongas e o leitor não conseguer resistir.

Se os crimes tem toques de Hannibal, as personagens também me fazem lembrar alguns actores de séries do género. Para mim, Emma é sem dúvida, Debra Morgan. Já o charmoso Books tem traços para ser interpretado por Clive Owen, com charme, timidez e ar alucinado o suficiente para se transformar de um intelectual livreiro num investigador fustigado pelas insónias. Já a lindissima Kelli Williams poderia bem assumir o papel da médica legista... e fico-me por aqui para não minar o vosso imaginário de personagens.

INVISÍVEL é O livro do Verão!
Ficam algumas das nossas fotos para a campanha de Brand Activition ;)












Na próxima quinzena há mais locais por onde o Invisível vai passear, ser lido e mostrado.
Boas leituras e boas férias.

Uma leitura com o apoio TOPSELLER.
Veja mais da campanha de promoção do livro aqui.


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