Uma boa filha, uma família abastada, uma mãe arrependida, um homem que a vida tornou delinquente, um polícia assoberbado e 5000 motivos financeiros para “Não digas nada” nos prender da capa à contra capa.
O cruzamento perfeito entre o Síndrome de Estocolmo e os planos maquiavélicos para arruinar a vida de alguém.
Agora senta-te aqui, presta atenção e “Não digas nada”!
Pela sinopse tiramos a ideia inicial deste thriller e uma boa lição de vida, nunca ir para casa com um desconhecido.
Mia, uma rapariga trabalhadora, oriunda de uma família proeminente de Chicago conhece Colin, o homem que irá mudar para sempre a sua vida e de maneiras inimagináveis ao longo de todo o livro.
O que começa com um “simples rapto” logo se torna num plano rebuscado e elaborado em cima do joelho por um criminoso com um súbito ataque de consciência. Mas será que tudo é assim simples e linear? Esta mudança de planos desencadeia uma nova série de eventos que ninguém conseguirá prever, nem mesmo os responsáveis pelo rapto de Mia, já que Colin agiu a mando de um homem vil e sob motivações que desconhecemos. Qual seria o objectivo do rapto de Mia? Quem seria o destinatário da mensagem? O que realmente aconteceu durante a reclusão de Mia e Colin?
São as respostas as estas perguntas que tornam “Não digas Nada” num thriller com capacidade de nos fazer consumir páginas atrás de páginas, de prometer a nós mesmos que “é só mais um capítulo” quando já passa da nossa hora de ir dormir.
O rumo da história toma um destino inesperado graças a uma narrativa elaborada por momentos pré e pós rapto, onde ficamos a conhecer a história através dos olhos de Eve (a mãe), Gabe (o inspector) e Colin (o raptor). A ausência do ponto de vista de Mia, deixa-nos à deriva quanto ao seu estado de espírito e sobre o quanto o período que esteve captiva a marcou.
É caso para dizer que passamos o livro todo a pensar “o que vai sair daqui?”
Uma leitura que teria sido mais emocionante se eu não conhecesse o factor chave do livro, o que tem surpreendido toda a gente. Embora tenha gostado imenso do livro, já sabia o nome do culpado nos primeiros capítulos (culpem a série Scandal!) e por isso sentia-me no direito de exigir um final mais elaborado (não é que não o seja, não o foi para mim!). Saber o culpado fez-me sentir falta daquela “chapada na cara” que é descobrir tudo num fim inesperado. Se não ficarem a conhecer a maquinação por detrás da história logo no início, vão encontrar em “Não Digas Nada” uma intriga de alto calibre e uma história que vos vai deixar emocionados e levemente arrepiados.
Acima de tudo, deixou-me a pensar:
Seremos bons filhos?
E pais. Somos bons pais?
Até que pontos estamos dispostos a demonstrar o bom e mau nestas duas facetas?
Até que pontos estão os outros dispostos a ir para demonstrarem o seu amor ou a sua indiferença?
Em “Não Digas Nada”, as acções “falam” mais alto que as palavras.
Um thriller a não perder, pela mão da
Acabei-o ontem e adorei!!! Não sabia nada da história e como tal, foi uma surpresa até (quase) ao fim... Eu tenho o dom (terrível) de mts vezes descobrir o fim de livros/filmes... E senti, ao longo do livro o que aconteceria ao Colin/Owen (não me quero prolongar para não ser spoiller)... Não estava era à espera do epílogo... Flipei!
ResponderEliminarBom livro! ;)