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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Opinião :: "Um Amor ao Luar"

Emma Wildes tem uma formula de sucesso, pelo menos no que posso constatar com a minha leitura dos dois primeiros livros da série Whispers of Scandal.
Numa jogada inteligente a autora combina elementos que à primeira vista podem parecer distintos mas nos seus livros adquirem uma consistência homogénea ao misturar romance histórico, erotismo e a pitada necessária de policial para nos deixar presos à história que nos contam.


Quando iniciamos “Um Amor ao Luar” estamos longe de imaginar o seu desfecho.
Uma das principais beldades da época, Lady Elena Morrow, proveniente de uma família de bem e prometida para casar, acorda na mesma cama que o Visconde Andrews, um dos mais afamados libertinos da sociedade Londrina e que se sente tão perplexo como a jovem ao se encontrar fechado, no meio de nenhures, com alguém que nem sequer conhece.
O seu desaparecimento em simultâneo suscita, como seria de esperar, um burburinho no meio capaz de arruinar por completo a honra de Lady Elena, caso se confirme o seu paradeiro e a presença d’o Corvo a pairar à sua volta.
A pedido do pai de Lady Elena, Lorde Heathton, marido da sua prima Alicia é chamado a resolver o mistério do desaparecimento conjunto. Dotado de conhecimentos e perspicácia de um passado ao serviço da coroa, Lorde Heathton fará os possíveis para encontrar a jovem beldade enquanto se degladia com a astuta esposa e o ultimato que esta lhe faz ao fim de seis meses de casamento.
Lady Heathon sabe que, embora os seu casamento tenha seguido os padrões da época, está longe de ter o que mais quer, o conhecimento íntimo do seu marido e uma maior ligação entre ambos.
E enquanto somos brindados por um vislumbre de um casamento recente, típico da era vitoriana mas que nada terá de convencional, somos agraciados com o outro lado da história onde Elena e Ben permanecem fechados em local incerto, sem mais nada que fazer a não ser passar o tempo e tentar encontrar uma razão e os responsáveis pela sua clausura. Lady Elena e Ben, o Visconde Andrews acabam por serenar na presença um do outro, tomando a liberdade de falarem honestamente e abrirem mão dos seus pensamentos sobre os mais variados temas. Mas seja por culpa do destino ou de alguém que pensa comandar esse poder divino, Elena e Ben acabam por sucumbir ao desejo. Até quando estará a salvo a inocência de Elena?
Será que ao serem libertados, e mesmo que se esclareça tudo perante a sociedade, Elena terá a sua reputação incólume?
Seja como for, ninguém saberá o que se fizeram atrás de portas fechadas.
O que se faz em segredo, fica em segredo.
Mas será que Elena e Ben vão querer guardar entre paredes a sua descoberta?
E o culpado, será que era isso mesmo que queria quando os raptou?

O final de “Um amor ao luar” deixa-nos prontos para iniciar o livro seguinte, talvez porque sabemos  ter mais oportunidades de aprofundar o conhecimento sobre o causador destes rumores que destroem a reputação de jovens debutantes mas porque seremos igualmente brindados com um novo par e com o enamoramento dos Heathons que se admiram e amam mais a cada novo dia.

Quem conhece Emma Wildes?
Com estes dois livros, a autora vai ficar na lista das que mais me surpreendeu. 
Até tenho receio de ler mais livros seus e acabar completamente rendida a todas as suas histórias.

Próxima crítica:

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