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domingo, 14 de dezembro de 2014

"O que os portugueses têm na cabeça"

Esta semana ficámos presos à reportagem do Observador a Marisa Moura, autora de "O que os portugueses têm na cabeça". Não, perdão, o que nos despertou a atenção foi mesmo o título e todos os comentários à flor da pele que o mesmo artigo gerou (já vai com mais de 20mil partilhas no facebook)
Depois de lermos "Os portugueses são um povo completamente mal educado" tivemos a brilhante ideia de o incluir na ementa do nosso próximo jantar de amigos. Ora confirmem lá a receita.


Ingredientes:
Livro - "O que os portugueses têm na cabeça"
Amigos (opiniosos e portugueses, se tiverem um amigo que tenha estado fora ou até um estrangeiro, será ainda melhor)
Jantar (mesa cheia que é para a conversa durar!)
Vinho (tinto, de preferência!)

Modo de preparação:
Coloquem o livro na mesa da sala
Disponham os amigos ao longo da mesa, alimentem-nos e sirvam bebida
Assegurem vinho durante a refeição (anúncio importante!)
leiam excertos do livro
e vejam os ânimos elevarem-se numa acesa discussão 

:)
Depois dos comentários que vimos, não vamos perder a oportunidade de ler este livro. Ou terá sido a reportagem do Observador que veio gerar esta polémica?

Sinopse:
A jornalista Marisa Moura mergulhou em textos de pensadores portugueses e estrangeiros de hoje e de outros tempos, analisou estatísticas, estudou comportamentos e questionou especialistas para tentar encontrar uma resposta para esta incómoda pergunta. O que é que os portugueses têm na cabeça? Haverá características comuns a todos nós, habitantes deste país com nove séculos de história, recordista no consumo de antidepressivos? Somos marcados pelo fado e pela fatalidade. À pergunta «como tem passado?» segue-se uma sentida lengalenga, como se fôssemos empurrados pela vida. A palavra pontualidade não consta no nosso dicionário, ao ponto de o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ter-se atrasado 31 horas e 27 minutos na entrega do Orçamento de Estado para 2009. Derretemo-nos por um canudo, doutor ou engenheiro é à escolha do freguês e cai o Carmo e a Trindade quando um ministro ousa pedir que o tratem por «Álvaro, simplesmente Álvaro». Fazemos estádios megalómanos e estradas que não acabam, mas não é de agora. Já D. João V tinha estoirado o ouro do Brasil em obras como o Convento de Mafra, enquanto endividava o país. E como esquecer o improviso, aquela maneira de dar a volta à situação, de contornar o problema, tão comum nos Portugueses? Marisa Moura fala-nos, num tom bem-humorado e acutilante, de todas estas características, reunindo exemplos concretos da nossa história passada e presente, numa tentativa de organizar ideias e ilustrar a nossa (in)consciência coletiva.

Estereótipos, ideias feitas... ainda assim características que nos permitem refletir e também sorrir.

http://www.esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=435

4 comentários:

  1. Em Dezembro de 2015 passai pela livraria mais bonita e antiga no Porto e o livro da Marisa Moura ja estava nas prateleiras' o que os portugueses tem na cabeça' chamou logo a minha atenção. Sou casada com um portugues, e o meu drama ' nao estou a exagerar' é o que a minha nova familia tem na cabeça. Mania das grandezas e dos doutores e uma desorganização em torno de Serem aceites na sociedade com o intuito tendo elevar o seu status. Eu sinto-me frostrada com todos estes atributos da minha familia por afinidade. Por vezes até tenho vergonha. Ja pensei a mais de dez anos escrever um livro apenas a retratar esta familia. Gostava muito de poder falar com a Marisa.fiquei agarrada ao livro dela. 24 horas e já o li 2 vezes. Parabens Marisa pela coragem.

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  2. Científico profundo e culto com argumentação válida sobre o que é ser português leiam o prof. Eduardo Lourenço, isto é lixo e decadência, falta de nível desta sra que deve estar à procura de protagonismo.

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  3. Excelente, todos os portugueses e colonizados por eles deveriam ler, o livro confere uma oportunidade única de crescimento em todos os âmbitos da vida do ser humano, eu particularmente estou fascinada com a lucidez desta brava jornalista, o mundo precisa de mais Marisas para nos ajudar e sermos pessoas melhores.

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