"Uma mensagem universal sobre o amor e a perda num romance de estreia comovente, que se lê num fôlego"
Realmente, "A vida na porta do frigorífico" lê-se de rajada mas o impacto da história e a proximidade que o tema tem da nossa vida diária têm um peso significativo que nada é influenciado pela rapidez da leitura ou o modo informal como a história de Claire e a da sua mãe nos é contada, pela troca dos recados que deixam uma à outra na porta do frigorífico.
À medida que a idade trás independência de movimentos no dia a dia entre casa e escolha, o tempo passado em familia diminui significativamente para qualquer jovem. Agora juntem um adolescente com uma mãe médica, sobrecarregada de trabalho e com horários mirabolantes. Assim temos uma mãe e filha que raramente se encontram, que comunica atráves de recados para falarem de tudo, do mais banmal como a lista de compras aos mais sérios como a saúde, os sentimentos avassaladores do amor adolescentes ou da impotência face à doença da mãe.
Num relato que nos leva ao longo de um ano de distância, doença, crescimento e perda.
Alice Kuipers consegue descrever muito bem os sentimentos de ambos os lados e embora considerasse mais provável esta história ser composta por sms e emails, há uma certa nostalgia em chegar e casa para encontrar uma mensagem que nos é destinada.
"A vida na porta no frigorífico" faz-nos pensar no tempo que andamos concentramos na nossa vida, nos nossos problemas sem dar atenção aos que nos são mais queridos, especialmente a nossa família. Se os acidentes nos levam quem mais amamos, também o tempo é nosso inimigo e acaba por nos roubar quem tanta falta nos faz.
Hoje, liguem à vossa mãe, ao vosso pai, à irmã, aquela amiga de quem gostam muito mas com quem têm vindo a adiar um café faz tempos. Façam-no hoje!
Alice Kuipers é uma aposta
A opinião ao seu mais recente livro, "O pior dia da minha vida" já se encontra publicada aqui.
acho que ainda não tinha visto esta foto, está excelente
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