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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

American Sniper :: A arma letal dos Americanos na guerra do Iraque

Por aqui somos fãs de quando os livros se tornam filmes. Desta vez estivemos todos presentes na antestreia de American Sniper e não podemos deixar passar a oportunidade de partilhar convosco a nossa opinião.

Fica o agradecimento à revista Metropolis e à editora Vogais pela possibilidade de assistirmos à ante-estreia.


A visão da Cris.

Chris Kyle, um herói, um guerreiro, uma arma mortal, um perigo, uma vítima... amado por muitos, odiado por tantos outros.
Sem dúvida um filme intenso, rematando de forma cruel que ambos os lados sofrem horrores indescritíveis. Todos os lados, e, vendo bem são muitas as perspectivas envolvidas. 
Da guerra nada de bom advém e é bem certo... pelo menos tudo o que é apanhado no meio. 
Não é fácil tomar partido e acho que essa também é uma das mensagens do filme.
Pela mão de Clint Eastwood, entre tantas outras coisas, captando o lado mais introspectivo e sério que vi até hoje em Cooper.


A visão da Elsa

Quando soube que este filme ia ser adaptado ao cinema por Clint Eastwood não hesitei, ofereci-o ao Caracol e coloquei-me em lista de espera para o ler (a isto se chama prenda estratégica!)
Comecei a ler o livro no próprio dia da estreia e não tinha ido mais adiante na história de Chris do que o primeiro curso que realizou nos SEALs e o seu casamento com Taya. Gosto do seu modo sincero e directo de escrever, da razão inequívoca da sua decisão de defender o país e especialmente os seus camaradas no terreno. Só vou nas primeiras 200 páginas e confesso que nunca tinha lido tanto sobre armas mas estou a gostar de ter uma visão da guerra por quem lá esteve. É exactamente isso que temos no filme, um relato directo e brutal pela mão de Clint Eastwood, que nos reforça a ideia que na guerra é matar ou ser morto.


"O que me atormenta são os tipos que não salvei"

Quando soube que seria Bradley Cooper o escolhido para o papel de Chris Kyle fiquei apreensiva. Tinha vista fotos de Chris Kyle e ele era uma armário, em contrapartida o Br(e)adley é tão bonito que doi só de olhar para ele, bonito de mais para ser parecido com Kyle (na realidade o SEAL fazia dois dele). E querem saber uma coisa espectacular? Durante todo o filme quase me esqueci que estava a olhar para o Cooper, ele encarnou Kyle dos pés à cabeça, tão bem que tenho lido testemunhos de veteranos que consideram a sua prestação tão brilhante ao ponto de o considerarem um irmão SEAL (honorário mas ainda assim SEAL).
Chamem-lhe propaganda patriotica de bandeirinha a abanar mas no final, mais que o filme sobre guerra, sobre um dos grandes males do mundo, é também uma pequena amostra da vida militar, do efeito que esta tem na família e nas relações dos soldados e acima de tudo, é uma homenagem a Chris e a outros que perderam a vida nesta e noutras guerras.
Pensar que um gajo que esteve na guerra tanto tempo e que conseguiu salvar a vida de tantos colegas é morto por um veterano com stress pós traumático a meia dúzia de quilómetros de casa.

Nota: encontro alterações entre o que vi no filme e que já fui apanhando do livro. Se querem uma visão mais detalhada, não tão perfeitinha da vida e missão de Chris, então leiam o livro. Garanto-vos que a descrição das armas não é assim tãaaaao detalhada.




A visão do Paulo.

Apesar de muitos críticos dizerem que o filme é propaganda americana fora de horas, eu penso que Sniper Americano não podia vir em melhor hora, devido aos acontecimentos mundiais de terrorismo.

Um filme que de uma maneira muito séria, nos leva a pensar na guerra e nos seus efeitos.
As escolhas que muitos homens e mulheres têm de tomar num contexto de guerra, matar ou não uma criança, quando está a ser instigada pela mãe a atirar uma granada contra o inimigo, são perspectivas pesadas que nos mostram o efeito da guerra. O filme mostra também o peso do clima nas famílias, o ambiente de pós-guerra dos que regressam e a vida daqueles que perdem, familiares, amigos, alguns perdem-se a si mesmo, fisicamente e mentalmente.

Mostra-nos também a crueldade, tanto do lado dos Americanos como dos Iraquianos e outros que lutaram nesta guerra, aqui sempre a defender o lado americano, não era de esperar outra coisa, mas um dia espero ver um filme do mesmo estilo do outro lado.

Enfim, a mensagem também é, devíamos a todo o custo evitar a guerra!

Mais coisas a apontar neste filme, adorei toda a a transformação do actor principal Bradley Cooper 
e a interpretação da sua esposa Sienna Rose Miller e por fim tenho de dizer que sou fã da maneira de filmar simples e eficaz do Clint Eastwood.


Boas leituras e bons filmes !

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