“Suponho que, às vezes as melhores recordações são feitas nos lugares mais improváveis, outra prova que a espontaneidade é mais gratificante do que uma vida meticulosamente planeada”
Quem leu a minha opinião sobre o primeiro livro sabe que este figura na minha lista de preferidos e que estava mais que ansiosa para ler a continuação, especialmente depois daquele fim que nos aperta o coração e de ter passado toda a leitura com um sorriso na cara pelas atitudes de Andrew e as loucuras que vive com Camryn.
Quem ainda não leu o primeiro faça o favor de fechar esta janela e de o ir comprar. Não aceito cá queixas de spoilers! Na realidade, é quase um crime estar a ler isto se não leram o primeiro.
Em “Entre o agora o sempre” o casal recompõe-se do grande susto que os abalou no final do outro livro. Pouco e pouco, os primeiros passos numa nova fase começam a ser dados mas essa nova etapa é delicada e o que nunca queremos que aconteça acaba por assombrar a vida do casal, em especial de Camryn que se culpa pelo sucedido (isto escrever sem spoilers é uma loucura!)
Destroçada pela perda, Cam isola-se atrás de um sorriso fácil e um encolher de ombros que gradualmente a leva ao limite, a um momento de fraqueza.
E o que os salvou no primeiro livro? O que os tornou na dupla Andrew & Camryn? A estrada e a existência um do outro.
Reavivar o que os uniu enquanto fazem da música o seu curativo e se encaminham para sul em busca do tempo mais quente é tudo o que precisam para iniciar esta longa jornada. Andrew e Camryn estão mais maduros, um pouco mais apreensivos pelas partidas que a vida lhes tem pregado mas continuam decididos em se amar, em cantar juntos e em viver na estrada até estarem prontos a tomar as decisões que qualquer casal tem de tomar um dia.
É tão bom voltar a vê-los na sua essência mas inevitavelmente a vida um dia tem de estabilizar, ser semeada e ganhar algumas raízes. Interessante é ver que mesmo enquanto o fazem, enquanto se tornam "adultos" nunca perdem o que os torna especiais.
Curiosamente dei comigo a concordar com estes dois numa certa altura em que Andrew e Cameryn dizem que tentar reviver um momento pode destruir a memória que temos dele. E depois? O que nos resta?
Do 1º livro tenho memórias muitos boas e quanto tentei reviver as sensações com este “Entre o Agora e o Sempre” o tiro saiu um pouco ao lado, não me deixou tão presa como com o outro É bom mas não há amor como o primeiro e “Entre o agora e o nunca” é qualquer coisinha de espectacular. Aqui temos uma sucessão de acontecimentos que os obriga a amadurecer mas que mesmo assim não lhes tira a magia nem aquela ligação especial que forjaram no primeiro. De facto este casal continua a apaixonar-nos, a mostrar que aquela pessoa, a tal, pode estar no lugar mais improvável mas quando o encontramos, bate no 20 a tudo e tem tanta capacidade para nos levar ao limite da vida, da liberdade, da felicidade como de apanhar os pedaços que se espalham quando nos desmoronamos. Andrew e Cam estão sempre lá um para o outro, na saúde, na doença, na vida, na morte, no presente e no futuro que lhes restar.
E no fim, oh no fim queríamos mais, só mais um bocadinho. Custa-nos deixar ir um amor tão bom :) E o quanto eu pagava para ver aquela tatuagem!!
Sem dúvida, J. A Redmerski fica no meu radar. Quem consegue trazer até nós um Andrew e uma Camryn, entralaçados numa combinação explosiva de romance, música, fatalidades e boa disposição é sem dúvida uma autora que fica no radar. Sei que se algum dos seus livros for publicado em Portugal, entrará automaticamente para a minha wishlist.
Até lá, fica uma música da minha playlist, aquela que desde que fiquei a conhecer no primeiro livro nunca mais saiu da minha lista, aquela que de vez em quando toca por aqui. Cada vez que a oiço lembro-me deste livro, destes dois e especialmente, de Andrew.
Claro que desde que conheci estes dois também consumo The Civil Wars, o que eles gostam de cantar juntos.
Boas leituras e sejam loucos, sff!!
Oh e relembro a minha opinião ao primeiro
Concordo totalmente!!
ResponderEliminarE chegamos ao fim, mesmo sendo perfeito, queremos apenas mais um bocadinho, quando cheguei ao fim chorei de alegria mas sem dúvida que queria sempre mais um bocadinho.
Um maravilhoso livro que nos faz tb querer um pouco de loucura na nossa vida xD
beijinhos,
Daniela RC
A banda sonoro é da tua própria composição ou está mesmo no livro!?
ResponderEliminarAdoro os The Civil Wars ;)
the civil wars faz mesmo parte da banda sonora, é a música que cantam juntos :)
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