Páginas

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Opinião :: "Eleanor & Park"

"Quero largar tudo para voltar a ter 16 anos e apaixonar-me loucamente por um miúdo que fale comigo através de letras de músicas e me toque como poesia declamada a céu aberto"


Se for mencionar todas as coisas que me fazem gostar deste livro, poderia começar pelo facto de a história de Eleanor e Park ter início no ano em que nasci. Parece-me o presságio indicado para um bom começo mas os motivos para gostar desta história não ficam por aí.
Temos o derrubar barreiras de preconceitos juvenis, temos um forte primeiro amor, temos uma banda sonora brutal, temos cenas que nos fazem sorrir de tão doces que são, temos outras que nos prendem a respiração mas acima de tudo, temos duas pessoas únicas, diferentes e especiais. Dois inadaptados, dois excluídos e como alguém mencionou no The Hunger Games “everyone loves an underdog” e eu não sou excepção. Gosto dos estranhoss, dos que não são iguais à carneirada, ora porque não querem ou porque não podem.
Eleanor e Park são mesmo assim, estranhamente deliciosos.

Conhemos Eleanor acabadinha de chegar, caída de para-quedas na casa onde a mãe foi viver com o novo marido. Sabemos que daqui a história não provoca sorrisos nem momentos ohh mas sim apertos de coração, arrepios e uma miríade de outras coisas más.
Eleanor, além de nova no pedaço, é a fatia maior do bolo. Com um explosivo cabelo ruivo encaracolado não passa despercebida por nada deste mundo, e a sua figura uns quantos números acima do tamanho popular, não contribui positivamente para Eleanor se encaixar na nova escola. A excepção ao tratamento desdenhoso é, a partir de certa altura, Park.
Park, o puto meio coreano lá do sítio, mantém à distância tudo e todos que o queiram cheatear. Entre a sua música e a BD, vive os seus dias em total passividade até ao dia em que a personificação de magia que é Eleanor entra pelo autocarro a dentro. O mundo de Park sofre um abalo mas o grande sismo ocorre mais à frente, quando se tocam pela primeira vez e este percebe que não consegue imaginar a sua vida sem que passe um dia em que não toque em Eleanor .
Raios, Eleanor & Park é lindo e faz-me sentir velha :)
A pouco e pouco, entre partilha de lugar no autocarro, música e banda desenhada, nasce uma linda amizade que se torna num belíssimo primeiro amor. Em parte inocentemente romanticos mas verdadeiramente conscientes um do outro, Eleanor e Park vivem uma história intensa, repleta de faísca e total desintegração física na presença um do outro.

Mas todas as belas histórias têm um senão….qual será o deles? Os idiotas que os rodeiam na escola? O preconceito com a figura de Eleanor? A família de um deles? O algo bem maior que passamos todo o livro a recear?
Claro que não vou vou dizer. Leiam :) Sabem que vão gostar! 

Eu termino a leitura com novas músicas na playlist, com os livros de Rainbow Rowell na wishlist e uma vontade enorme de voltar para os meus 15/16 anos.

“Se tinha saudades dele?
Ela queria perder-se nele. Pôr os braços dele à volta dela como um torniquete. 
Se lhe mostrasse o quanto precisava dele, ele fugiria”

A Saída de Emergência pode publicar os restantes livros da autora, que eu fico à espera, bem sentadinha, enquanto aprecio o Unknown Pleasures dos Joy Division ou deixo em repeat Love will tear us apart again

A Dreamworks comprou os direitos do livro mas para mim, que ainda estou a gravitar em torno desta história, não é possível começar já a pensar nisso. Adorei ler os tweets da autora sobre esta notícia. Confirmem vocês mesmos!

Até lá, fiquem a conhecer a história de Eleanor & Park
uma novidade

2 comentários:

  1. Bem...
    Mais um que vou querer ler!!!
    Adorei a tua opinião, que me fez ter imensa vontade de ler este livro.
    Obrigada pela partilha
    Bom fim de semana

    ResponderEliminar
  2. Oh Marisa, só agora vi o teu comentário.
    Vim reler a minha opinião sobre este livro, agora que fiquei a saber que FANGIRL vai sair em português :)

    Obrigada pelo teu comentários.
    Espero que entretanto já o tenhas lido.

    ResponderEliminar