Wow!!
Este foi o meu comentário ao chegar às últimas páginas de “A Promessa”, o primeiro volume da nova trilogia de Jodi Ellen Malpas, Uma noite.
Mais que a história, que me prendeu desde início, foi o fim que me surpreendeu. Confesso que não estava à espera do que li, dos segredos que descobri, especialmente da razão por detrás dos maneirismo de uma e outra personagem. Esse motivo foi o que me fez gostar bem mais deste início de trilogia do que dos três livros que compõem a trilogia Este Homem. Curiosamente, este tem a estaleca que o último capítulo da anterior trilogia tinha :) que continue assim.
Começamos por conhecer Livy, uma rapariga de 24 anos de Converse nos pés e uma vida semelhante a uma freira com um trabalho diário num bistrot Londrino a servir cafés.
Faz já alguns anos que Livy se fechou à luxúria e ao amor por conta do passado. Ciente de que quem sai aos seus não degenera, Livy resume-se à vida casa-trabalho-casa acompanhada pela avó e amigo gay mantendo a tentação ao largo não vá cair no mesmo destino da mãe.
Mas como seria de esperar há sempre alguém disposto a sabotar os nossos planos e a saltar o murro que erguemos à nossa volta e o caso de Livy não é excepção visto que quase cai de quatro das primeiros vezes que vê aquele enigmático, sério e sedutor dono dos olhos azuis mais cristalinos que alguma vez viu.
Como qualquer pedaço de mau caminho masculino, digno desse título, este também tem as suas manias e limitações, sendo a principal a proposta indecente a termo certo de 24 horas de prazer que apresenta a Livy.
Arrojado e indecente mas dono de umas nobres maneiras à cavalheiro inglês, Miller cai na vida de Livy para lhe dar aquilo que ele promete ser a noite da sua vida, sem mais nada, apenas uma promessa de prazer.
Mas será que uma noite ficará apenas por aí?
Soltará Livy as amarras inibidoras que mantêm a sua vida sob controlo em troca de uma noite com M? (eu gosto do nome dele, Miller)
Serão 24 horas o suficiente para apaziguar a chama que arde entre estes dois corpos incandescentes ou perfeitas para empurrar dois emocionalmente condicionados para um caminho sem retorno?
O desenvolvimento deste livro, quer seja pela relação hot & cold (íntima/ social) entre Livy e Miller ou pelo pano de fundo que começamos a vislumbrar ao longo da história promete algo mais que o típico homem dominador com dramas no passado que encontra miúda submissa para sexo louco. Esta generalização enjoa e curiosamente, não a encaixo na totalidade no livro. Sim, Miller é um gajo que sabe o que quer mas tem mais sob aquele aspecto frio e metódico do que transmite e Livy, por mais ingénua e descontrolada que possa ser na presença dele, mantém ainda uma réstia de dignidade que nem a última cena irá conseguir arrancar, espero eu.
Espero igualemente ver respondidas outras questões que ficaram por colocar já no próximo mês com o lançamento do segundo volume. O vazio com que as personagens terminam este primeiro volume é desconcertante e mal posso ver que caminho a autora decidiu arrastar estes dois. Depois daquela última cena, até eu me encolhi :|
Não quero estar a tentar encontrar profundidade numa poça de chuva mas há algo nesta história que nos leva a pensar qual seria a única coisa que nunca iriamos suportar ouvir da pessoa que amamos. Não falo de traições, nem de crimes ou ilegalidades, falo sim de algo que seja tão forte na vida da outra pessoa que vá contra todas as fundações do nosso ser, contra o que achamos digno e que por mais que amemos a outra pessoa não a podemos ter na nossa vida devido às escolhas que fez.
Ao longo do livro fui dobrando os cantos enquanto a playlist desta história se ia criando cena a cena. Sei que mal iniciei a leitura dei comigo a associar “The only exception” de Paramore à história de Livy e Miller mas depois percebi que a última música da playlist criada pela autora corresponde em pleno ao sentimento com que terminamos a leitura.
Jodi desta vez apanhaste-me de surpresa e com isso toda a minha atenção está agora focada na continuação desta história. Raios, não estava à espera desta, não depois do Jesse e a sua Mansão.
Por isso, deixo-vos com Paramore :)
Maybe I know somewhere
Deep in my soul that love never lasts
And we've got to find other ways
To make it alone or keep a straight face
And I've always lived like this
Keeping a comfortable distance
And up until now I had sworn to myself that I'm content with loneliness
Because none of it was ever worth the risk
Well, you are the only exception
“A Promessa” é uma aposta da
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