A próxima vez que andares de comboio (ou autocarro), olha para a pessoa que viaja à tua frente. Parece-te comum? Agora imagina os segredos que esconde, o lado secreto que ninguém desconfia que tem e que alberga mistérios que nem a própria sabe resolver?
Se alguém viajasse com Rachel no comboio esta observação seria bem comum.
Como qualquer pessoa que todos os dias se desloca na eterna demanda casa-trabalho-casa, Rachel deambula pelos seus pensamentos enquanto o comboio segue seguro pelos carris. Todos os dias, desde que começou a fazer aquele trajecto, Rachel não resiste em olhar para uma casa específica e fantasiar sobre o que vê desde a janela do comboio. Para colmatar a falta de interesse da vida actual, Rachel inventa nomes, profissões e sentimentos para as pessoas que vê ao longe, até que um dia, um fatídico dia, tudo muda. Uma descoberta, uns copos a mais, um memória difusa e uma série de personagens que são o que parecem e que nos levam a conjecturar diferentes desfechos e acima de tudo, diferentes culpados a quem apontar o dedo. E é daí para a frente que, numa narrativa contada por três visões diferentes, começamos a conhecer os vários intervenientes da história, em especial as três mulheres que dão contorno à história de “A Rapariga no Comboio”.
A facilidade com que nos embrenhamos nesta história, seja por simpatia com a drástica Rachel, com a inconformada Megan ou a ligeiramente paranóica Anna, é um ponto a favor, já o outro é mesmo as migalhas de informação que nos vão sendo dadas e que nos levam até ao final, até à descoberta do enredo. E raios, se eu não desconfiei do/a culpado/a desde o início.
Fiquei presa à história ainda antes de começar a ler o livro. As boas reviews que fui lendo levaram-me a pegar no livro e a consumi-lo de rajada.
É só a mim que surge aquela sensação de olhar para as pessoas que me rodeiam quando termino de ler um livro deste gênero? Serei a única a olhar para as pessoas que me são próximas e pensar “que segredo escondes”?
Agora fico é pacientemente à espera da adaptação ao cinema. Este é o tipo de filme que gosto de ver com amigos que não leram o livro para que quando for realmente revelado o culpado eu estar a olhar para a cara deles e não para o ecrã. Acreditem, as reacções são impagáveis quando já sabemos o final :)
Sabiam que Emily Blunt foi escolhida para um dos pápeis prinicipais. Será o de Rachel?
Até lá....leiam o livro, uma magnífica aposta
Não achei o livro tão bom quanto a publicidade que foi feita à sua volta... podes ler a minha opinião aqui: http://bomdiademanha.blogs.sapo.pt/opiniao-a-rapariga-no-comboio-23541
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