Perdoe-me Padre, pois eu pequei!
Não que seja uma pessoa católica mas este livro até a mim me fez corar.
Mas quando um padre e uma stripper se juntam, pode ser o início de uma piada ou de um romance proibido, fogoso e profano.
Acreditem em mim quando vós digo, com toda a certeza, que é a segunda opção.
O altar pegou fogo! Aí santo Padre Bell :)
Conhecemos o Padre Bell e rapidamente percebemos que ele é um daqueles membros do clero que nos faz dizer "até é pecado ser padre". Enveredou pelo caminho de Deus quando uma tragédia familiar o definiu e lhe deu o propósito de tentar emendar o mal cometido à sua família e à comunidade. Mas a sua pacata vida na congregação foi abalada no momento em que uma nova alma entrou no confessionário para pedir perdão pelos seus pecados.
Poppy nunca foi uma pessoa ligada à religião mas o momento em que decidiu largar a sua vida de menina rica e privilegiada e enveredar pelo strip, fez trazer a luz um lado mais negro da sua pessoa que sente necessitar de salvação. Um lado que encontrou um igual no doce e solícito Padre Bell, que na intimidade é um selvagem e dominador Tyler, cuja batina não conseguiu ocultar.
Pecado? Blasfémia? Profanidade?
Resposta é um ruidoso, escaldante e suado SIM.
Nossa senhora!
Alguma vez viram Californication? Aquela primeira cena com a freira cai completamente no esquecimento depois de visualizarem o que se faz naquela Igreja.
No entanto, cenas escaldantes à parte, este livro levanta questões interessantes.
Será que servir a Deus e amar o próximo, não pode incluir amor carnal para um membro do Clero?
Serão mais ou menos dignos aqueles que renunciam a sua vida religiosa para abraçar uma mulher, uma família e filhos?
Com tantos escândalos na Igreja, será o facto de um Padre se apaixonar o mais errado e chocante de todos?
Eu cá acho que não mas quem sou eu!?
Não sou católica ou praticante de outra religião mas nunca mais entro numa igreja com o mesmo espírito. Depois do que li, acho que me vou lembrar disto e serei tão pecadora como Poppy e o padre Bell. Estou mesmo a ver perder-me em pensamentos na próxima vez que visitar uma Igreja.
Se são religiosos.....hmmm, não leiam isto. Podem achar que eles profanaram o altar da fé e são capazes de queimar o livro ao fim de 50 páginas. No entanto, se a vossa comunhão com Deus não se restringir a símbolos e à própria igreja, talvez encontrem uma verdade inquietante nas palavras de Tyler Bell.
"Talvez tenha sido esse o plano de Deus o tempo todo para nós estarmos aqui, sozinhos nesse santuário, e forçados a enfrentar a verdade, que isto era mais do que luxúria. Isto era algo cru, real e inegável e não estava indo embora"
Curiosamente, não sei como este livro seria aceite no mercado português mas se ele cá chegar, estou cá para ver as reacções.
Só digo, ajoelhou, vai ter que rezar!!!
Eu já entrei numa igreja, fui assistir a uma missa, e confesso que tive MUITAAAAAAAAA dificuldade em me concentrar na celebração..... A minha mente divagava pelo altar a imaginar o Óleo da Comunhão.... AI DEUSSSSSSS, PERDÃO!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarAo ler este livro, ele me recorda a fraqueza humana que é enrolada por mundanismo onde o resultado é a traição. Quando falo em traição, englobo a relação familiar(ESPOSO(A)) também é neste caso a sacerdotal. Atualmente temos também muitos casados traindo o altar, destrói famílias. E remeto a culpa a própria pessoa que distancia da fé, independentemente de religião.Um ser de fé não se torna mundano!!.........Entretanto existe homens sacerdotais santo e esposas e esposos dedicados é que levam consigo o lema: ate que a morte nos separa. Sobre generalizar as coisas, isto eu não faço, pois acho e tenho certeza que uma laranja estragada não pode contaminar as boas.....Abraços
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