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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Novidade Dom Quixote :: KL - A História dos Campos de Concentração Nazis

O Livro de Nikolaus Wachsmann chega às livraria à 8 de setembro


Numa altura em que se assinalam os 70 anos do final da II Guerra Mundial, a DQ publica aquela que é considerada já a obra definitiva sobre o assunto. Desde a sua concepção, em 1933, até ao seu encerramento, na primavera de 1945, o historiador britânico assina uma história geral do amplo sistema de campos de concentração, bem como das experiências quotidianas dos seus habitantes – perpetradores, vítimas, e todos aqueles que viviam naquela área que Primo Levi designou como «zona cinzenta». Wachsmann não sintetiza apenas o trabalho académico de uma geração, uma parte importante do qual desconhecida até agora fora da Alemanha, como também faz revelações surpreendentes, baseadas em muitos anos de pesquisa arquivística. 

1 comentário:

  1. Sem dúvida que o livro de Niklaus Wachmann é um marco histórico literário na problemática dos campos de concentração iunseridos em toda a ideologia política do III Reich.
    Um livro sem falhas, um poderoso documento histórico mas que sofre de um vazio fundamental: o centramento em Auschwitz e Dachau não deixa espaço para a descrição e análise exaustiva da Operação Reinhard ( Belzec, Sobibor, Treblinka) cuja actuação merece ser analisada até á luz do comportamento psicopático dos seus actores-perpetradores. Como campos únicamente de extermínio, eles foram uma obsessão que até se evidenciou na preocupação em arrasá-los antes da sua descoberta pelo Exército Vermelho. Não devemos esquecer a afirmação de Samuel Willemberg, sobrevivente de Treblinka: " Como é possível o assassinato de 800.00 mil seres humanos num espaço tão pequeno (300mx250m) ? Está muito para além da nossa compreensão e ultrapassa todos os momentos mais especulativos da imaginação humana". Será que o capítulo tornaria esta obra de uma extensão mais ou menos incomportável núm único volume ? Não podemos esquecer o suicídio de Richard Glazar (Treblinka)como p'rotesto pelo branqueamento dos negacionistas, as lágrimas de Filip Muller, "sonderkommando durante três anos em Auschwitz, o protagonismo descritivo de Primo Levi em "Se isto é um homem", o discurso de Toivi Blatt (Sobibor) e muitos outros que quando iniciarem a sua viagem final merecem que as gerações actuais e vindouras preservem a sua memória, que é a memória da Humanidade e que não se presta a lapsos.
    É o único ponto fraco que detecto nesta obra colossal. Espero que alguém um dia escreva igualmente tão exaustivamente sobre os campos da Operação Reinhard e sobre os Einsatzgruppen.
    Um amogo economiste e curioso da História.
    José Lucas

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