Sabia que os intestinos têm um cérebro próprio? E que do seu bom funcionamento depende grande parte da nossa saúde?
Sendo a designação «cérebro», metáfora ou não, responder afirmativamente a esta questão pode ser o mesmo que encontrar respostas para uma série de perguntas ou até de sintomas que já experimentámos diversas vezes.
Compreender melhor o nosso corpo e a forma como o podemos ajudar a funcionar melhor parece-me uma excelente meta, já que o seu bom funcionamento é imprescindível e as agressões que fazemos são constantes e nefastas a médio e longo prazo.
Miguel Ángel Almodóvar, expõe casos clínicos e recentes descobertas que fundamentam a necessidade de olhármos ao intestino como um sistema com ideias próprias, ou seja, mais funcionalidades. Pode parecer ridículo, mas se já sofreu de alguma disfunção e sentiu na pele as dificuldades ou as doenças associadas ao aparelho digestivo talvez aceite melhor o que aqui é dito, quando chegar à parte onde Ángel Almodóvar expões os sintomas que validam o que aqui é dito.
É aqui largamente referido o desequilíbrio da flora intestinal e a disbacteriose, um termo menos ouvido, mas com causas ligadas ao estilo de vida actual, o stress e a má alimentação, entre outras são atitudes conhecidas e confirmadas como comportamentos tóxicos para a nossa saúde, por isso, os problemas tendem a surgir nos mais variados sistemas do nosso corpo.
A meu ver e dentro daquilo que sei, que leio e que sinto em mim, encontro informações úteis e explicações que fazem sentido. Cada vez mais acredito que devemos analisar-nos ao máximo, sentirmos e conhecermos o nosso corpo, procurar resposta naquilo que o corpo transmite e cada vez que aplicamos ou testamos algo novo, seja da medicina convencional ou milenar, das terapias alternativas ou holísticas, o corpo dará sempre uma resposta. No entanto, gosto sempre de continuar a pesquisar e a debater ideias, esperando por novas partilhas.
Se escutar o nosso corpo não for suficiente, encontramos também resposta nas emoções e sabendo de antemão que a alegria e o bem estar estão dependentes de serotonina e que a mesma se produz/forma em parte no intestino, temos logo mais fundamento. De mão dada com a serotonina vem a melatonina, auxiliando o sono e a recuperação, como tudo está interligado e não é assim tão fácil de compreender em todas as suas ramificações, o importante é reter que ambas são produzidas e libertadas pelas glândulas intestinais. Terei contudo falhas nas explicações mais técnicas, mas o mecanismo faz-me sentido, avaliando os sintomas quando as coisas não estão a funcionar correctamente.
Em suma, achei bastante elucidativo e bem sumariado este manual sobre os neurónios que queremos conhecer para que funcionemos melhor como um todo que somos. Quero ainda apontar mais um detalhe: as receitas fornecidas no final são uma óptima ajuda para confeccionar receitas ricas em pré e probióticos.
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