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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Opinião "AFTER - Livro 3 - Depois do Desencontro"


Be still my beating heart!
A minha alma desconfiada já não me permite apreciar uma leitura sossegada. Cada vez que há algo minimamente estranho na conduta das personagens desta série, especialmente destes dois, o meu pêlo levanta tipo gato assustado com o que está para vir.
Agora que me fizeram gostar de vocês, não me magoem. Agora que pensava que os problemas se resolviam com uns ajustes de personalidades, levo com o livro 3 pela cara. Realmente pessoal, parece que as minhas preces não foram escutadas, é assim tão difícil fazer esta relação louca funcionar?
Aii mãezinha!!
Hey tu, sim tu que estás a ler esta opinião. Gostas de After, da Tessa e do Hardin?
Pois bem, prepara-te! Ou choras ou partes a loiça toda. Se fores como eu, escolhes a segunda e ainda dizes umas asneiras pelo meio.
Se achavas que agora ia ser tudo fácil, pensa outra vez.

Hardin goza, desde de início, da fama de ser um gajo complexo. Ter à distância de um braço a rapariga que ama nem sempre é suficiente para ele, há que aniquilar quem olhe, respire ou sequer ouse proferir o nome da sua amada sem o seu consentimento. Infelizmente esta inflexibilidade e desconfiança não é apenas dirigida aos outros, já que Tessa é muitas vezes alvo dessa superprotecção e desconfiança paranóica de Hardin.
Com o futuro a meia dúzia de dias e umas cidades de distância, Tessa tem de compreender de uma vez por todas se segue a sua vida ou o desejo incompatível com o seu futuro profissional ao se manter na rede emaranharada de Hardin.
Quantas vezes as pessoas que nos fazem voar são aquelas que nos cortam as asas, que nos prendem os pés?
Será o medo de perder Tessa superior ao desejo de que ela seja uma mulher feliz e realizada?

A certo ponto da história há uma personagem, uma daquelas que tenta abrir os olhos de Hardin, que diz:
"Há uma grande diferença entre não ser capaz se viver sem uma pessoa E amar essa pessoa"

E essa frase, que fez parar os nossos personagens, também nos faz parar a nós.
Até que ponto devemos acreditar que não conseguir imaginar a vida sem outra pessoa é sinónimo de amor? Qual é o limite que devemos impor às coisas feitas "em nome do amor"? Quando é que chega o ponto sem retorno que nos faz dizer chega e seguir caminhos separados?

Para mim, que vejo na conduta irracional destes dois nos momentos tumultuosos, a razão porque não me importo de continuar solteira, o limite é exactamente aquele que tenho lido ao longo destas páginas que compõem os três livros.
As guerras, os ciúmes, os mal entendidos, os punhais verbais desferidos em discussões por tudo e por nada, a falta de amor próprio, a dependência...arhhhggg o amor não é nada fácil para estes dois.

Mas uma vez mais chego ao fim com o estômago embrulhado, pelo que se passou, pelo há-de vir.
Hardin merece bater com a cabeça e fazer reset e Tessa tem de vestir a sua pele de mulher crescida e com capacidade de ser independente, forte e livre.

É com um excerto de algo escrito por Tessa termino a minha opinião ao terceiro livro de uma série que algures no primeiro livro queria lançar pela janela mas que agora já guardo lá com jeitinho na estante.

"Se fores como eu, não tens ninguém em quem podes contar, ninguém que te pegue na mão e te assegure que vais sobreviver a este inferno. Em vez disso, tens de ser tu a preparar-te para a Batalha, a pegar na tua própria mão e a libertar-te sozinha"

AFTER 4. Espero por ti aqui sentadinha :)
ok?
Hardin...mete a cabeça no lugar. Depois falamos!

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença aqui.

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