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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Opinião "SLATED - Reiniciada"

Os reiniciados não questionam, agem segundo o comportamento padrão que lhes foi ensinado.
Os reiniciados não têm passado, são uma folha em branco, são cidadãos a quem foi dada uma segunda oportunidade.
Os reiniciados não são prisioneiros, a vigília é para o seu próprio bem, para se afastarem dos maus caminhos.
Então porque se questiona Kyla? Porque a sua mente foge ao padrão de ensinamentos que lhe foram passados após o reset? Porque é assaltada por fragmentos de memórias, especialmente em sonhos?
E se está segunda oportunidade é para não fazer dos reiniciados prisioneiros, porquê um mecanismo que os destrói, que os controla, que os vigiava e que pode em último caso matá-los?
O reinicio é suposto ser simples...quando resulta.


Conhecemos Kyla no seu último dia de internamento no hospital após ter sido submetida ao reinício, um procedimento que a deixa uma tábua rasa humana e que a obriga a começar de novo, a aprender tudo desde o mais básico, aos 16 anos. Este procedimento foi estabelecido como uma medida de redenção para criminosos menores que graças a este reset têm a oportunidade de ainda se tornarem membros activos e válidos da comunidade que após tumultuosos eventos terroristas, num cenário económico complicado, se fechou sobre si mesma apenas com as garras de fora, pronta atacar.

Meia perdida e sob avisos, Kyla é encaminhada para a sua nova família, a quem ela deve obedecer e pedir orientação. Uma boa menina reiniciada não deve questionar, deve seguir as ordens, não deve ter pensamentos que fujam dos padrões, não se deve meter em sarilhos (isso inclui rapazes).
Mas para Kyla as coisas não são assim tão simples já que constantemente é atacada por pesadelos que colocam em risco a sua estabilidade diária e a tornam um alvo de interesse para todos os adultos que a rodeiam. Mais que preencher a sua mente em branco com cenários inventados durante os sonhos, Kyla começa a vislumbrar algo mais, algo que a faz questionar todo o processo de erradicação de memórias, o seu método de selecção, assim como o que a torna especial por não ser afectada da mesma maneira. E é nesse momento, em que ao levantar uma pontinha do véu, se percebe que o que foi mostrado nunca mais se poderá novamente esconder.

Rodeada de outros reiniciados, adultos que se dividem entre o controlo e a ajuda, dúvidas sobre o seu eu presente e o passado que teimam em surgir na sua cabeça, Kyla tem em mãos uma aventura que pode permitir encontrar o caminho da verdade ou fazer com que a sua vida acabe às mãos da autoridade.
E é sabido que quem vai, já não volta!


Uma historia que nos faz pensar neste tratamento, nas implicações que apagar alguém pode ter, no controlo futuro que se fará sobre a população, nas mudanças extremas que podem acontecer no mundo e no quanto é possível confiar em nós e nos que nos rodeiam.

Uma história que lá para mais de meio ganhou um foco muito actual quando menciona que lá para os anos 20, "quando o Reino Unido saiu da União Europeia e fechou as fronteiras" o cenário em Inglaterra tornou-se caótico. Curioso que seja essa uma das notícias no telejornal, o referendo para permanência do Reino Unido na UE.

Claro que com o fim de Slated, que me deixou a salivar pelo segundo, tive de ir buscar Fractured - FRATURADA.
Estará Kyla a salvo de si própria e da sua memória? Ou o elemento mais perigoso na sua vida é externo e está pronto a acabar com a sua segunda oportunidade?
Quem terá sido Kyla antes do reinício?

Booktrailer feito por um fã da série

As questões começam a ser respondidas...
e vocês não vão querer perder o desfecho desta história.

Uma aposta

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