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terça-feira, 14 de junho de 2016

Opinião "As Raparigas Esquecidas"

"As Raparigas Esquecidas" é um título para ser lembrado. 
Quem começa a leitura não fica indiferente e garanto-vos que não descansa enquanto não chega ao final.


Não conhecemos a nossa vítima mas ficamos a saber como foram os seus último momentos.
Designada para investigar o caso da desconhecida que foi encontrada junto ao lago Avnsø está Louise Rick. Escolhida para encabeçar o departamento da agência especial de busca, Louise tem em mãos um caso que se passa num local que lhe é familiar. Decidida em se dedicar ao trabalho e ao filho, Louise esforça-se por bloquear o passado e focar-se apenas e só na resolução do estranho caso da mulher desaparecida que ninguém parece dar conta que desapareceu.
Quantas pessoas somem do radar da humanidade sem que ninguém dê por elas?

Mas o desaparecimento é apenas o catalisador para uma série de estranhos e violentos casos que assomam a floresta que a nossa Detective tão bem conhece.
Que ligação existe entre os diversos casos?
Que segredos encerra a instituição para doentes mentais que albergou "as raparigas esquecidas"?

Pesado e com uma forte carga emocional, "As raparigas esquecidas" relata-nos em simultâneo um episódio negro dos cuidados médicos que tememos ainda hoje poderem prevalecer enquanto nos vai revelando uma desafiante história de preconceitos, segredos e deveres familiares que nos amarram ainda mais à família.


A quem decidiu publicar Sara Blædel, os meus parabéns. Há ali uma série de momentos que nos arrebanham as entranhas, especialmente os que envolvem mulheres e que figuram na top das coisas mais assustadoras que nos podem acontecer.

Acima de tudo gostei da Louise. Humana, com defeitos, perspicaz mas com uma certa tendência para se colocar em situações difíceis.

Uma espectacular aposta

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