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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Opinião "Uma magia mais escura"

Quem me conhece sabe que não sou muito dada à fantasia mas quando li a sinopse de "Uma magia mais escura" fiquei cativada. Comecei logo a magicar, a visualizar cenários, a tecer enredos e criar um filme na minha cabeça.


Quatro Londres, quase geograficamente iguais mas que não podiam ser mais diferentes entre si.
Isoladas umas das outras e com apenas dois viajantes mensageiros que possuem poderes para se deslocarem entre elas, as diversas Londres lutam pela sobrevivência após uma sucumbir ao poder da magia e necessitar ser isolada de toda as outras.
Precisam mais que isto para começar a divagar numa destas Londres?

A vermelha, onde a magia reina em harmonia com a humanidade é talvez a Londres mais segura.
A cinzenta é aquela em que a magia é inexistente, onde a vida e as pessoas são....aborrecidas ou pelo menos assim se sentem. 
A branca é dominada por um trono tirano e controlador com sede de poder e magia.
E a negra é onde a magia tomou controlo e o mundo impludiu.


Kell é um desses viajantes, um Antari, e a peça principal nesta história.
Afecto ao Reino da Londres Vermelha, Kell é o correspondente oficial dos Reis com as outras cortes. No entanto, pelo meio dos seus afazeres oficiais, o contrabando de artefactos entre as Londres que visita é o ponto alto do seu dia e mais do que motivo para ser castigado se alguma vez for descoberto. Parte da família real mas sempre um pouco outcast, Kell tem um lado negro, visível ao mundo no seu olho negro, um indicativo do seu poder. Embora criado no seio dos Maresh, com o seu "irmão", o Príncipe Rhy, Kell nunca deixou de se sentir ligado a uma parte obscura do seu ser, a algo desconhecido e que por mais que busque não parece encontrar.

Mas quando numa das suas visitas um artefacto misterioso encontra o seu caminho até à sua mão, que eventos desencadeia Kell ao atravessar a barreira que divide as quatro Londres?
Poderá a vontade da magia ser mais forte que aquele que a detém?
Se as barreiras entre os mundos se desvanecerem, o que acontecerá a cada uma das Londres?

"Uma magia mais negra" lança-nos numa jornada proibida, não só porque o contrabando de artefactos entre as diversas Londres é punível por lei mas porque a transição pode desencadear o pior dos males. É exactamente esse lado ilegal e perigoso que vai levar Kell à derradeira aventura, quem sabe a última, por todas as Londres e na companhia mais imprevisível de todas, Lila.

Delilah Bard quer ser pirata e eu adorei-a desde o primeiro momento. Parece disparatado o seu desejo mas não há maior liberdade que a vida em mar aberto para quem cresceu na enfadonha e pobre vida que Lila viveu até à data em que a conhecemos. É claro que um pirata em terra é nada mais que um ladrão e os seus constantes roubos deixam um rasto. No entanto, há um desses furtos que lhe pode tirar o único bem que é realmente dela, a sua vida. Ou então, dar-lhe uma volta de outro mundo.
E desde o momento em que Lila conhece Kell que a sua existência cinzenta, tão de acordo com a Londres a que chama casa, será uma coisa do passado.
Uma aventura foi sempre tudo o que quis na vida e agora fará os possíveis para a conseguir viver, nem que morra a tentar.

"Não tenho medo de morrer, mas tenho medo de morrer aqui...Prefiro mil vezes morrer numa aventura do que viver parada"
Fonte 

Fãs de fantasia e não só, leitores com capacidades brutais de visualizarem a vossa leitura....
leiam "Uma magia mais escura".
Desafio-vos a não ficarem rendidos a Kell, à irreverência de Lila, à dinâmica entre os dois, às descrições das várias Londres que nos permitem pegar na cidade que conhecemos e adapta-la ao que nos é descrito.
Mal posso esperar por ler o livro seguinte. A sinopse é brutal! Por mim, tinha começado de imediato mas...
Esperar é uma virtude!

Até lá, quem sabe temos novidades sobre a adaptação. Fala-se em série, fala-se em filme. Honestamente não sei, desde que seja bem adaptada.

Até lá...
boas leituras

"Uma magia mais escura" é uma aposta


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