Só quando Nick põe a filha na cadeirinha do carro é que percebe - esqueceu-se de trazer o desenho que ela tanto queria levar para a escola. Volta para casa numa correria, já está atrasado, deixa a miúda com o cinto de segurança posto, tranca o veículo, ou pelo menos pensa que sim. Procura o raio do desenho, encontra-o, regressa… Mas é tarde demais. No espaço de alguns minutos (ou terão sido segundos?), Nick vê a sua vida desabar. A menina, de cinco anos, não está no carro. Nem no carro, nem em lado nenhum.
Em capítulos alternados, narrados ou por Nick ou pela sua mulher Tasha, entramos na intimidade deste casal que vive nos arredores de Londres. Ele, escritor, pacato, meio distraído, ela mulher de negócios a fazer pela vida na City. Descobrimos o que os separa, mas também o que os une: o amor infinito por Ellie, uma menina muito especial.
E apercebemo-nos, crescentemente chocados, de que talvez haja um lado muito sombrio no passado de Nick, que justifique a mensagem que ele um dia recebe:
A Ellie está bem. Pode tê-la de volta depois de matar a sua mulher.
O Último Amanhã, originalmente publicado numa edição de autor, tornou-se rapidamente num dos livros mais vendidos em Inglaterra - e valeu ao autor, Adam Croft, um chorudo contrato com a Amazon. Thriller perturbante, que apaixonou milhares de leitores, retrata de forma aflitiva a inquietação permanente da vida moderna - e a suspeita de que todos nós escondemos segredos do passado.
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