A Travessia é a Síria; é o testemunho sobre como se destrói um país, sobre os seus múltiplos agressores, sobre como se sepulta quem o habita. Empresta voz aos que ficaram, aos que resistem, aos que sobrevivem. E dá-lhes um rosto, um nome ? o perigo de os tornar realmente próximos de cada um de nós.
«Com imagens de selvajaria que fazem de nós monstros com coração de pedra, a máquina global da comunicação social apregoa um bárbaro cinto de transmissão de atualizações que se certifica que cada vítima seja esquecida assim que a seguinte apareça, fazendo crescer uma nauseante familiaridade da magnitude da morte. Consumimos as notícias e de seguida deitamo-las fora com o lixo.
É nisto que os sírios se transformaram em quatro anos.» (do Epílogo)
Samar Yazbek, autora e jornalista Síria, nascida em 1974. Esteve envolvida no Women Initiative Organization, pela defesa dos direitos da mulher e da criança, no Liberties, pela liberdade de expressão jornalística, e na Women of Syria, uma publicação digital feminista.
Voz controversa e opositora ao regime de Bashar al-Assad, integrou os protestos de 2011, razão pela qual foi detida e obrigada a exilar-se em Paris. Da sua obra de ficção destaca-se Cinnamon e The mountain of Lilies (2008) e In Her Mirrors (2010).
Em 2011 publica A Woman in the Crossfire: Diaries of the Syrian Revolution, obra traduzida para vários idiomas e que recebeu o Prémio PEN|Pinter, no Reino Unido, o Prémio PEN|Tucholsky, na Suécia, e o Prémio PEN|Oxfam Nobiv, na Holanda.
Uma novidade
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