Também eu a detesto.
A poesia, entre outros aspetos, tem uma caraterística que a distingue de todos os outros géneros literários: nenhuma como ela acende tanta polémica, tanta aversão, seja por parte de leitores, não-leitores ou, inclusivamente, de poetas.
De um modo quase instintivo, conseguimos distinguir se determinado poema é bom ou medíocre e, ao mesmo tempo, condená-lo de monótono, pretensioso, elitista, bacoco ou, simplesmente, inútil. Detestar a poesia parece ser, mais do que uma tarefa reservada a críticos, uma espécie de hobby partilhado que ultrapassa fronteiras e períodos históricos.
Mas de onde vem todo este ódio, esta tão grande facilidade em acusá-la?
Ben Lerner é romancista e poeta, respeitado e reconhecido a nível internacional. A sua obra é multipremiada, onde se destaca o Preis der Stadt Münster für internationale Poesie e o Hayden Carruth Prize.
Uma novidade
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