A saga continua! Serão oito volumes e eu ainda tenho mais seis para me imiscuir no passado do detective Joona Linna. Em entrevista, a propósito de «O Executor» os autores referem o papel do passado, a profundidade dos assuntos e o compromisso com a leitura viciante. E neste vamos encontrar um tema polémico: a exportação de armas, os contratos entre governos e um dos negócios mais antigos do mundo, o tráfico.
Neste volume, o motivo que se aponta para as mortes está relacionado com o comercio ilegal de armas para zonas em conflito, países arrasados pela guerra e para os quais as leis internacionais proíbem exportar material bélico. Claro está, isso não se cumpre. É explorando esses contractos ilegais, esses pactos com o diabo, um negócio do qual nunca se sai ileso, que vamos seguindo viciados neste enredo e percebemos que a activista e pacifista Penélope Fernández é um alvo a abater.
Neste volume, o motivo que se aponta para as mortes está relacionado com o comercio ilegal de armas para zonas em conflito, países arrasados pela guerra e para os quais as leis internacionais proíbem exportar material bélico. Claro está, isso não se cumpre. É explorando esses contractos ilegais, esses pactos com o diabo, um negócio do qual nunca se sai ileso, que vamos seguindo viciados neste enredo e percebemos que a activista e pacifista Penélope Fernández é um alvo a abater.
Este livro é também detalhado e muito completo para elucidar o leitor para a perícia com que os crimes podem ser executados, especialmente a forma como se suspeita do suicídio/assassinato de Carl Palmcrona. E isso é muito interessante.
Outro detalhe é como remete ao passado de diversos personagens para justificar as suas acções, traumas e preconceitos. Um dos que mais gostei foi de Saga Bauer e até nisso os autores estão atentos à actualidade e; como critica social descrevem as mulheres sempre em maior esforço e maior investimento para que lhes sejam valorizadas as suas competências, mostrando que os nórdicos também ainda têm ainda um caminho a percorrer no que respeita à igualdade de géneros.
O drama dos refugiados, igualmente actual, também está presente neste volume, mais precisamente o drama do Darfur, as minorias étnicas e os massacres. E é bastante curioso que uma personagem como Penélope, com o passado de clausura que teve, ter como objectivo de vida estas missões humanitárias.
Melhor ainda é a correlação estabelecida ao longo de toda a história com a música e o compositor e violinista Niccolò Paganini. Uma obsessão que leva a um enredo paralelo (que daria bem um outro livro) e que ajudará a resolver os crimes. E com isto não estou a dar qualquer spoiler ;)
"O andamento é subitamente vertiginoso, prestíssimo. É divertido e belo e, ao mesmo tempo, entrecortado por repentinas mudanças de cordas e saltos arriscados entre as oitavas."
Tal como o livro da dupla Kepler!
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Com este livro surge a referência para outro, um que uma das personagens lê: «O acidente» de Friedrich Dürrenmatt
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