Poupar ainda é tabu ou sinónimo de fragilidade? Ou mais além, de falhanço?
A frugalidade está na moda ou é uma tomada de consciência para evitar o esbanjamento?
A frugalidade é igualmente vista como uma qualidade de quem é prudente no uso e consumo de recursos como: alimentos, objectos, tempo, dinheiro ou bens em geral. É uma postura de consciência comportamental que visa proteger e gerir estrategicamente recursos e seus hábitos de consumo e de preocupação a longo prazo com a sustentabilidade.
Assim, esta filosofia de poupança usa um sistema sustentado por resultados, não de satisfação ou gratificação imediata, mas de contenção, opta por soluções de consumo com baixo custo e de cultura comunitária e local, daí a ligação entre: organização financeira, reciclagem, produtos locais, sustentabilidade e por sua vez «felicidade e paz financeira».
Este livro ajuda-o a engendrar um plano de poupança que vise atingir a meta: «É preciso tão pouco para viver bem." Por isso, dê o benefício da dúvida e siga alguns do conselhos de literacia financeira e treino de previdência:
-"Orçamentar é sinónimo de poupar..." e para tal precisa de saber, ao detalhe, todas as suas despesas, anote tudo ou guarde os talões.
- Divida as despesas por rubricas: supermercado; casa; tabaco; gasóleo... e depois pergunte-se:
- Tenho hábitos que podem ser mudados?
- Faço despesas desnecessárias? Preciso mesmo de tudo o que compro regularmente?
- Onde consigo melhorar?
- Seja pragmático e realista. Estabeleça limites!
- Programe-se para poupar 10% do seu rendimento.
Atenção: 10% é um bom ponto de partida, um valor facilmente suportado pela nossa cabeça. Vá ao banco e estabeleça uma transferência automática de 10% do seu salário. É uma ajuda que dá a si mesmo. Não se desfalque!
Nota importante: não se esqueça que a rubrica "Carro/combustível", inclui muitas outras despesas, são exemplos: seguro, IUC, revisão anual, óleo, filtros, pneus, inspecção, escovas de pára-brisas, lavagens...
Aqui o cálculo deve ser pensado de forma anual, para depois ser dividido pelos 12 meses do ano, e assim, poderá pôr de parte para despesas maiores e de periodicidade anual.
Outra nota importante: a sua poupança de 10% por mês e o reembolso do IRS (caso receba) são boas quantias para criar um fundo de previdência, digamos um mealheiro. As emergências e imprevistos são um facto e exigem fundo de maneio.
O livro de Ana C. Bravo tem uma parte introdutória para orçamentar, depois, mais especificamente, apresenta nove áreas em que dá dicas de poupança, desde as compras do dia a dia aos filhos e à gestão do lar, sem esquece férias ou remédios caseiros.
Basta escolher aquelas em que mais lhe "dói" e aplicar o devido curativo.
De entre as centenas de dicas, deixo algumas mais capazes de gerar falatório.
- Leve dinheiro para pagar as compras/evite cartões e créditos
- Ande a pé, por desporto, por hábito ou como meio de transporte
- Esqueça o "standby" e poupe 25% na factura da luz
- Se for jantar fora, partilhe a sobremesa
- Use a areia da praia para a exfoliação corporal, fora dessa época, use açucar mascavado no seu gel de banho
- Leia um bom livro sobre remédios caseiros e aprenda a usá-los
- Conheça a escova que lava os dentes sem pasta: procure por Soladey
Vocês não vai ficar rico com estas estratégias, mas pode desafogar-se e ficar mais organizado, em casa e na carteira! E vai também contribuir para a saúde do planeta.
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Uma leitura com o apoio blogueiro do Estante de Livros
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