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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Opinião "Um homem chamado Ove"

Se eu fosse uma pessoa normal e que leva as coisas sempre com o mesmo ritmo, tinha pegado num papel e caneta ou então aberto um nota no meu telemóvel para escrever a minha opinião a este livro assim que terminei a sua leitura a 29 de Agosto mas como estava de férias não me dei ao trabalho e só publiquei uma foto no insta com esta mensagem:

"Adorei este livro 🙂 que personagem!! Cheguei ao final completamente rendida à personalidade e história da vida de Ove e foi com pesar que fechei o livro."

A Elsa de Outubro pergunta "E agora?"
E posso responder o seguinte:

Desde que li a sinopse de "Um homem chamado Ove" que sabia que ia gostar de ler o livro de Fredrik Backman. Tenho uma certa queda para pessoas rabugentas e Ove é sem dúvida uma pessoa rabugenta, ou pelo menos é essa a impressão que passa a toda a gente.
Ove vive numa bairro simpático que em tempos foi habitado por suecos de respeito como é o seu caso e o da sua mulher Sonja mas desde que este foi crescendo tem vindo a aceitar pessoas que não se interessam por nada, especialmente pelas regras do bairro. Ove é um homem respeitador das regras, talvez por isso toda a gente o ache um velho chato que está sempre a reclamar com tudo e todos mas na realidade, Ove é apenas um homem sozinho, especialmente desde que Sonja morreu e o trabalho já não tem lugar para um homem da sua idade.
Determinado em acabar com a sua vida, são incontáveis a vezes em que vê os seus planos cuidadosamente delineados serem adiados, especialmente pelos seus vizinhos mais recentes, que ele "afectuosamente" chama de Mulher Grávida Estrangeira, o seu marido esgalgado e as suas duas miúdas.
E sem querer, Ove é puxado para os dramas desta jovem família, para os desvarios amorosos de um miúdo que quer conquistar alguém com uma bicicleta, para a responsabilidade de partilhar a habituação com um gato ameaçado de morte e para o facto dos serviços sociais estarem prontos para levar para um lar um homem que em tempo Ove chamou de amigo, pelo menos até ele trocar o seu Volvo (o segundo carro aceitável para um homem decente ter, porque o primeiro é e sempre será um SAAB) por um BMW.

Divertido, tocante e capaz de nos arrancar umas quantas lágrimas lá para o final por estarmos tão apegados à integridade e ao coração gigante de Ove, "Um homem chamado Ove" é uma magnífica leitura e acho que todos temos a aprender grandes lições com este Senhor com S maiúsculo, uma prova que já não se fazem pessoas como antigamente mas que se nos esforçarmos podemos ser dignos da mesma admiração. E epah, eu não conduzo um SAAB mas sim um Volkswagen e digo, para mim é sempre um ponto positivo ver que alguém escolheu a mesma marca de carro que eu, é quase uma validação, algo que acontece quando vejo alguém a ler. :)

Mas o melhor do livro...a história de Ove e Sonja :) 

Agora quero ver o filme. 

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