Desalinho os meus livros, tal qual as minhas ideias...
Depois há dias em que tudo ganha forma, ganha jeito, se alinha ... bem como eu própria.
Reflicto, oriento, endireito, organizo e tudo ganha vida de novo. Mesmo assim, há sempre um bocado, uma fileira, um canto, onde a desorganização, a frustração, a ansiedade e a curiosidade ficam a pairar no ar.
Aliás não teria graça nenhuma se assim não fosse!
Esta poderia ser a história da minha estante, dos meus dias, da minha vida... há dias em que nos apetece alinhar e caminhar com a corrente, já outros apetece ficar prostrado, quieto e ao sabor do vento, depois vêm rajadas muito fortes, que nos abanam, fragilizam as nossas raízes, obrigam-nos a beber da terra, saciando a sede com tudo o que gira à nossa volta...
Enfim, a beleza dos dias revela-se nos mais simples elementos e nas mais complexas possibilidades de ligação, tal como os livros, que na sua simplicidade são apenas palavras, mas que revelam uma lutam interior enorme, carregada de significados, de ligações, de lições, de páginas da vida!
A olhar para a minha estante... um pensamento feito pequena história!
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