Aviso! Não comece a ler este livro deitada na cama...
...nem com ideias de ir dormir!
...nem com ideias de ir dormir!
Inquietante, arrepiante e viciante, tal como os outros dois livros de M.J. Arlidge.
O ambiente criado pelo autor é constantemente sufocante e povoado por personagens recheados de passados angustiantes. «A Casas de Bonecas» é um relato que expõe transtorno e demência, encaminhando um jovem a tornar-se no maior pesadelo das mulheres que têm o azar de corresponder ao seu modelo, à sua boneca... ao seu fantasma.
A acção deste thriller divide-se entre momentos escuros e sombrios, tanto com as mulheres em sofrimento, como com os corpos que são descobertos na praia. No entanto, o sofrimento é uma constante neste livro. Arlidge traz-nos sempre mulheres e homens sofridos e aturdidos com os caminhos que a vida os faz levar. Helen, Ceri, Charlie, Ruby, Emilia e até Summer são todas elas um elenco poderoso de vidas perdidas ou em recuperação. Mulheres que arriscam por se salvar ou por conceder salvação a outros. Todas elas assombradas por decisões do passado e tormentos do presente.
Os homens que Arlidge constrói também não são menos danificados que as mulheres que os acompanham. Loyde, Daniel, Jack ou Ben, todos eles vivem os seus dias em busca de outras conquistas, umas mais tóxicas que outras, mas são todos eles personagens cheios de remorsos e culpas.
Em suma, M. J. Arlidge habituou o leitor a personagens despedaçadas, que buscam esperança uns nos outros e depositam as suas piores e melhores intenções no trabalho, já que é mesmo a profissão o bem (e o mal) maior naquelas vidas frágeis e desapegadas.
Ainda assim, este «A Casa de Bonecas» é menos sádico no que se refere a descrições dos crimes, comparativamente aos anteriores. O cativeiro não deixa de ser tenebroso, mas julgo que este terceiro livro é bem mais para viciar o leitor no leque de personagens. Dei por mim, a certa parte, muito mais interessada em saber até onde iria a chefe Ceri Harwood ou a questionar-me sobre os enredos em torno da vida da sóbria, mas inquieta Helen Grace.
"Captara na perfeição a magnitude do crime, a frialdade da praia e a solidão dos túmulos (...)"
As palavras são da jornalista Emilia Garanita, mas espelham bem os cenários que Arlidge consegue oferecer aos leitores ávidos de policiais.
Para a Ruby e para o livro escolho o novo single - “The Story of a Rag Doll” - de at freddy's house que me tem arrebatado pela sonoridade e densidade que me encaminha para o livro em si.
As palavras são da jornalista Emilia Garanita, mas espelham bem os cenários que Arlidge consegue oferecer aos leitores ávidos de policiais.
Para a Ruby e para o livro escolho o novo single - “The Story of a Rag Doll” - de at freddy's house que me tem arrebatado pela sonoridade e densidade que me encaminha para o livro em si.
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Uma leitura com o apoio TOPSELLER.
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