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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Opinião "Só no escuro podes ver as estrelas"

Algures no início do ano tropecei na sinopse deste livro e lembro-me de pensar "olha, gosto, parece fora do vulgar" mas por qualquer razão ele não me caiu no colo de imediato e acabou por ser ultrapassado pelas tantas novidades que fui namorando e lendo ao longo dos meses.
Mas faz alguns dias, um exemplar de "Só no escuro podes ver as estrelas" acabou por chegar à minha estante e acabou por ser consumido em meras horas num misto de leveza, divertimento e sorrisos.
Faz-me pensar e contra mim falar. Porque raio tantas vezes procuramos autores estrangeiros quando a oferta, nos mais variadíssimos géneros, se encontra disponível pela mão de autores nacionais?

Mas não vou entrar por aí.

Vamos lá falar de "Só no escuro podes ver as estrelas", de Sofia e desta história d'outro mundo.

Conhecemos Sofia como numa abertura de um filme que se desenrola à nossa frente até levarmos com o baque que muda a sua vida e o rumo da história. Sofia é uma portuguesa desempregada, desanimada e enjoada com a vida que leva. Filha de uma mãe deprimida, namorada de um banal João, amiga de uns caramelos com conversa de encher chouriços e em última análise, uma mulher que ultimamente não está nem aí para a vida aborrecida que leva.
Mas tudo muda quando num aborrecido fim de semana no meio do nada em pleno Alentejo, Sofia é surpreendida pela chegada de um visitante estrangeiro, e não falo de um qualquer país vizinho.
Uma incógnita com uma aparência inocentemente sedutora rapidamente se torna no louco em fuga desenfreada com uma Sofia abismada pela mão.
E assim começa o capítulo da vida Sofia que ela nunca imaginou viver, nem nos seus sonhos mais estranhos.
Será muito dizer "Tem cuidado com o que desejas"?
Porque para Sofia o que ela nunca pensou querer é exactamente o que ela precisava.

Mas vá...não vou dou mais nada. Vão ler :D

Um livro que nos faz rir, pensar na nossa vida ou melhor, acho que não nos faz é pensar em nada enquanto estivermos entretidos a ler.
E não é essa o grande objectivo da leitura?
Por mim, "Só no escuro podes ver as estrelas" rapta-nos do planeta realidade e coloca-nos em orbita com a galáxia de bem estar que é ler um romance com uns pozinhos de irrealidade e uma valente dose daquilo que é, muitas vezes, o nosso dia a dia (incluindo a fatídica ida ao Centro de Emprego)


Quando quiserem colocar os olhos nas leituras nacionais sem se expandirem muito, lembrem-se que "Só no escuro podes ver as estrelas".



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