Eu tenho uma certa e doentia preferência por romances que doem, por histórias impossíveis e por amores não correspondidos.
Quando li que este "o que fica somos nós" era um encontro entre "Um dia" e "Viver depois de ti" sabia me iam arrancar pedacinhos do coração e não me enganei.
Dei comigo a pensar "gostaria de ter escrito este livro".
Lucy e Gabe conheceram-se num dia que ainda hoje me faz engolir em seco quando penso na data, 11 de setembro de 2001. O mundo mudou e consequentemente também todos nós mudámos. Para Lucy e Gabe foi o começo de algo arrebatador e honesto mas também o dia em que prometeram fazer os possíveis para deixar uma marca no mundo. Se para Lucy era mudar mentalidades das gerações futuras, para Gabe era mostrar a realidade ao mundo com as suas fotografias.
Mesmo quando tudo à nossa volta é um mar de rosas, há espinhos que mais tarde ou mais cedo acabam por nos ferir. Por vezes é o mundo que não nos deixa seguir o caminho que queremos e outras vezes somos nós que escolhemos um destino diferente e que não se mantém interligado com o da pessoa que mais amamos.
A história de Lucy e Gabe é-nos contada pela voz de Lucy e isso aproxima-nos dela, quer pela dor que lhe reconhecemos quer pelas dúvidas que todos nós um dia já tivemos por mais perfeita que seja a nossa vida a determinado ponto.
Quem nunca foi assaltada por um nome, um perfume ou a visão de alguém do passado?
Quantos de nós temos uma pessoa nos nossos passados que ainda acampa no nosso coração e nos atormenta a alma?
"Nunca senti que fosses meu no mesmo sentido em que o Darren o era...sempre me pareceu que pertencias a ti próprio e que te emprestava a mim quando te apetecia; nunca te possui completamente"
Oh como eu gostei de ler esta história!
Passamos o livro a conhecer a sua história. O momento que se conheceram, o tempo que o fogo da sua paixão consumia todo o mundo em seu redor e os anos que passaram separados.
Ao longo da leitura temos mil e uma ideias sobre o que se passou ou em que ponto estão agora. Queremos saber se eles algum dia voltam a ser o "nós" que internamente nunca deixaram de ser ou porque raio só ouvimos a voz de Lucy ao longo de todo o livro.
E depois, se forem como eu, percebem tudo e fazem os possíveis para aguentar as lágrimas até ao final.
Este era daqueles livros que em filme resultava tãooooooooooooo bem :)
Uma aposta
Quero imenso ler este livro! De lágrima no olho...
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