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terça-feira, 30 de abril de 2013

Geoff Dyer em Portugal em Maio - Divulgação

Comecei a ler «Jeff em Veneza, Morte em Varanasi»

de Geoff Dyer

“O modo engenhoso como Dyer liga estas narrativas contrastantes é indicativo da sua inteligência e elegância estilística, e a sua habilidade para evocar os ambientes com uma clareza impressionante é mágica.”
Publishers Weekly 


Sinopse
O jornalista Jeff Atman está em Veneza para cobrir a abertura da Bienal de Arte. Espera ver muitas obras de arte, ir a muitas festas e beber muitos bellinis. Não espera conhecer a sedutora Laura, que irá mudar completamente a sua curta estadia na cidade. Outra cidade, outro trabalho: desta vez nas margens do Ganges, em Varanasi. Por entre as multidões, os ghats e o caos da mais sagrada cidade hindu, espera-o um tipo diferente de transformação. Uma narrativa muito bela sobre amor erótico e desejo espiritual, Jeff em Veneza, Morte em Varanasi é divertido, elegante, sensual, cómico, engenhoso e absolutamente cativante. Consagra Geoff Dyer como um dos mais provocantes e originais escritores britânicos.

«Jeff em Veneza, Morte em Varanasi de Geoff Dyer» é uma edição CIVILIZAÇÃO



O autor terá novo trabalho publicado em Portugal, mas desta vez pela Quetzal com o título:
«Yoga para Pessoas que não estão para fazer Yoga»
Já divulgado por nós aqui

"Este livro é a arqueologia da alegria, do desespero e da redenção. O mundo é um lugar muito mais divertido quando visto através dos olhos de Dyer."
The Independent



Sinopse
Muito mais do que um livro de viagens, Yoga para Pessoas Que não Estão para Fazer Yoga é uma viagem por paisagens reais - Amsterdão, Cambodja, Roma, Indonésia, Nova Orleães, Líbia, deserto do Nevada - e oníricas, por histórias, ideias, poemas e todos os labirintos da imaginação. Nesta prosa reverberante de inteligência, graça e de uma imensa comicidade, Dyer explora a noção de que experiências em diferentes lugares e diferentes tempos ocorrem, de alguma forma, em simultâneo; de que cada experiência é única, irrepetível, sem paralelo; observa os fenómenos (e as sensações) que suspendem distância e espaço, e as categorias de proximidade e distância. E, em busca de experiências exóticas e experiências-limite, Dyer procura o momento e o lugar perfeitos.

«Yoga para Pessoas que não estão para fazer Yoga» é uma edição Quetzal

Morte na Aldeia :: Opinião

 Sinopse:
Badger's Drift é a típica aldeia inglesa onde todos se conhecem e, aparentemente, nada acontece. Tem um vigário, um médico desastrado, umas quantas figuras excêntricas e uma solteirona amorosa, famosa pelas suas bolachas caseiras. Mas quando a velhinha morre subitamente, a sua melhor amiga não se conforma. Ela sabe que aquela morte não foi natural. O inspector-chefe Barnaby e o incansável sargento Troy não têm alternativa senão investigar. E o lado sombrio da pitoresca aldeia começa lentamente a ser revelado. Perante velhos ressentimentos e novas rivalidades, ódios intensos e paixões dissimuladas, Barnaby está cada vez mais alarmado. Infelizmente, um segundo e hediondo crime vai confirmar as suas piores suspeitas. Morte na Aldeia foi considerado um dos 100 Melhores Policiais de Sempre pela Crime Writers' Association.

A minha opinião: 
O título de um dos 100 melhores policiais encaixa mesmo bem neste livro. Que enredo tão bem feito, com a reviravolta final que nos apanha ali na curva do "raios, não tinha colocado esta hipótese!"
 Acho que está a nascer em mim a vontade de ler mais livros do género. Confesso que sonhei com o livro quando estava a poucas folhas do fim, mesmo a meia dúzia de linhas de saber quem estava por detrás de toda aquela história. Principalmente depois de saber um ou outro detalhe mais macabro. Esqueçam lá o chá e as bolachas, "there will be blood". Vocês vão adorar ler este livro.

Badger's Drift parece um local pacato à primeira vista, toda a gente tem a sua vida, há sempre alguém que sabe muito da vida dos outros, como é normal num local pequeno em que toda a gente se conhece.
Mas mesmo assim, sítios pequenos podem esconder grandes segredos e esta aldeia não é excepção. Miss Simpson, a primeira vítima, testemunhou algo que acabou por colocar um fim à sua vida e apartir dai começamos a duvidar das histórias de toda a gente e das aparências que se foram arquitectando ao longo dos anos em redor daquelas personagens. Há sempre uma ou outra pessoa que nos incomoda, que nos deixa com "a pulga atrás da orelha" mas eu confesso que não chega lá, ao desfecho final, digo.
Soberbo, Mrs. Graham!

Estou curiosa para ver a série inspirada nos livros, Midsomer Murders, em que figuram o Inspector Barnaby e o Sargento Troy.

Curiosa fico também por conhecer o próximo volume da colecção Crime à Hora do Chá. O que será que ai vem?

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Novidades da Civilização Editora

e que me agradam bastante, devo dizer. Principalmente "Um amor perdido" que me parece ser uma obra a ser lida pelas mulheres de toda a família. 



Sinopse:
Nos últimos tempos de tranquilidade na Praga do pré-guerra, Lenka, uma jovem estudante de arte, apaixona-se por Josef. Casam-se, mas, pouco tempo depois, como tantos outros, são separados pela guerra.
Na América, Josef torna-se um obstetra bem-sucedido e constrói uma família, apesar de nunca esquecer a mulher que acredita ter morrido nos campos de concentração. Mas no gueto nazi de Terezín – e mais tarde em Auschwitz – Lenka sobreviveu, graças aos seus dotes artísticos e à memória de um marido que julgava nunca voltar a ver.
Agora, passadas décadas, um encontro inesperado em Nova Iorque reúne Lenka e Josef de novo.
Do conforto da vida em Praga antes da ocupação aos horrores da Europa Nazi, Um Amor Perdido explora a resistência do primeiro amor e do espírito humano e a capacidade de recordar. 

Este romance pungente, evocativo e muito bem escrito explora a força do primeiro amor e a resistência do espírito humano.
Life & Living

Tragédia e esperança, amor e perda e a força de resistir são transmitidos pela escrita e pelas poderosas personagens de Richman, muitas baseadas em vítimas e sobreviventes reais do Holocausto.
Booklist

De partir o coração […] um retrato verdadeiramente comovente.
Publisher’s Weekly

Começa com uma revelação arrepiante e manteve-me preso até ao fim. Uma história de amor envolta em tragédia e sobrevivência, li-a de uma vez só. Tensa, emotiva e envolvente: um grande feito de Alyson Richman..
Martin Fletcher, Correspondente Especial da NBC News, Vencedor do Jewish National Book Award



Sinopse:
No dia 28 de abril de 1829, nasce uma criança que poderá vir a mudar o futuro da Inglaterra: é o filho ilegítimo do rei Jorge IV. Por este motivo, é afastado da corte e exilado para as Índias Orientais, levando consigo nada mais do que um relógio antigo, a sua única ligação com o passado. Mas, aos treze anos, James Fry - é este o seu nome - volta a embarcar num navio e inicia a sua carreira de pirata, que irá fazer dele o homem mais procurado do Império. A história conhece-o por "o jovem lorde", "o descalço", "o príncipe dos mares", mas poucos sabem que na verdade ele é… o Capitão Gancho.

 Mais informações e outros títulos no site

quarta-feira, 24 de abril de 2013

«BATALHA» de David Soares, Opinião

Apesar de conhecer a obra de David Soares ainda não havia pegado em nenhum livro dele, mas a recomendação de João Gonçalves da Saída de Emergência alertou-me para este romance efabulatório, pungente e metafísico de David Soares.




«BATALHA»

«Foi num dia nem muito curto nem muito comprido que Brancaflor e Calcaterra descobriram uma coisa estranha num sítio familiar.»

*

"Nesse caso, os animais seriam uma espécie de homens e os homens uma espécie de animais, proposições que são incompatíveis com os ensinamentos da religião." Père Bougeant



Se pensarmos que «Batalha» é uma fábula inofensiva, com personagens e passagens que chegam a ser ternas e apaixonantes, seremos tentados a lê-la até às crianças. Mas se pensarmos que «Batalha» é uma ratazana, movida por um coração cego e as dúvidas do homem, juntamente com o uso recorrente a vocábulos que remontam aos ecos de uma língua quase esquecida, enriquecedora, mas desconhecida, abusando ainda de inúmeras aliterações, então atingimos as profundezas e rastejamos para uma história tenebrosa e de cunho (quase) gótico.



«Tranquilos, como inflorescências imperturbáveis do corpo nocturno, pares de borboletas bailavam naquele palco semimorto, vestidas com mais nada a não ser luar e pó estelar.
Pintados de púrpura, amarelo e azul, os insectos iridisciam o lado contrário do espectro, como um arco-íris virado do avesso.»


Ainda assim, a profundidade e a universalidade das questões colocadas por seres como a ratazana ateia ou a porca piedosa continuam a encaminhar-nos para a teatralidade de uma fábula infantil, recheada de moral, que alegoricamente ensina e educa. A religião, o sentido da vida, a dignidade e a condição humana... temas eternamente questionáveis, mas aqui debatidos com a frescura de uma narrativa genuína e muito cuidada.

David Soares escreve não para ser lido em surdina e no sossego pensativo de cada leitor. A sua escrita é uma dádiva para a oralidade, são palavras, melodicamente emparelhadas numa narrativa que embala e que pede para ser declamada.

O autor descreve com mestria, a maior batalha que o ser humano trava dentro de si, a luta pelo bem e pelo mal, pela crença no divino e a certeza de contar com o terreno e o que lhe é semelhante, depositando nos outros esperança e sentido para a vida.

O traço lhano e efabulatório povoa o palco da nossa imaginação, chamando-nos à realidade, apenas com o travamento de episódios linguísticos quase hostis, que nos obrigam a dobrar a língua e a silvar por sinónimos e sentido, combatendo assim o atavismo de não questionarmos as grandes questões da vida!


«Se dependesse desses homens, não existiriam flores no mundo, pensou Batalha. Apenas ervas-daninhas.»



As ilustrações ficaram a cargo de Daniel da Silva 

Excerto 


«Tal como a rancidez se regozija com o ar desprotegido, também a nudez vulnerável é o estado espontâneo da cópula. Nus, todos os bichos são lesáveis e a vulva é uma mitene que só cobre o pénis, deixando o resto do corpo ao capricho do contágio — neurotomias naturais que a todos deixam indefesos. A reprodução é regular, sem sobressaltos, como uma colónia de fungos rompendo a casca grossa dos carvalhos; e, em jeito de alcalóide amanitário, o amor escorre pelos troncos cerebrais abaixo, como vinho entornado: o símbolo universal da alegria, da sorte. O sal desperdiçado, símbolo universal da tristeza, do azar, somos nós todos, nos começos das nossas vidas: brutos, informes, impuros, sem o conhecimento das relações sensuais e da morte. Precisamos, por isso, de ser ungidos, purificados e diluídos com vinho — com sexo e deterioração — de modo a crescer, a amadurecer, a salinar. Só então podemos ambicionar a ser completos, adultos, mas Batalha, repudiando a oferta de Caldaça, estaria sempre perdido, como um infante anquilosado ao crisol, ao colo do útero. Conjuctio do macho e da fêmea — estado principal da Grande Obra, na qual toda a gente participa ou assiste — que gera a Luz: fetos incandescentes, sangrantes e vermelhos como o Sol, que choram e, com esse plangente anúncio, dão início à contagem do tempo — dos seus tempos, porque não existem outros.
O tempo é apanágio da matéria viva — os mortos não precisam dele.
Os mortos não precisam de nada.
E, por mais que fingisse estar morto, no interior do profundo buraco acabado de escavar, com a intenção de ser a sua sepultura, Batalha podia sentir a vida que ainda lhe pulsava no pénis turgescente, nas veias urziformes e na língua ressequida.
Do que é que precisava?»

*

"Para se levar a escrita a sério é preciso ter espírito de missão." 
Vejam a entrevista sobre o romance Batalha, feita com perguntas enviadas por email pelos leitores.
Retirado directamente do blogue do autor 

Uma edição Saída de Emergência


Obrigada!!! 800 Seguidores no Blogue


E como é hábito celebraremos com o passatempo, deixem-nos só recuperar do rescaldo de 31 livros a passatempo e o apuramento de centenas e centenas de participações. É a todos vós que devemos tal façanha. OBRIGADA!!!

Boas Leituras e sintam sempre o Efeito dos Livros

«Depois» de Rosamund Lupton - Opinião


Volvidos mais de seis meses, volto a revisitar a escrita de Rosamund Lupton, iniciada com o seu primeiro policial «Irmã». Agora chegou a vez de «Depois».  

Desengane-se, apesar dos tons vermelhos de ambas as capas e os relatos emocionais familiares não são o que vai marcar este thriller, neste caso, quase psicológico. A escrita de Lupton vivencia uma alteração brilhante e surpreendente, rasgando por completo as semelhanças com a escrita anterior.
Apesar de manter o modelo de crise familiar, emocionalmente instável e perturbante, este «Depois» funciona antes como um álbum de recordações. Grace, revive, recorda e encontra forças nas memórias, que dia após dia se reflectem nas acções da família que a envolve.

Se o enredo não surpreende e desde cedo se pensa ser aquele o fim previsível, caso contrário o livro ganharia uma aura muito lamechas, há todo um enlace de acontecimentos em catadupa que retiram o ar pardacento deixado pelo fantasma do incêndio. 

A narrativa de Lupton ganha mais vida e maior qualidade já que a autora consegue focar diferentes géneros com a sua escrita, que se mantêm uniforme ao longo de todo o livro, mas, sequencialmente evoluí de drama para thriller, de policial para romance, chegando a ganhar contornos de crueldade e alguma dureza, especialmente pela forma como a narrativa está construída.

«Depois» é uma conjunção de episódios que se projectam no passado, relembrando a preocupação que é o futuro, mas sem esquecer que o importante é viver o presente, já que esse muda num segundo. A escrita é propícia ao turbilhão de emoções que a acção revela, tocando os aspectos sensíveis da vida familiar, desde a ausência paternal, à violência doméstica ou à importância de escolher um escola de renome para os filhos, contando assim que se dite o futuro com essa escolha milagrosa. A presença familiar na escola ou o bullying são temas igualmente retratados, não estando no palco da acção, mas adensando as entrelinhas de uma narrativa recheada de detalhes. 

Se a tia Sarah era "a versão em pessoa de um canivete suíço" o que se poderá dizer da quantidade de pequenas metáforas que o livro nos vai revelando. Com partes que se elevam a um quase, teletransporte sensorial, com a constante referência a flores, como se a memória olfactiva destas pudesse combater o cheiro nefasto a incêndio e as imagens de carne dilacerada pelo fogo.

Se Grace e Sarah são mulheres rochedo e se um beijo capaz de alterar o rumo do presente, mas se a amizade e a dedicação são capazes de cometer um crime, mas também capazes de nos livrar dos demónios que pairam cá dentro, talvez seja um dom, o de controlar as nossas memórias e esquecer "as sombras de dor que lhe pisavam os olhos", acabando com a surdina e a incógnita que é o sempre, mas com a certeza de que "existe um depois".



Ambos os títulos da autora são edições Civilização

terça-feira, 23 de abril de 2013

Nova Leitura: O primeiro da série Private: Agência Internacional de Investigação de James Patterson


«Um excelente policial, de leitura compulsiva e com uma narrativa de ritmo estonteante» 
Daily Mail
« O prolífico Patterson continua imparável» 
 USA Today
«James Patterson sabe como criar suspense e emoção, numa prosa limpa e consistente» 
People




 Private: Agência Internacional de Investigação
James Patterson com Maxine Paetro


E está tudo dito! De James Patterson só se pode esperar uma leitura ritmada, impaciente e viciante, que só cessa na última página!

Leia os primeiros capítulos aqui 
Uma aposta TOPSELLER



Um crime chamado livro - Conto por Efeito cris

Em jeito de celebração do DIA MUNDIAL DO LIVRO, deixo-vos um pequeno conto da minha autoria



Um crime chamado livro.



Julgamento aberto.
Crime: ler
Leitor réu, sentado, nervoso, pensativo, culpado, absolvido, tentado, esquecido…
Acusação: a leitura das palavras ociosas de quem pensa e revela o prazer de pensar mais além.

Nervoso, o réu fica comprimido na presença de um livro, aquele livro, logo aquele, não podiam ter escolhido outro!? Logo aquele, com aquela capa, aquele título, a inquietude daquelas palavras, a ociosidade daquelas ideias… é um crime submeterem tal livro a tão vil espaço, decadente, opressivo. Sem uma janela para o mar, sem o cheiro a terra, sem o calor do sol… o que sentirá o livro, aqui fechado, aqui submetido!?

O advogado, em pé, olha de relance para o livro, olha-o, um livro, nada mais que um livro, apenas e só um livro – que terá de tão especial um livro? Que levará um homem a estar aqui submisso, inquieto, julgado, atacado… por um livro? Como se acusa alguém em prol de um livro?

A defesa, do outro lado, também de pé, inquieta, mais inquieta ainda, agora que confirmou o livro, o título, a capa e saber, melhor ainda é saber, a magnitude que tais palavras, ali encerradas dentro – compõe tal milagre da literatura. Que injustiça, a ausência de dedos e olhos, e lábios, capazes de amar e prenunciar tais palavras, tais escritos, tais prenúncios de verdade.

O livro, jaz ali, especado, inanimado, observado, julgado… pior ainda, abandonado de mãos sábias que o acolham e lhe leiam, uma e outra vez, e outra e ainda outra, as palavras que germinam em si. Cada leitor, cada virar de página, cada coração, cada sussurro de leitura, cada nova interpretação.



Revolução Paraíso de Paulo M. Morais - Uma "Revolução" pela mão da Porto Editora



Liberdade e revolta no pós-25 de Abril
Revolução Paraíso é o romance de estreia de Paulo M. Morais.


04.04.2013 (Notícias, Porto Editora)

Todos os anos, a Porto Editora recebe milhares de originais, de autores em busca de uma primeira publicação. Em 2012, depois de vários anos a escrever para a gaveta, o jornalista Paulo M. Morais foi um dos que procuraram uma oportunidade. Em 2013, a 18 de abril, e depois das inerentes alegrias prévias, chega o momento aguardado: o romance Revolução Paraíso, uma obra sobre a liberdade e a revolta no pós-25 de Abril, fica disponível nas livrarias, com chancela da Porto Editora.

A aposta neste novo autor português deu-se em função da qualidade e da pertinência da escrita de Paulo M. Morais. Alternando realidade e ficção, este é romance que transporta o leitor para os agitados dias da pós-revolução: o retrato de um país que, entre o PREC e as eleições livres, procura um novo rumo.

Revolução Paraíso foi apresentado na passada sexta-feira, 19 de abril, na FNAC Chiado.





Sinopse

Alternando realidade e ficção, um romance que nos transporta aos agitados dias da pós-revolução: o retrato de um país que, entre o PREC e as eleições livres, procura um novo rumo.
Enquanto nas ruas se decide o futuro de um país, na tipografia de Adamantino Teopisto vive-se um misto de enredo queirosiano, suspense de um policial e ternura de uma novela: com sabotagens, amores proibidos e cabeças a prémio; tudo num ambiente de revolução apaixonado.
O rebuliço generalizado tem repercussões no alinhamento do jornal e no dia a dia das gentes de São Paulo e do Cais do Sodré.
A revolução é o tópico das conversas nas tascas, nas ruas, no prédio da Gazela Atlântica, contribuindo para o exacerbar das tensões latentes entre o patrão Adamantino e os funcionários. A vivacidade de uma estagiária, as manigâncias de um ex-PIDE foragido, os comentários de um taberneiro e as intromissões de um proxeneta e de uma prostituta, agravam ainda mais a desordem ameaçadora que paira no ar.
Nada foi igual na vida dos portugueses após a Revolução dos Cravos. Nada foi igual na vida da "família" Gazela Atlântica após o 25 de Abril.





Para começar a ler, aqui - Uma edição PORTO EDITORA

Quem sabe uma próxima leitura!

Geoff Dyer em Maio na Quetzal...


Este é o primeiro livro de Geoff Dyer que a Quetzal vai publicar. A tradução é de João Tordo. 
O livro sai a 10 de maio e o autor estará em Portugal.

*

«Se Hunter S. Thompson, Roland Barthes, Paul Theroux e Sylvia Plath fossem de férias no mesmo corpo, talvez inventassem algo deste género.»

*
Críticas de imprensa

“Inteligente, provocante, por vezes muito cómico mas acima de tudo profundamente sério.” 
The Telegraph


"Este livro é a arqueologia da alegria, do desespero e da redenção. O mundo é um lugar muito mais divertido quando visto através dos olhos de Dyer."
The Independent



Uma aposta QUETZAL


O novo policial de Arnaldur Indridason

Arnaldur Indridason, considerado por Luis Sepúlveda «a grande voz do policial nórdico», publica um novo livro na Porto Editora. Depois de "A Voz", chega às livrarias "O Mistério do Lago"!


Um lago que se esvazia, um mistério que se adensa.



Sinopse

O nível das águas do lago Kleifarvatn tem vindo a descer lentamente na sequência de um terramoto.
Uma hidróloga local está a estudar o estranho fenómeno quando descobre uma ossada humana com um buraco no crânio e, ao lado, um velho aparelho de rádio com inscrições em cirílico quase ilegíveis. A Polícia é enviada ao local e o inspetor Erlendur e a sua equipa ficam a cargo da investigação, que os levará a pesquisar desaparecimentos ocorridos na Islândia na década de sessenta. As pesquisas conduzem-nos inevitavelmente às embaixadas do ex-bloco soviético e a antigos estudantes islandeses das juventudes socialistas, bolsistas na Alemanha de Leste em plena Guerra Fria.

Um romance carregado de mistério que confirma Arnaldur Indri-ason como um dos grandes nomes do policial nórdico.


Para começar a ler aqui

Uma edição

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Comecei a ler...

Tragam o chã e os bolinhos, que temos mistério!! 
 Crime à Hora do Chá - Volume 1
Sinopse
Badger’s Drift é a típica aldeia inglesa onde todos se conhecem e, aparentemente, nada acontece. Tem um vigário, um médico desastrado, umas quantas figuras excêntricas e uma solteirona amorosa, famosa pelas suas bolachas caseiras. Mas quando a velhinha morre subitamente, a sua melhor amiga não se conforma. Ela sabe que aquela morte não foi natural. O inspector-chefe Barnaby e o incansável sargento Troy não têm alternativa senão investigar. E o lado sombrio da pitoresca aldeia começa lentamente a ser revelado. Perante velhos ressentimentos e novas rivalidades, ódios intensos e paixões dissimuladas, Barnaby está cada vez mais alarmado. Infelizmente, um segundo e hediondo crime vai confirmar as suas piores suspeitas.

Morte na Aldeia foi considerado um dos 100 Melhores Policiais de Sempre pela Crime Writers’ Association.
:)
Mais informações no site Edições ASA

quinta-feira, 18 de abril de 2013

«Lisboa no Ano 2000» 3ª parte - Opinião

«Lisboa no Ano 2000» 3ª parte


E a saga continua... 3ª parte e última antes da apreciação global.


Energia das Almas, de João Ventura

Talvez o conto que mais me impressionou e me fez pensar no paralelismo com a realidade que vivemos actualmente.
A necessidade de obter uma nova fonte de energia, custe o que custar. 
E aqui é paga ao peso da alma!
Os custos para a humanidade e os seus direitos... a educação... a sensibilização, ou até os riscos, são tudo factores muito bem metamorfoseados neste conto do submundo.
Cegam-se os olhos de um povo ávido de mudança - estupidifica-se e sacrifica-se o próximo.
Um conto altamente recomendado.


*
Fuga, de Joel Puga

Umas das histórias que mais me marcou na forma como apela ao sentimento, parafraseando um amigo
Aqui fala-se de sonhos e do que, quase irreal, fazemos para os obter.
O sonho, o projecto... a ânsia de querer e possuir
É o querer ter amanhã, desvalorizando o hoje.
esta é uma história de sonhos...
Este é o sonho de Tércio
O programador que queria ser escritor
Escreverá ele o seu destino?


*
Tratado das Paixões Mecânicas - João Barreiros 

Um conto que é uma verdadeira paixão.
João Barreiros dá continuidade ao texto inicial de abertura «O Turno da Noite»
Abandonamos o Metro, mas estaremos prontos para aceitar e ocupar as Fábricas!?
Ou sermos ocupados por elas?
A ocupação, a verdadeira hegemonia e a reprodução em massa de fábricas.
Dito assim é estranho, mas é isso mesmo!
Um conto cativante, de uma criatividade espectacular que nos mostra o quanto somos servos do consumo e do desenvolvimento exacerbado por uma pseudo-necessidade...
É a ode, é a exaltação à obsolescência programada.
*
Taxidermia, de Guilherme Trindade
Amei este conto, não sei bem explicar porque!?
pois até é um conto bastante decadente - a extinção é uma ameaça total, é um facto!
A ansiedade de preservar e adiar a extinção total, pode criar motivações mais perversas 
poderemos nós encarar os animais e os homens no mesmo patamar?
Um conto recheado de detalhes e adornado com o mistério das dúvidas pessoais - aguçando a inteligência do leitor, levando-nos a questionar as nossas acções e a imaginar certos desfechos...
no fim a surpresa que já poderá ter passado pela cabeça do leitor.


*
Quem Semeia no Tejo, de Pedro G. P. Martins

No reinado das maleitas desconhecidas
Reina a indecisão, entre médicos e curiosos
Vem o radical com a solução.
Ou não!


*
Chamem-nos Legião, de João Barreiros 
Sem duvida o melhor conto do livro, para mim é claro!
João Barreiros acaba com nesta terceira parte os dois outros contos...
«Chamem-nos Legião» é a rasgo de criatividade, é a composição harmoniosa.
Com mestria, o autor traz-nos até ao seu mundo, unindo os mundos em que vivemos perante as suas palavras e enredos. É a conclusão de todos os acontecimentos.
Acontece o impossível, forças ocultas a bordo de uma embarcação, com freiras vampiras, capazes de exorcizar os efeitos eletromagno-maliciosos de uma sociedade obscura e dependente da vida dividida entre a luz e a escuridão.


Uma excelente leitura, com o apoio da 

Destaque - Editorial Presença - Tim Harford com «A Lógica Oculta da Vida»

«De facto, acredito que, se não compreendermos as escolhas racionais que estão na base de muitos dos nossos comportamentos, não conseguiremos compreender o mundo em que vivemos.» | Tim Harford

Uma novidade Editorial Presença



Sinopse

O autor de "O Economista Disfarçado", Tim Harford, desafia-nos neste seu novo livro a descobrirmos uma perspectiva inovadora do mundo, da vida e de nós próprios ao desvendar-nos a lógica, muitas vezes oculta, que preside aos comportamentos humanos. Segundo Harford, essa lógica baseia-se nos princípios económicos mais elementares, em especial na teoria da escolha racional, e pode ser aplicada às experiências que ocorrem nas mais diversas áreas da nossa vida diária. Uma reflexão bem-humorada e esclarecedora sobre o modo como a lógica da economia moderna explica os aspectos mais sérios, e ao mais divertidos, do nosso quotidiano.


«Tim Harford é um forte adepto da teoria da escolha racional, a qual aplica, de forma engenhosa e divertida, na explicação de todas as questões que levanta no seu livro, A Lógica Oculta da Vida. Harford tem um jeito especial para explicar princípios e problemas económicos através de uma linguagem simples e acessível e, acima de tudo, divertida.»
New York Times

«O grande mérito de A Lógica Oculta da Vida é estar à altura dos grandes mestres desta área, naquilo a que Harford chama “a nova economia de tudo”. Esta é uma leitura muito agradável e Harford apresenta argumentos complexos com grande clareza e perspicácia.” | The Sunday Times



Uma leitura com o apoio da Editorial Presença - Leia um excerto aqui

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Nova Leitura ... «Batalha» David Soares

A BATALHA parece-me um livro para ler, sentir, cheirar e reler!


E aqui está (quase) tudo dito:


Clique para saber e ler mais sobre o autor e a sua obra:



Uma leitura com o apoio e recomendação da:








terça-feira, 16 de abril de 2013

«Lisboa no ano 2000» - 2ª parte - Opinião



«Lisboa no ano 2000» - 2ª parte - Opinião 



Dedos, de AMP Rodriguez.

Arrepi-se, ou seja, sinta o calafrio na espinha
Mexa os dedos, dê ordens às máquinas...
Aqui são os Dedos que comandam a vida.
a historia parte daí, mas não é o mais importante
É sim a revolta das máquinas e o enigma por detrás
até um súbito do rei tentar resolver o mistério...
será que o resolve?


*
As Duas Caras de António, de Carlos Eduardo Silva

Um conto que daria um excelente filme de espionagem...
António é um agente duplo, ou será triplo?
Ou será ainda um herói?!?
O amor à pátria e a missão, a escolha por Portugal e vitória...
o autor envolve-nos numa áurea de mistério onde a nossa personagem principal luta com o dilema de desvendar o roubo de uma máquina que poderá virar a guerra a favor de um dos lados...
algo parecido com a realidade?


*
Electrodependência, de Ana C. Nunes

Uma das histórias que mais me impressionou ...
a electricidade além de ser a fonte do desenvolvimento...
é também a droga...
a droga que cega alguns na sociedade...
uma droga que vale fortunas
que quem depende dela desumaniza a fonte do seu prazer..
que sem pensar ou ponderar a vida dos outros, os escraviza para seu belo prazer...
é a eletrodependência na ponta do dedo, na simplicidade do toque...


*

Nanoamor, de Ricardo Cruz Ortigão 

Durante o texto ainda me perdi com algumas divagações do autor, mas o seu sentido de humor prevalece e torna a leitura bastante interessante.
Em Nanoamor, Alexandre é o típico lambe botas que tem uma boa posição na vida, não graças ao seu trabalho mas ao factor C - sim no futuro este também existe e qualquer semelhante com o "agora" é uma mera coincidência.
Perante a ameaça, o bajulador cria e realiza um plano fantibuslatico (apetece-me inventar) e mais não digo, inventem vocês também!



Leitura terminada... já se seguem mais resenhas.
Boas Leituras pelo imaginário de Lisboa



«No Meu Peito Não Cabem Pássaros», o primeiro livro de Nuno Camarneiro

«Quem nunca quis dormir até a vida ser um lugar praticável, quem não conhece o desconsolo de vestir cada dia uma pele curta nas mangas (…)»

O que mais posso dizer...


Obrigada Maria do Rosário Pedreira!



Sinopse do livro:
Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha- céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a Lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar. Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles. Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.


Uma leitura com o apoio 
Uma chancela LEYA 

Adquiria este livro através do Site Leya Online, na Livraria Efeito dos Livros

Morte na Aldeia de Caroline Graham, AS

"Ao contrário do que possa parecer, uma aldeia inglesa nunca dorme..."

Um livro que junta uma escrita igualável a Agatha Christie e um título que está considerado no Top 100 dos melhores Policiais de sempre. Um policial pela mão da internacionalmente aclamada Caroline Graham, escrito em 1987, brindando os leitores com a tradição do policial britânico e a excentricidade da criminalidade rural.


Sinopse

Badger's Drift é a típica aldeia inglesa onde todos se conhecem e, aparentemente, nada acontece. Tem um vigário, um médico desastrado, umas quantas figuras excêntricas e uma solteirona amorosa, famosa pelas suas bolachas caseiras. Mas quando a velhinha morre subitamente, a sua melhor amiga não se conforma. Ela sabe que aquela morte não foi natural. O inspector-chefe Barnaby e o incansável sargento Troy não têm alternativa senão investigar. E o lado sombrio da pitoresca aldeia começa lentamente a ser revelado. Perante velhos ressentimentos e novas rivalidades, ódios intensos e paixões dissimuladas, Barnaby está cada vez mais alarmado. Infelizmente, um segundo e hediondo crime vai confirmar as suas piores suspeitas.


 Morte na Aldeia foi considerado um dos 100 Melhores Policiais de Sempre 
pela Crime Writers' Association.

“A melhor escritora de policiais desde Agatha Christie” 
The Sunday Times

Uma aposta ASA - Edições Leya


Francisco Salgueiro os seus "fins" da INOCÊNCIA 1 e 2

O fosso geracional agora em livro.

A análise à realidade dos adolescente portugueses.
Um diário, uma exposição, uma "denúncia" dos perigos a que estão expostos os adolescentes e pré-adolescentes.
Uma chamada de atenção, um alerta para ser lidos por pais, educadores, e não só!

Mas por enquanto, ficam as imagens e as palavras do autor...

Trailer do primeiro livro - «O Fim do Inocência»


Trailer do segundo livro - «O Fim do Inocência 2»


Entrevista na Livraria Ideal
Sob o efeito do livro 1



Avizinha-se outro livro polémico e uma leitura a um ritmo alucinante... assim esperamos.
Mais informações aqui http://franciscosalgueiro.blogspot.pt/
ou aqui https://www.facebook.com/OFimDaInocencia


Uma leitura com o apoio




quinta-feira, 11 de abril de 2013

«Debaixo de Algum Céu», Nuno Camarneiro - Opinião

Desde «O Retrato de Dorian Gray» de Oscar Wilde ou «O Filho de Mil Homens» de Valter Hugo Mãe que eu não me sentia tão arrebatada pelas palavras que se desenrolavam debaixo dos meus olhos.
As palavras de Nuno Camarneiro são verdades debaixo dos nossos olhos, e é no debaixo que está o problema. Nem sempre o que está perto nos envolve, nem sempre o que é óbvio nos chama à atenção.
O enredo de «Debaixo de Algum Céu» é mesmo isso, de algum, de mim, de ti, dele, do outro, alguém ao nosso lado, vocês... os outros - é o somos todos e não é nenhum!
Mentira! Acontece a mim, acontece a todos!

A Margarida, o David ou a Beatriz, entre outros, todos eles têm um pouco de nós e um pouco dos outros, basta olhar, mas olhar com olhos de ver!

"Abria os livros e tocava as páginas com os dedos e com os olhos, sem ler, sem nunca ler para que os mistérios do homem que amou não lhe fugissem. Um dia cansou-se dos livros e procurou um gato..."

O desenho bem delineado que Nuno Camarneiro faz de cada personagem, é preciso, é real, é preocupado, fica preso à rotina rotineira, calendarizada, encaixada... nefasta, mas segura!
No entanto, o leitor ganha a liberdade e pode, assim como que colorir cada uma delas, com as cores do mar, a rudeza da areia, a textura dos desejos, os cheiros dos beberetes festivos ou então deixá-los a preto e branco, acentuando-lhes a cruz que carregam ou ainda em tons sépia, esbatendo-lhes os sonhos e as ideias, numa mancha mais uniforme, unificando-os, unificando-nos!

"Um pedaço de corda azul, um búzio, algumas garrafas de plástico, dois caranguejos, uma bóia... Moço recolhe cada pedaço (...) Há coisas que lhe servem a ele e a mais ninguém..."

Encaixilhando o desenho, amarrando ideias e vidas, há um organismo que pulsa, sobe e desce, carregando as angústias, as surpresas, as traições, as pequenas vitórias... como um elevador de onde entra e sai gente.
Talvez o prédio, seja um Lote A aqui ou um Nº 8 ai, o que é certo a cada um de nós, é que todos temos um prédio, aquele onde as paredes e os tectos "são barreiras importantes feitas pelas mãos a espelharem cabeças".

Temos ou não temos um prédio chamado sociedade apelidado de cultura e intitulado de comunidade ou até coroado de Humanidade!? Igualemos as paredes às leis, os tectos aos valores, as escadas às liberdades, as portas às oportunidades... e temos ou não um prédio comum a todos!?

"Nenhum mundo pode ser perfeito se não tiver lugar para homens imperfeitos. No limite (...) a excentricidade como premissa."

Na premissa de sermos excêntricos, precisaremos de um dicionário para cada um de nós? Um deus pessoal e intransmissível? Quiçá um prédio só para nós?

«Debaixo de Algum Céu» está pensado para nos fazer pensar, talvez até nos educar - a sabermos olhar melhor, sentir melhor e largarmos os fantasmas, não só os do passado mas mais ainda aqueles "de gente viva, porventura os piores..."

"Deus é bom mas liga pouco a pormenores."
Façamos o mesmo, esqueçamos mais o umbigo que é o apartamento e pensemos mais no prédio, que é o mundo!

«Debaixo de Algum Céu» é o lugar ao céu, o céu que é de todos!

*

Quero deixar um especial agradecimento à LEYA por nos terem brindado com a oferta deste livro excepcional.

Se quiser adquirir este livro online, pode fazê-lo através da Livraria Online Efeito dos Livro, consulte
http://efeitodoslivros.leyaonline.com/

Uma paixão por Pessoa... na voz de Guilherme Gomes, o «Dizedor» numa «Ode a Pessoa»

Apenas para deixar um momento mais do que dedicado a livros, autores ou literatura. Um momento de deleito em português, na voz de um português e numa paixão por Fernando Pessoa.


Procurem mais por aqui:
http://dizedor.pt/ e por tanto outros locais na web

«A obra-prima arrebatadora sobre os eremitas nova-iorquinos, os irmãos Collyer»


«Homer & Langley»  retrata a História da América do século XX através dos episódios que vão marcando a vida de dois personagens peculiares, dois irmãos socialmente desajustados que vivem numa mansão na Quinta Avenida. O livro é narrado por Homer, cego mas perspicaz e atento, que, juntamente com Langley, o irmão mais excêntrico, fazem o retrato de uma época.

O LIVRO

Eu sou o Homer, o irmão cego. Não perdi a vista de repente, foi como nos filmes, um lento fade-out.

Homer e Langley Collyer tornaram-se uma lenda tragicómica de Nova Iorque quando foram encontrados soterrados debaixo de toneladas de lixo acumulado na sua mansão, na Quinta Avenida.

Transportados para o mais recente romance de E. L. Doctorow, estes personagens delirantes – Homer, cego e intuitivo, e Langley, abandonado à loucura, ou à genialidade, após servir na Primeira Guerra Mundial – tornam-se os cicerones de uma visita guiada à América do século XX e aos becos sombrios da mente humana.

Uma intensidade narrativa quase hipnótica. Um retrato singular da condição humana.



O AUTOR

E. L. Doctorow nasceu em Nova Iorque, em 1931. Considerado um dos mais talentosos escritores da segunda metade do século XX, é autor de romances que combinam História e crítica social, tendo sido galardoado com vários prémios como o National Book Award, National Book Critics Circle Award, PEN/Faulkner Award (duas vezes), entre outros. Com Billy Bathgate foi também finalista do Pulitzer. 

A sua obra está publicada em mais de 32 países e cinco dos seus romances foram adaptados ao cinema. 

Doctorow dedica-se à escrita e ao ensino da literatura na Universidade de Nova Iorque. 

Página do autor: www.eldoctorow.com 

Imprenssa Internacional

O mérito de Doctorow está em não comprometer a dignidade de dois irmãos que partilham uma exuberante paisagem construída apenas na imaginação e na inaptidão. É uma façanha de grande visão, delicadeza e destilação. 
Publishers Weekly





Novo título da PORTO EDITORA para a Wishlist!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

«O Vento dos Outros» Raquel Ochoa, Opinião

"A cada passo a vida inteira."


«O Vento dos Outros», uma escrita e uma viagem "pura vida"... 
calcorrear o mundo latino pelas palavras, pelos olhos e sentidos e ainda sensações de Raquel Ochoa.

"Prepara-te. Só uma descida muito grande pode impulsionar-te para a maior das subidas."
"Virias comigo?"
- Sem dúvida alguma!

Será que quem mais viaja ganha uma leveza maior e uma imunidade às incompreensibilidades da vida?
Seria com esta pergunta que eu começaria uma entrevista, já que são algumas destas, as palavras iniciais e que me deixaram a pensar durante todo o livro.
É durante o tempo de férias que reorganizamos a cabeça e as ideias, as vontades, as decisões que depois nos desenham noutros dias mais rotineiros?
Viajar é férias ou é a rotina descalendarizada de quem se pode dar ao luxo de partir!? 

"Parti sozinha..."
E eu partiria sozinha? Talvez não. Não é que a vontade por vezes não tome esse caminho, mas a mente, enraizada nos complexos do dia a dia, habituam-nos a ter companhia.
Raquel Ochoa partiu sozinha, mas o que terá levado na bagagem da preparação? Sonhos? Lembranças? Projectos, mapas, preparações!?
Como se parte para um viagem para a América do Sul? 
Quem viaja sozinho, o que ganhará pelo caminho?
E junto? Sim, porque existiram igualmente pedaços de viagem com boas companhias.

Depois de superar as questões iniciais. Algo que nunca me preocuparia tanto não fosse eu uma curiosa e amante das viagens. Para mim, ler «O Vento dos Outros» é sempre pensar no que iria eu fazer, sentir, pensar, se fosse eu que ali estivesse. Mas não estou, não sou, não fui ... à América Latina perder-me por picos, serras, encostas, vulcões, montanhas, desertos, pântanos, cidades, recantos, ruas, vielas, casas, cabanas, praias, lagos, poças... não fui, mas iria!

"Uma viagem é uma obra por fazer."


As palavras de Raquel oscilam entre relatos simples e discretos, como um diário despreocupado que conta aquilo que queremos e não queremos ouvir (eu não quero ouvir e pensar em térmitas gigantes...). Mas depois surgem parágrafos, trechos de memória que são autênticos deleites, de paisagem, de amizades, de pessoas, de sentimentos (como os carregadores guias na subida derradeira).

"Mas é sem dúvida ali dentro que Lima arfa, saltando de avenida em avenida, com a ligeireza de formigas de um reino pobre."
São páginas e páginas, relatos cada vez mais vívidos, mais recheados de detalhes e que nos vão instruindo com história e ensinamentos dos países, das cidades, das montanhas, das altitudes e claro, das pessoas ou ainda dos livros. Como o explorador Daniel Ruzo ou o livro de Gao Xingjian ou das companheiras, ora Rita ora Maria.
Desde as praias da Costa Rica, aos ritmos do reggae até Marcahuasi ;) Passando pela acelerada Lima... vagueando pela cultura Inca até ao cume, o Machu Picchu... ou ainda passando pelo deserto e chegar à Patagónia.
"Deixava sair argolas de ar frio pela boca, esquecia-me do tempo, efeitos secundários de uma mente perturbada pela paisagem."

Eu poderia continuar, pero "de afuera se mira mejor..."
E não há nada como ler e sentir.
Mas melhor ainda será viajar!

*

Continuo a preferir viajar a ler sobre viagens, mas este livro fez-me pesquisar, sentir, querer arrancar e partir...
Fez desejar acampar, caminhar, chegar a Machu Picchu ou chegar e entrar no oceano com leões marinhos, atravessar fronteiras e sentir-me do mundo, continuar a caminhar, sentir o deserto, contornar vulcões... ou ter um arrepio colorido em Valparaíso...
Um livro que me fez sonhar com...
"um continente de vulcões com uma sociedade em convulsões"

Boas Leituras com a Marcador... na página certa!