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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Opinião :: "Sedução nas Terras Altas"

Que reconfortante é voltar a encontrar-me nas Terras altas da Escócia e desta vez pela mão de Emma Wildes.


Num poderoso três em um, “Sedução nas Terras Altas” começa por nos contar, em menos de 100 páginas a curiosa história do Laird Ian McGray e de Lady Leanna Arlington, a prisioneira que agradece ter sido raptada e privada do fatídico destino de casar com um tirano. Durante a sua captura e em jeito de agradecimento com toque de vingança, a captiva passar a conhecer intimamente o Laird de todos os ângulos possíveis e imaginários.
E quando estamos perdidas na história é quando ela se resolver na perfeição e termina. 

No entanto, como é característico em séries românticas de época, pelo menos das que tenho lido, numa história conhecemos uma casal mas lá pelo meio do romance e aventura aparece aquele que será umd os protagonistas da histórias seguinte. Neste caso tratar de Robbie McGray, o primo do Laird, que em conjunto com Julia Cameron nos proporciona um jogo de intriga, sedução e mistério.
Ela é a única herdeira da fortuna da família, após a morte do pai e desaparecimento misterioso do irmão. Mas como mulher, fica vulnerável e sabe que com um homem ao seu lado poderá defender os seus interesses e os da sua herança. Como não confia em ninguém, especialmente no primo Adain Cameron, procura Robbie, amigo do falecido pai, para a proteger e ajudar. E se possível, enquanto resolvem o mistério que rodeia a família Cameron, aproveitar para enveredarem num caminho de descoberta e pecado.

E na última pequena história que compõem “Sedução nas Terras Altas” temos o cavaleiro andante que salva a donzela dos ladrões. Adain Cameron, que na história anterior tem de se redimir aos olhos da prima e dos leitores, começa a sua história em altas ao salvar Lady Gillian Glorin de um bando de ladrões para depois de lhe saquear o coração e o corpo, isto tudo enquanto fogem de um casamento arranjado que a iria subjugar a um homem desprezível.

Três histórias, três vislumbres das Highlands e três momentos independentes mas que se interligam tão bem.

Emma Wildes não me desilude e eu ficarei sempre atenta à possibilidade de ler mais um livro seu.

http://www.planeta.pt/livro/seducao-nas-terras-altas
Livros de Emma Wildes lidos no Efeito dos Livros


Quem, como eu, gosta das histórias nas terras altas? De todos os que já leram, qual o que gostaram mais?

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Comecei a ler...

Querem viajar sem sair do lugar?
Leiam um livro!
Eu voltei a Amesterdão :) 
Desta vez pelas palavras de Tiago Rebelo em "Romance em Amesterdão"


Sinopse: 
Mariana e Zé Pedro passaram quinze longos anos sem se tornarem a ver. O tempo que poderia ter sido suficiente para fazer desmaiar a sua paixão vivida em Amesterdão. Os mesmos quinze anos que fizeram Mariana imaginar, milhares de vezes, o reencontro; e Zé Pedro desesperar de alguma vez voltar a encontrá-la. Quando, subitamente, numa azafamada manhã, numa estação de metro, se voltaram a encontrar. Quando tudo parecia ter sido diluído no tempo, eis que o passado volta a ser vivido no presente. Um romance apaixonante!


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Este é o meu corpo, de Filipa Melo : Opinião


É pela mão de José Riço Direitinho que sou puxada para dentro de "este é o meu corpo"..
"Todas as mortes são violentas. Sobretudo para os que cá ficam. Os livros nem tanto. O da Filipa, é. Mas esses são também os livros que vão ficando.
Há livros que nos tocam na pele, que conhecem os nossos sentimentos de todos os dias, a irritação, a nossa alegria , a ingenuidade dos medos, a fortaleza fraca das paixões; e há outros que que nos entram logo direitos ao centro, dissecando-nos primeiro com um olho macroscópico que corre através de nós, da nossa pele, e depois dão-nos a visão microscópica da alma. Este é o meu corpo, é assim."
José Rico Direitinho, in revista Ler, Dezembro de 2001

Um romance em jeito de policial onde várias vozes apelam para serem ouvidas. No entanto, todas serão arrancadas à força, rasgando a pele, levando até ao osso o sentimento, a posse, a vingança, a paixão, a vida e claro, a morte!

Numa narrativa que acumula tensão e o faz de forma bastante visual, Filipa Melo consegue muitas vezes arrepiar o leitor. Estranho dizer, mas o enredo vicia-nos na vida que escapa do corpo, no corpo violado, morto, retraçado, perfurado... numa busca minuciosa pela verdade.

Nas suas várias vozes, os narradores trazem à luz desta narrativa, os vícios triviais e os vínculos próprios de corpos com vida, que se cruzam nas descrições quase, eu disse quase, mórbidas e sórdidas. Têm nesses momentos equilibrados, mas intensos, detalhes vívidos da morte e da análise do corpo como paixão, como dedicação que alimenta o vazio dos dias. Os dias vivos de muitos vivos, mais mortos que os mortos.

Onde existiu esperança, há agora dor. Onde já correu vida, corre agora horror. A melodia fria e metálica com que dissecava e inspeccionava um corpo assume agora outros contornes, mais intensos, mais profundos. Exploram-se segredos, interrogando as incertezas dos vivos, os medos que acorrentam a falsas seguranças... a ingenuidade sobre a fragilidade do corpo e da alma.

Um enredo intrincado que se vai adivinhando nas histórias que se cruzam, que se completam, nas personagens que acabam onde outras começam.
Poder-se-à dizer que estamos perante um romance com o corpo, com a alma e as dúvidas que nos atormentam, mas também estamos perante o descortinar do corpo pela tenebrosa experiência de desumanizar o que resto no fim de tudo, o corpo e a sua autópsia.

"Alguém me disse uma vez que a morte é um parto de si mesmo. Uma consumação, uma onda que nos varre até ao cabo de nós mesmos, ao fundo da nossa história, ali onde encerrámos os mistérios. Se não formos nós a cumprir a tarefa, encarregam-se os outros dela. Não há como fugir."

Não há mesmo como fugir de um livro de tamanha qualidade, recheado de tanta informação e que apela tanto à nossa reflexão.

*
Lido na edição da Sudoeste Editora, 1ª edição de Março de 2007.
Requisitado na Fábrica das Palavras - Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira




Passatempo GALVESTON


Com o apoio da Editorial Presença, sorteamos um exemplar do primeiro romance de Nic Pizzolatto, o autor da série True Detective.

*

O PASSATEMPO DECORRE ATÉ 08/03/2015

Para se habilitar ao passatempo, preencha o formulário abaixo e siga as regras dos nossos passatempos:

ATENÇÃO - REGRAS:
- O preenchimento do formulário é obrigatório para se habilitar ao passatempo.
- Podem participar todos os dias, basta voltar a preencher o formulário.
- Só serão apuradas participações de fãs e/ou seguidores. 
- Ser fã e seguidor, duplica as hipóteses de ganhar.
- Só aceitamos participações de residentes em Portugal.
- Sorteamos os prémios no random.org entre todos as participações.
- Não nos responsabilizamos por nenhum extravio, seja o envio feito por nós ou editora.

NOTA:
- Façam partilha do passatempo - SEMPRE PÚBLICA, os links serão contabilizados como participação, basta deixar o link que contará como participação extra. Obrigada

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"A casa das rosas", de Andréa Zamorano :: Opinião

"Quer dizer que não sabe mesmo? Pensei que a luz fosse o meio mais rápido de propagação. Ah, é verdade. No buraco onde você está enfiada a luz não penetra. As partilhas de pó não lhe contaram?"

A direcção até esta casa é sinuosa. Podia ter sido bela, tinha tudo para o ser, mas a obsessão, o desejo, a aparência e a loucura perfumaram-na de um odor fétido. Corromperam o amor, traíram a beleza e incapacitaram a compaixão.

A dor é intensa, mas dissimulada, escapa-se pelas frinchas, pelos poros das superfícies corroídas pela posse e pela obsessão.

"O silêncio apenas escraviza."

Uma mulher, também mãe. Uma criança, protegida e resguardada, mais tarde, também ela mulher. Virgílio que carrega em si um qualquer complexo, encarrega-se do Inferno, gerando-o. Os restantes são cúmplices do silêncio.

Em todas as direcções que este livro pode tomar, há uma fome de amor, uma fome de normalidade e é essa brutalidade, essa dureza que o torna especial e impactante.

"A fome dói. (...) A fome não tem poesia."

Não, não deve ter. Aqui fez todo o sentido, transformou-a, moldou-a.

"Também era essa a sensação que tinha de mim própria - dissociação. Aquele «eu» lido não era eu, mas quem lia também não. Afinal onde estava eu? Quem se lembraria do meu verdadeiro eu?

Podemos dizer que as memórias foram "uma unha encrava na alma" que não permitiram a Eulália esquecer o seu passado. Havia a necessidade de apaziguar e nem sempre a Paz vem com palavras mansas ou actos nobres e pacatos, por vezes é mesmo preciso romper com as estruturas, vencer os monstros, atacando-os com o excesso com que nos surpreenderam um dia.

"O excesso é o alimento da paixão"

... e as paixões marcam, escravizam, doem, mas também nos transformam.

Explicar de outra forma ou sequer tentar explicar este romance de estreia de Andréa Zamorano será retirar ao leitor todo o fulgor e expectativa que cada página cria.

Uma leitura altamente recomendável.

Novidades Quinta Essência :: Mais um de Sylvia Day :)

O amor surge onde menos se espera.
E se surge pela mão de Sylvia Day e é de época, eu não quero perder.
Depois de ter adorado e "Pecado" e "Orgulho e Prazer", os romances históricos desta autora têm lugar cativo na estante.



São o casal mais escandaloso de Londres. Isabel, Lady Pelham, e Gerard Faulkner, marquês de Grayson, são iguais em tudo: nos seus apetites sexuais, nos seus amantes constantes, na sua inteligência, nas reputações provocadoras e na recusa absoluta de arruinar o seu casamento de conveniência apaixonando-se um pelo outro. Isabel sabe que um rapaz tão encantador jamais lhe interessará e que nunca conseguirá influenciar o coração de libertino dele. É uma farsa muito agradável… até que uma surpreendente reviravolta tira Gerard do seu lado.
Agora, quatro anos mais tarde, Gerard regressou a casa para junto de Isabel. Porém, o homem despreocupado e travesso que partiu foi substituído por um homem taciturno, poderoso e irresistível que está decidido a empregar a sedução para conseguir o seu afeto. Desapareceu o companheiro despreocupado que partilhava a sua amizade e nada mais, e no seu lugar está a própria tentação… um marido que deseja o corpo e a alma de Isabel, e que não se deterá diante nada para conquistar o seu amor. Não, este não é o homem com que se casou. Mas é o homem que pode por fim roubar-lhe o coração…


http://quintaessencia.blogs.sapo.pt/incontrolavel-de-sylvia-day-149801

Quando os livros se tornam filmes :: Wild / Livre

Desde que li o livro tenho estado em pulgas para ver o filme. Sabia que o facto de ter a Reese Witherspoon no papel principal e na produção do filme seria algo que contribuía imenso para eu vir a gostar do resultado final e não me enganei.


“Wild” (sim, nem falo do nome em Português porque o filme nem sequer vai chegar ao nosso país) está menos comercial do que eu julgava que seria, e acreditem, isso é bom. 
No entanto, ao longo do filme senti que faltavam detalhes, coisas que sabemos do livro, como quem lhe deu aquela t-shirt do Bob Marley que passa a usar a meio caminho mas depois, se olharmos para um grande plano, para o todo do filme, percebemos que esses detalhes são pequenas pérolas exclusivas dos leitores e ficamos satisfeitos com o que passaram para a tela.

Potente é a palavra que melhor descreve a interpretação de Resse. A Cheryl de Reese está como a imaginamos, crua, revoltada com a vida, com a pessoa que se tornou mas em paz (intervalada por muitos palavrões) com o caminho que tem à sua frente, por mais duro que este seja. E os momentos chave estão lá, quer no PCT quer nos flashes do passado, especialmente aqueles que dizem respeito à mãe, extremamente bem interpretada por Laura Dern (aquelas duas nomeações aos Oscars foram bem merecidas)

Gostava que no filme se tivessem centrado mais no quanto foi complexo para Cheryl percorrer aqueles quilômetros todos sozinha, em sofrimento, tanto que por vezes nem dava para ter momentos de introspeção mas compreendo que o filme se centre mais no que a levou até ali, até ao caminho para um destino melhor mas vá, não vou pegar por aí porque realmente gostei do resultado final. Só queria mais Pacific Crest Trail. Bem, se quero mais, talvez a solução seja percorre-lo, certo?


PS: aquelas duas cenas que me fizeram tremer no livro estão lá muito bem retratadas no filme.

Relembro a opinião ao livro
Uma aposta da Editorial Presença

Resultado passatempo - Viagem ao coração dos pássaros



Com o apoio da MARCADOR, sorteámos um exemplar do mais recente título dos Livros RPT, 
VIAGEM AO CORAÇÃO DOS PÁSSAROS.

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Leia aqui a nossa opinião.

*
O passatempo contou com um total de 1380 participações e a participação vencedora é a nº 572, André Góis.

O vencedor já foi notificado por e-mail e aguardamos os dados para posterior envio do livro pela Editora, a quem, mais uma vez agradecemos a oportunidade de sortear este título.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Comecei a ler...

Honestamente não devia começar a ler nada até ter feito as críticas que tenho pendentes mas....
olha...não consigo!
E o título deste livro apanhou desde o primeiro momento que o vi.
Tudo o que Poderíamos ter Sido tu e eu se não Fossemos tu e eu

Quem já o leu?

Sinopse
"Não sei se o meu dom me encontrou a mim ou eu a ele. O meu dom…É difícil de explicar. Como aprendi a utilizá-lo é ainda mais estranho de relatar. Como acabei por trabalhar para Eles, acho que também não é nada simples de explicar. Mas quero contar-vos. Há coisas, pequenos detalhes, que formam parte de nós próprios e nos fazem ser como somos. E o dom era algo que me definia. Ainda que o utilizasse muito pouco. Fazia-me sentir mais vivo. Se estivesse a usar o dom quando vi a rapariga do Espanhol talvez não tivesse sentido o mesmo por ela. O que senti foi primário, foi muito autêntico. Como podia ter tantas saudades dela sem a conhecer? O ser humano é mágico e indescritível. Sentia algo especial ao voltar a recordá-la. Aquela confiança não deve surgir entre desconhecidos mas que às vezes existe e é mais intensa do que a que sentimos por alguém que faz parte do nosso ambiente há mais de vinte anos. Ela não se tinha apercebido da minha presença, não tinha sentido que os meus olhos não se tinham afastado dos dela nem por um instante"

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Homem do Puzzle, de Fausta Cardoso Pereira - Opinião

Ao ler o "O homem do puzzle" sou incapaz de não pensar na enorme metáfora que o puzzle pode ser para a vida e em pequena escala para cada pessoa.
O homem do puzzle, era também um contabilista, por sinal misantropo, por sinal obsessivo... Mário tentava restaurar a ordem e encontrar a concentração e o entusiasmo, anteriormente perdidos.
Será que são os momentos de lazer a melhor terapia para tudo o resto que corre mal? Trabalho que falha, família que falta, amigos desconectados do real e desinteresse em geral!?
Julgo que mesmo o melhor do livro é colocar-nos a pensar nessas questões. A resistência à mudança, a busca por equilíbrio e estabilidade. A luta entre realização profissional, pessoal e confronto familiar... Podem ser muitas as questões que se levantam, basta ao leitor estar receptivo a essa "conversa".

O registo inicial é bastante intenso e agarra o leitor, aliás em todo o desenrolar, a história vai alimentando bem o leitor com detalhes e enredos, alguns mais previsíveis que outros. Fica sempre uma sensação de intriga, de algo por esmiuçar. Talvez até certa parte seja intrigante o porquê de uns personagens serem brindados com nome e outros só com a sua categoria profissional. Será que, maioritariamente, somos um número, uma categoria, uma profissão!? Talvez não seja ao acaso que quando conhecemos alguém estamos rapidamente a perguntar o que faz. Ter um trabalho ou uma carreira torna-nos, logo à partida, seres mais completos e mais capazes!?
É esse o grande trauma e desespero perante o desemprego? Essa é outra conclusão que se retira a segunda parte do livro.

O mistério da peça desaparecida é uma metáfora igualmente muito interessante. Estamos sempre à espera, à procura, ansiosos por encontrar a peça final, o detalhe que trará felicidade absoluta... a peça que dará por completa a tarefa. Será?!?
Não deixa de ser uma perspectiva interessante.

Fausta Cardoso Pereira traz até ao leitor um livro introspectivo, de leitura fácil, um início intrigante e detalhado que nos faz desde logo aproximar do personagens principal, mas até nisso eu fiquei a pensar. Quem será afinal o personagem principal?

"De um momento para o outro aquela história tinha a ver comigo. Nunca me aconteceu, é certo, mas algum dia podia ser o primeiro."

*
Uma leitura com o apoio Editorial Planeta.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A terapia do amor por Mary MacCracken - "Uma criança chamada amor" :: Opinião

Hannah surge como um peso, um extra e uma novidade que iria prejudicar o equilíbrio de um mini grupo já bem oleado e treinado, para que as crianças que o integravam pudessem superar as suas limitações. Hannah era um problema ainda maior já que não tinha uma necessidade educativa específica e identificada. MacCracken rapidamente soube que a sua maior necessidade seria: amor. Amor associado a dedicação, atenção e também limites para que a criança percebesse onde se encaixar e perceber o seu papel.

O livro encontra no filme um ideia mais clara sobre sobre o tipo de necessidades especiais que podem ser de espectros de autismo ou outras similares, mas menos identificadas, mas mais ainda os problemas de comportamento e falta de desenvolvimento na infância. As dificuldades de leitura, de aprendizagem de regras básicas, capacidade de interacção e integração social... O livro não aprofunda, mas alerta para diferenças que são necessárias ter em conta para educar e amar as crianças que desenvolvem psicoses complexas e que por vezes são apenas rotuladas como "retardadas" e pelas quais o "sistema" faz pouco.

"Uma criança chamada amor" permite também olharmos a diferenças bastante pertinentes face a questões educacionais de hoje, que até nos leva a perguntar se o caminho tomado foi o mais certo!?
O livro de MacCracken é também autobiográfico, espelhando a vocação e o "dom" de uma mulher, para trabalhar com crianças catalogadas como psicóticas ou "sem solução"... acabando por transformar as vidas daqueles que com ela se cruzavam.

Agindo inicialmente por impulso e actuando de acordo com o que observava, a professora, não certificada, focava-se essencialmente nas necessidades de cada criança do que em rótulos ou teorias. A sua própria aprendizagem foi decorrendo do trabalho que fazia e só mais tarde recorreu à universidade, até mais por exigência oficial.

É importante ler este livro com a ideia que o título é o melhor resumo para a estratégia de trabalho desta mulher com os seu alunos. Será do seu entusiasmo e persistência, mais do que de teorias ou referências bibliográficas que "aprenderemos" algo com este livro. Até a forma como as crianças são
apresentadas é muito menos dramática e vitimizante que outros livros dentro do género.

Uma leitura com o apoio 20|20 Editora - Vogais


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Novidades Topseller :: "Antes que morras" de Samantha Hayes

Da autora de "Até que sejas minhas", um livro que captou a atenção de todos os membros da família Efeito dos Livros, chega a novidade Topseller para Março. Quem não está curioso por ler "Antes que morras"?
Mal posso esperar pelo regresso da Inspectora Lorraine Fisher :)

Dois anos após uma assustadora vaga de suicídios entre adolescentes, a vila remota de Radcote começa a retomar a normalidade. A inspetora Lorraine Fisher acaba de chegar para visitar a família, e o que encontra é uma atmosfera tensa e preocupante. A comunidade vê-se a braços com novas mortes misteriosas e até o seu sobrinho adolescente, Freddie, parece estar a afundar-se em pesadelos do passado. Quando Freddie desaparece, Lorraine sabe que tem de agir rapidamente… antes que seja tarde demais. 

Perverso, intenso e totalmente compulsivo, Antes Que Morras confirma Samantha Hayes como uma das grandes autoras de suspense da atualidade.


Opinião :: "Até que sejas minha"- ElsaR

"Até que sejas minha" pela visão EfeitoCris


Samantha Hayes é uma aposta

Novidades Topseller :: HOPE :) Uma nova esperança

Quem segue o Efeito dos Livros sabe que aqui a metade colorida ADOROU o livro que antecede a esta novidade. Quem leu "Hopeless - Um caso perdido" e não se rendeu à história de Holder e Hope?
Eu mal posso esperar por ler "Hope - Uma Nova Esperança", chega já no início de Março.

A Topseller pode trazer TODOS os livros desta autora, eu fico pacientemente à espera para os ler.


Sinopse
Holder é um adolescente em busca da sua melhor amiga, Hope, a quem voltou costas um dia, há treze anos. O mesmo dia em que ela foi raptada e levada para sempre. Quando uma tragédia envolve a irmã gémea de Holder, Less, a necessidade de encontrar Hope torna-se mais forte do que nunca. Holder sente-se diariamente perseguido por fortes sentimentos de culpa, e os remorsos que sente por não ter conseguido ajudar nem a sua irmã, nem Hope, são devastadores. Quando um dia, inesperadamente, se cruza com uma rapariga que se parece com Hope, Holder vai fazer tudo para se aproximar dela a fim de reencontrar a paz de que tanto necessita. Mas porque insiste Hope em dizer que se chama Sky e que não o conhece? E, por outro lado, porque sente Holder que esta rapariga, que o rejeita e se tenta afastar, precisa tanto dele quanto ele precisa dela? Uma Nova Esperança (Hope) narra pela voz de Holder um reencontro que trará memórias há muito esquecidas e que revelará verdades que poderão doer demasiado. Para alcançarem a paz e a felicidade, Holder e Hope terão de encarar a mais dolorosa e íntima das memórias. Conseguirão ambos traçar um caminho juntos após desenterrarem um passado tão difícil? E será o amor de Hope a chave para uma nova esperança na vida de Holder?

Relembro a opinião ao primeiro livro, Hopeless

Colleen Hoover é uma aposta

Novidade ASA :: Uma Chamada Do Céu

Este não é o tipo de livros que me costuma interessar. Por norma, este é o tipo de livro da categoria "livros que a nossa mãe gosta" mas algo me fez ficar interessada.
"Se receber um telefone de alguém que já morreu, vai atender?"

Sinopse
Um pouco por toda a vila de Coldwater, as pessoas começaram a receber telefonemas dos seus pais, irmãos ou amigos já falecidos. Tess foi apenas a primeira. Seguiram-se Jack Sellers, cujo filho morrera em combate; Katherine Yellin, que perdera a irmã; e muitos, muitos outros. A notícia destas mensagens de amor, esperança e fé rapidamente se espalhou. Multidões acorreram a Coldwater, ansiosas por comunicar com aqueles que amam e que já partiram.
Seria esta a derradeira prova de que há vida para além da morte?
O maior milagre da História?
Ou uma partida cruel?
Em toda a vila, apenas uma pessoa resiste a acreditar no "milagre". O ex-piloto Sully Harding sofre desesperadamente com a morte prematura da mulher. Ouvir de novo a sua voz seria como um sonho, mas sonhar é algo que ele não se permite. Principalmente agora que o filho precisa tanto da sua proteção. O pequeno Jules não voltou a largar o telefone de brincar, na esperança de receber uma chamada da mãe. Determinado a descobrir a verdade, Sully dá início à sua própria investigação. E o resultado vai surpreender tudo… e TODOS. Um romance inspirador e comovente sobre o poder da fé e a força do amor.

E vocês, ficaram interessados?
Vejam o booktrailer
Uma novidade 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Para Sempre Talvez / Deixa o amor entrar / Love, Rosie - Opinião ao filme

A sessão de domingo à noite com mais um título para a rubrica "Quando os livros se tornam filmes"


Para Sempre Talvez / Deixa o amor entrar / Love, Rosie
Três nomes diferente para a mesma história, a de Rosie e Alex.
Quando li o livro confesso que foi o equivalente a um furacão que me arremessou pela casa na tarde em que me sentei no sofá e o li de seguida. Entre gargalhadas, sorrisos, lágrimas e música, vivi a amizade destes dois ao longo das 300 e tal páginas que compõem o livro. Gosto quando uma história me lembra outra, seja de um livro que li, seja porque alguém ma contou ou porque eu a vivi.
"Para Sempre, Talvez" tem um pouco destas três opções e uma das coisas que penso quando me deparo com a adaptação de um livro ao cinema é "Será que eles vão conseguir passar todos os sentimentos que o livro provoca para o grande ecrã"?
Pois, "Deixa o amor entrar" têm todos os sentimentos que surgiram com a leitura bem presentes na tela, bem encaixotadinhos ao longo de 102 minutos de filme e 30 anos de uma amizade imutável e um amor desencontrado.
Um filme levezinho, se a história não te tocar, mas acima de tudo uma fonte interminável de gargalhadas e sorrisos. Um lembrete que não nos devemos contentar e nem deixar por dizer o que nos vai cá dentro.


PS: aquele nokia 3310 da rosie, o quanto me ri quando aquilo apareceu em cena ! :)

Relembro a minha opinião ao livro de Cecelia Ahern :) 

Uma sugestão...
Quem gostou deste, de certo gostará de Um dia /One Day (adaptação do livro com o mesmo título da autoria de David Nicholls)

Comecei a ler...

Uma leitura que nos faz colocar as coisas em perspectiva e deixar de olhar só para o nosso umbigo.
"A Cada Dia" é uma novidade Topseller.

Sinopse
A cada dia um novo corpo. A cada dia uma nova vida. A cada dia o mesmo amor pela mesma rapariga.

A cada dia, A acorda no corpo de uma pessoa diferente. Nunca sabe quem será nem onde estará. A já se conformou com a sua sorte e criou regras para a sua vida:

Nunca se apegar muito. Evitar ser notado. Não interferir.

Tudo corre bem até que A acorda no corpo de Justin e conhece Rhiannon, a namorada de Justin. A partir desse momento, as regras de vida de A não mais se aplicam. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer estar a cada dia, todos os dias.


sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

"As Cinquenta Sombras de Grey" - Opinião Filme

De best-seller a blockbuster.


É exactamente isso que é a adaptação de “As Cinquenta Sombras de Grey” e não poderia ser diferente.
Foi melhor do que pensei inicialmente mas talvez fossem as expectativas baixas que levei ao cinema.  Deu para esticar as pernas no cinemama, mandar abaixo um pacote de pipocas e ainda rir um pouco. Polémicas à parte, e eu sei que toda a gente tem uma palavra a dizer sobre isto, nem que seja uma má mas a história é o que é, um romance com contornos que habitualmente não figuram nos filmes na televisão de domingo à tarde. Se é bom ou mau? Cada um irá decidir por si! Se vale a pena o valor do bilhete…isso é entre vocês e a vossa carteira!
Eu gostei bem mais da prestação dela do que da dele, honestamente a moça até tornou a personagem bem mais interessante no filme do que ela é no livro.
Quanto à continuação, espero confortavelmente pelo segundo. Já li os livros, que mal me fará ver os filmes?
Ou como disse a minha amiga “então, gostaste das Cinquenta Nódoas Negras de Grey?” pois...gosto mais da minha imaginação (que, sem dúvida, não inclui aquela sala!)

Fiquei com vontade de conduzir um Audi R8 :) sem Grey! 
E a banda sonora, em certos e determinados momentos, é o que torna a coisa melhor. Adoro aquela música “Earnet It” :) 


Até lá....vejam mais filmes, sejam eles bons ou maus :D

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Novidades Marcador :: A Vida Secreta de E. L James

Quem é a responsável pelo mega sucesso As Cinquenta Sombras de Grey?
A resposta todos nós sabemos, E. L. James.
Mas o que sabemos sobre a pessoa que criou uma história que vendeu milhões de livros e que agora nos chega ao cinema esgotando salas ainda antes da estreia. O que sabemos sobre Erica L. James?

Descubra, passo a passo, o processo através do qual uma britânica de meia-idade e mãe de dois filhos criou uma série de romances eróticos que se tornou a maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicada.
A trilogia de E. L. James As Cinquenta Sombras é um bestseller internacional que já vendeu mais cópias do que Harry Potter.
Marc Shapiro revela a inspiração e os segredos por trás deste fenómeno da escrita através de entrevistas exclusivas com os seus editores e fãs iniciais.

Uma novidade 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Livros viajantes


Um documentário que apela à importância, mas também à simplicidade, do acto de levar, aqui e ali, livros, variados livros. Fazer chegar estes livros a recantos do nosso país, levando assim a possibilidade de qualquer leitor ter acesso a estas Bibliotecas Itinerantes.




VEJAM O DOCUMENTÁRIO 
e
deixem a vossa opinião, também deixaremos a nossa.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Ser feliz é fácil - Resultado do Passatempo


Com o apoio da ARENA - Grupo Objectiva tivemos a oportunidade de oferecer três exemplares deste título.
Conforme apurámos no Facebook, os vencedores são:
- Teresa Carvalho;
- Cristina Lima;
- Marlene Ferreira

Obrigada a todos os que participaram, foram mais de 130 frases a apelar à felicidade e como ser feliz.

*

Marlene Ferreira: felicidade é dar ao próximo!

Cristina Lima: A Felicidade não está na meta, mas sim no percurso que fazemos para lá chegar.

Teresa Carvalho: A felicidade por inteiro não existe mas... existem momentos felizes que esses sim temos de viver e aproveitar ao máximo! Bora lá agarrar todos esses momentos!


Aquisições à biblioteca

Eu não posso ir a lado nenhum, eu não posso comprar mais livos....
isso é o que não consigo fazer, dar ouvidos à vozinha que me diz isso!
Foram só 7!
:)
Já leram algum?



Opinião :: "Vou amar-te para sempre" de Monica Murphy

Depois daquele fim de coração apertado em “Uma semana para te amar”, chega-nos o segundo livro da história de Drew e Fable. O resultado não podia ser melhor, uma extenuante montanha russa de emoções.

“Podemos fechar os olhos ao que não queremos ver, mas é impossível fechar o coração ao que não queremos sentir”
By Johnny Depp

Voltamos à história destes dois meses depois daquela semana que mudou para sempre a vida de Drew e Fable, aquela em que se conheceram, em que se aproximaram, em que partilharam segredos e se tornaram “Drew e Fable”. 
Um lado lida com a perda enquanto o outro lado se isola, incapaz de suportar a ideia que não é digno o suficiente para amar e ser amado.
Estes dois são uma confusão mas são duas peças de um grande puzzle. Podem ter algumas extremidades danificadas, especialmente no lado que toca à família e ao passado mas no ponto em que se tocam podemos dizer que encaixam na perfeição, só precisam de alinhar tudo para que as peças fiquem fixas.
Sabemos através do primeiro livro que ambos trazem muita bagagem mas juntos possuem uma capacidade tremenda de se ajudar um ao outro, de fazer os possíveis para amenizar o sofrimento que teima em surgir e em fazer com que tudo seja possível de ser ultrapassado.
Se conseguirem resolver o seu problema, conseguem revolver tudo, diz Fable. Se conseguirem sobreviver ao seu passado, conseguem sobreviver a tudo, diz Drew.
Mas no fundo, será que conseguem faze-lo sem recair nos seus métodos antigos, sem usar os mecanismos de defesa a que estão tão habituados, sem se isolarem?
Será que as pessoas que os magoaram e os perseguem, os vão deixar ser felizes e construir uma vida juntos?
Tudo vai dar luta mas pelo amor que partilham, vale a pena tentar.

O desenlace da história de Fable e Drew tem altos e baixos, quer na sua relação, quer no quanto a sua vida familiar (o que resta dela) os influencia. Ao ler os capitulos cruzados, ora na voz dele ora na dela, ficamos presos à sua narrativa do momento e aos seus pensamentos e medos mais secretos.
Adorei cada momento, até tenho pena de não ter lido esta história mais cedo. É tão boa que se torna pequena.
De todos os momentos em que sorri, em que senti um aperto no estomago e em que dobrei cantos de páginas, só tive vontade de mandar o livro pela janela uma única vez, quando passei a página e quem abre o capítulo é a cabra, perdão, bruxa. Leiam e vão perceber! :)

"Vou amar-te para sempre" é daqueles livros que nos deixa na ponta da cadeira em determinados momentos, quer pelas coisas boas, quer pelas más que acontecem. Sim, porque as há e muitas, quer na vida de Drew, quer na de Fable ou na que ambos ainda agora começaram a criar.
É interessante como esta história demonstra que ninguém é perfeito, que é na imperfeição que encontramos as razões que nos aproximam das pessoas e nos fazem amar alguém. Viver com alguém perfeito deve ser fácil mas que graça terá? Aprender a amar conhecendo os defeitos é o desafio que temos de superar tudo para sermos felizes.

Ao contrário do outro livro, este acaba com um sorriso nos lábios. Sei que a história continua, ainda ontem vi no goodreads que existem pelo menos mais dois, mas se acabassem aqui era perfeito. Sim, ninguém aqui acredita nos "finais felizes", tanto eu como as personagens preferimos acreditar em "meios felizes". Hey, não é meio pela metade, mas meio caminho andado com um sorriso nos lábios e um futuro repleto de felicidade.
Os comentários da autora nos agradecimentos resumem muito bem esta história:
" Ela compreende-o. Ele compreende-a. Juntos podem viver numa verdadeira confusão, mas por vezes é na confusão que se encontra algo incrível. E eu acredito que é isso que lhes aconteceu"
E eu também!

Fico sentadinha à espera que a Topseller traga para Portugal o terceiro livro da série, Three Broken Promises.

Relembro a opinião ao primeiro livro

Até lá, Monica Murphy continua a ser uma muito boa aposta da 

Novidades Topseller :: PRIVATE

Depois de PRIVATE - Agência de Investigação Internacional e PRIVATE - Principal Suspeito, chega a Portugal o terceiro livro da série de Jack Morgan pela mão da Topseller.
Este James Patterson nunca para.

Sinopse
Quatro homens são misteriosamente assassinados numa praia de Malibu, junto a um bairro de multimilionários. Jack Morgan, líder da Private, a conceituada agência internacional de investigação criada para proteger os mais poderosos, chega ao local do crime com o objetivo de ilibar um dos seus clientes e descobrir o verdadeiro assassino.
Mas eis que, a meio da investigação, Jack recebe um telefonema inesperado: Thom e Jennifer Harlow, o casal mais famoso de Hollywood, desapareceram sem deixar rasto, juntamente com os seus três filhos. Por entre revelações incríveis e descobertas chocantes, é missão da Private encontrar a família desaparecida, antes que a notícia chegue aos media e aterrorize o público.
Com dois casos tenebrosos para resolver, perseguições, assassínios, explosões mortíferas e alta velocidade, Jack, Justine e os restantes elementos da Private não terão mãos a medir para provar, mais uma vez, que são os melhores, os mais rápidos e os mais inteligentes.
Um thriller imparável de ritmo alucinante, com as reviravoltas inesperadas a que James Patterson já nos habituou.

Uma novidade

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Opinião :: "Uma semana para te amar" de Monica Murphy

1 semana, 2 pessoas, 3 mil dólares e um milhão de razões que me fazem adorar “Uma semana para te amar”.
Uma história que se passa em pouco mais de uma semana (e 208 páginas) foi consumida, por mim, em algumas horas. De cada vez que parava para retomar a minha vida diária, em momentos banais como trocar de transporte público ou chegar ao fim da hora de almoço/leitura, dava por mim a  não querer deixá-los sozinhos, a desejar chegar ao fim de mais um capítulo.

" O que está atrás de nós e o que está à nossa frente são questões ínfimas, comparadas com o que está dentro de nós"
by Ralph Waldo Emerson

Conhecemos Drew, o menino bonito da equipa de futebol da faculdade no momento em que toma a intempestiva decisão de “contratar” alguém que se faça passar por namorada dele na seu regresso a casa para o dia de Acção de Graças. Para quê perguntam vocês? Para que ninguém o chatear ? Para chocar a família ? Para não pensarem que Drew “joga para a outra equipa”?
Sabe-se lá!
Por esse motivo e graças á reputação colorida de Fable, empregada de bar e principal sustento de um lar com um lar com mãe alcóolica e irmão adolescente, Drew vê nela a pessoa ideal para levar a casa nessa semana.
A proposta, por mais que escandalize Fabel de início, é tentadora. Ela precisa do dinheiro e ele da companhia e nenhum quer problemas, principalmente amorosos. Tudo parece muito mecânico e comercial, até ao momento em que juntos se dirigem para a casa da família de Drew.
Imaginem o Pretty Woman, numa versão dos 20 anos, com uma Vivian que não trabalha na vida e um gajo rico com muitos mais problemas emocionais que o Edward. Imaginaram? Então devem estar perto.

Uma semana na mega casa da família Callahan testa a capacidade de sobreviver às provocações familiares e à forte possibilidade de ambos começarem a olhar um para o outro de maneira diferente.
E se olham!
No entanto, Fable e a sua falsa reputação em nada contribuem para a sua auto-estima, na mesma medida que Drew se tem mantido afastado das mulheres que quiseram entrar na sua vida. São dois poços de inseguranças e problemas mas que, uma vez confrontados com a realidade da família de Drew, desenvolvem uma capacidade de cooperação e entreajuda brilhante. E assim nasce algo mais, um continente inteiro de desejo, compreensão e a caminhar a passos largos para o amor. Nasce a Gronelândia de Drew e Fable!

E raios, mesmo sabendo o que nos espera (eu só fui apanhada na curva num detalhe!), a história de Fable e Drew tem momentos avassaladores, quer os de potencial romantico, quer os outros, os que nos fazem arrepiar.
Andei a leitura toda a tentar lembrar-me que outra história que li recentemente que tinha um detalhe que me fazia lembrar esta. Lembrava-me que me tinha agarrado de igual forma à leitura. Bem, para ser sincera, essa amarrou-me por completo e só quando estava a escrever esta crítica é que me lembrei do título que me estava debaixo da língua “Hopeless - Um caso Perdido”. A Topseller anda a sacar as cartas certas :) Mas é apenas um detalhes, Hopeless é uma coisa completamente à parte de tão espectacular que é!

E agora, em honra do filme mencionado anteriormente, ao qual os próprios personagens se comparam a certa altura, deixo ficar uma das músicas que mais gosto e que se insere bem no final do livro

A Opinião a "Vou amar-te para sempre" será lançada amanhã. 
Até lá, boas leituras!
Monica Murphy fica decididademente na minha wishlist :D 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Comecei a ler...

"Sedução nas Terras Altas" é um belíssimo 3 em 1.
Três histórias num único livro, todas interligadas.
:)
Comecei esta manhã e já vou a meio

As heroínas destas três histórias são apaixonadas e irresistíveis para os seus homens.


Seduzir Ian
Raptada pelo perturbante highland Ian McCray e mantida como prisioneira, Lady Leanna Arlington sente-se aterrorizada, mas o seu captor ajudou-a a fugir de um casamento indesejado. Agora, está nas suas mãos convencer o viril escocês a ficar com ela…

Seduzir Robbie
Julia Cameron está em fuga e procura um protector. O infame Robbie McCray está desesperado para substituir os navios confiscados pelo inimigo inglês. Tudo o que tem a fazer é elaborar um acordo mutuamente satisfatório e pecaminosamente mau…

Seduzir Adain
Quando se depara com uma bela mulher a ser atacada, Adain Cameron espanca e defende a dama. Com os bandidos ele lida com a pistola e espada, mas a linda Lady Gillian Lorin pode exigir um conjunto de armas diferentes…

Emma Wildes é uma aposta de sucesso da 

Opinião :: Sniper Americano - Livro

“Ao contrário do que a tua mãe te disse - respondeu Ryan - a violência resolve, de facto, os problemas”
Começo a minha opinião com a esta frase, da autoria de Ryan Job, colega e amigo de Chris, porque acho que resume uma grande parte do que ficamos a conhecer sobre o(s) SEAL(s) neste livro.
E já que vamos falar sobre o livro, acho que acima de tudo temos de esquecer um pouco o filme. Se não o viram, olha melhor, leiam primeiro o livro e depois vejam o filme.


O relato de Clint Eastwood glorifa, e muito bem, Chris Kyle e os seus colegas. Mostra que na Guerra é matar ou ser morto e o quanto a vida militar afecta os soldados e as suas famílias. Já o livro, além de ser bem mais extenso e detalhado, mostra-nos que Kyle ou qualquer uma das pessoas retratadas no não são perfeitas, não conseguiram fazer sempre tudo bem mas que tinham crenças que seguiram e pelas quais lutaram, fazendo sempre os possíveis por serem muito bons no seu trabalho e no que se referia a proteger os seus colegas e camaradas.
Gosto especialmente de o livro não se poupar a críticas. Chris menciona logo nas primeiras páginas que o conteúdo do livro foi revisto pela entidade competente dentro dos SEAL para verificar a existência de detalhes confidenciais mas nem por isso deixa de atacar superiores preguiçosos, incompetentes e que “batalhavam” pela palmadinhas no ombro, as medalhas bonitinhas e por manter o seu cú fora do perigo enquanto os outros enfrentavam todos os perigos inimagináveis que Chris nos descreve em certos momentos do livro.

Para começar, Chris fala de ter crescido no Texas, ter começado a caçar jovem, ter trabalhado num rancho para mais tarde se alistar nos SEAL. Ao longo da leitura, dei comigo a balançar entre opiniões “este gajo é um herói que cumpriu o seu dever e salvou muitas vidas no terreno” e o outro oposto que me diz que “este gajo é um psicopata, que se sentia melhor na guerra a matar gajos do que ao  pé da família”. Convenhamos, ele refere por diversas vezes o quanto é divertido disparar, apanhar primeiro quem desejava fazer mal aos seus colegas e compatriotas. Se tinham uma arma na mão e encaixavam no perfil estabelecido como ameaça, Chris deixava-os no chão, confesso que muitas vezes com um certo gozo, quer fosse por sentido de dever cumprido, por mecanismo de defesa do horror da guerra ou simplesmente porque uma parte dele era atrofiada o suficiente para gostar mesmo de matar pessoas.
Mas na realidade, não é para isso que ele treinou? Não é exactamente esse o seu papel? Eliminar ameaças e manter os colegas, quer seja SEAL ou outra força no terreno, a salvo?
Então, sejam 160 mortos ou 1600, quem o pode condenar? Ninguém, porque ninguém estava lá, só aqueles que lutaram lado a lado com ele podem saber o que é lá estar.

A certa altura Chris diz algo que faz com que todo o livro faça sentido. Os SEALs são treinados para matar, é-lhes incutida a crença de que são os melhores naquilo que fazem, o que é uma mistura explosiva e que os torna “invencíveis”, pelo menos aos seus olhos. Talvez por isso, e por outros detalhes que Chris menciona, este se tenha sentido impelido e obrigado pelo dever e honra de fazer quatro comissões, porque desistir nunca foi um conceito que encarasse com facilidade.

No fim, posso dizer que por mais que tenha gostado de ver o filme, tenho toda a convicção em afirmar que me deu mais gozo ler o livro, mesmo quando me deparava com informação detalhada sobre equipamento ou calibre de armas. Ler a sua história contada pelo próprio tem outro sabor, Chris Kyle tinha uma maneira muito própria de escrever e explicar as coisas e acho que levo boas “lições” deste livro. Lições sobre lealdade, sobre manternos fieis ao que somos por nós e pelo nossos. Gostei igualmente dos apontamentos da mulher em determinados momentos, especialmente sobre a sua ligação como casal e o quanto as comissões os afectaram.

Levo igualmente uma frase que fez muito sentido no dia em que a li, quer na minha vida pessoal quer na profissional. 
“Se formos profissionais, não precisamos que nos digam o que temos de fazer. Lemo-lo na cara uns dos outros e reagimos”

Sniper Americano, o filme, tem sido um êxito de bilheteira e é um forte candidato aos Oscars. Relembro a nossa opinião, dos três elementos do Efeito dos Livros.
No entanto, por mais que vos possa dizer, vão ver o filme, digo igualmente, vejam este vídeo com o Chris Kyle, o próprio.


Se tiverem mais algum conteúdo interessante que queiram partilhar sobre o livro ou o filme, deixem nos comentários. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

"Viagem ao coração dos pássaros" - Opinião


"Viagem ao coração dos pássaros" é o regresso ao universo transcendente recriado por Possidónio Cachapa. O livro não é recente, remonta sim a 1999, data da inicial publicação, sendo posterior a "Materna Doçura" que foi o romance por onde conheci o autor.

A forma, quase frágil, com que descreve a realidade dá-lhe uma aura meio irreal, meio mágica, mas cativante. Há um lado rude, mas natural do ambiente telúrico aqui descrito que balanceia e compõe o quadro onírico que o autor quer dar ao leitor. Nas suas palavras existe mesmo uma viagem. A que coração fica ao critério de cada leitor... penso eu!
Naquilo em que acreditamos e para o que estamos abertos, ditará muito o quanto podemos entender e aceitar a estória aqui narrada por Cachapa.

Haverá um certo culto por um universo mais mágico, acreditando em algo superior, nem que seja no poder da mente em nos levar a locais para além daqueles em que podemos estar. Talvez essa seja a melhor viagem.

Em "Viagem ao coração dos pássaros", existe uma viagem ao interior, ao rural, ao isolamento, ao temer aquilo que é diferente ou simplesmente pouco aceite e renegado. A ligação à terra traz alguns credos mais pagãos, que por norma o povo toma como existentes, mas nem sempre aceita de bom grado. Esse isolamento e desapego da comunidade por Evangelina e Maria Joaquina (Kika) são o mote para que o enredo cruze as fronteiras da realidade e possa ter contornes menos comuns.


Questiona-se o amor, o pecado, a vida e a morte e claro, o destino.
Os Açores são o pano de fundo, a pronúncia marca várias passagens e tem vislumbres de romance em tons nórdicos, de paisagens belas mas ásperas que mexem com os sentimentos e as ideias dos habitantes.
Fica ódio por quem parte e uma revolta por quem insiste em permanecer. Resta ainda o pesado silêncio que sobra e que marca bem a ausência.

Não se pense que apesar de isoladas Kika e a mãe estão totalmente sozinhas, não, Felipe, Loduvina, o Anjo, o Fura-Mundos e até o Homem Bala e a sua Trapezista compõem este desfile de personagens que dando apenas aquilo que possuem tentam acalmar e amparar a dor alheia.

E o Escritor? Como lá foi parar o escritor? ... aquele que sabe que o dia "(...) o dia é do domínio das coisas cruas e das arestas cortadas."

"Por maior que seja a insistência, de nada disto se falará aqui, porque foram acontecimentos menores, passados numa freguesia pequena, onde uma mulher, que carrega um Dom, viveu rodeada de seres passados (...) Que nos interessa que um escritor tenha um dia ousado falar disto e se tenha aproximado como um insecto nocturno (...). Por baixo das pedras talhadas existe areia, que veio de um ribeiro que já não corre, e por baixo dessa areia encontra-se terra. Uma terra escura e sufocada pelo peso das coisas que carrega, mas, ainda assim, terra. E por baixo de si, magma. E do magma não se passa, porque, ou se caminha para uma coisa transcendente, ou se morre tornado chamas (...)"


Uma edição MARCADOR, numa colecção Livros RTP.