Apesar de já ter lido o livro já há algum tempo, a dúvida que ainda persiste é se falamos de amor, apego, materialismo, esquecimento, morte, fé ou simplesmente de fantasia, ou então de acreditarmos que toda esta história é um misto de pequenas coisas que não queremos perder, mesmo as fantasiadas ou sonhadas.
O quanto é insignificante perder uma meia e quem sabe ter de sair para rua com uma meia de cada par? Importante? Superficial? E se andarem sempre a perder coisas!? Continua a ser insignificante? E se perderem coisas maiores? Imagine perder-se a si e não se encontrar mais, ou talvez quem sabe, perder um lugar e não ser capaz de o achar mais? Vamos achar que está louca, certo? Como pode alguém perder um lugar!? Ou ainda mais estranho perder-se a si mesmo!!! Talvez não seja no perder e no esquecer-se, mas em não se reconhecer mais ou nem sequer saber onde está e ainda mais além. É a incessante busca e ânsia de chegar, ver, conhecer, saber simplesmente onde se está, o que se procura e para onde se vai.
Num mundo repleto de incertezas por onde devemos nós procurar? Devemos sequer procurar? Devemos sequer ter ânsia de mais, por novo ou diferente? Ou será que a procura não é mais do que o encontro com aquilo que nos define, que nos movimenta e molda e nos faz quem nós somos?
Recomendo vivamente!
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