Por vezes um poema só é mais que um livro!
Abrigo?
Sentei-me devagar na mão que me estendiam
Era espalmada, branca não demais, e tinha rios escuros, mansos, desfiados
um tanto apoquentados, sim, ou aturdidos de ali desaguarem
sem aviso
na palma ensoleirada
tão pouco protegida
Não estou a magoar? Não estava.
Um sorriso bom, gigante deu fé
do meu abrigo.
Podia então ficar? E descansei.
Macia que era a mão, almofadada,
não tinha, no entanto, a meu ver
a consciência desajeitada. Ampla era,
de genero espaço, mas talvez demasiadp
frouxa, com covas muito côncovas
maleáveis ao corpo, o meu,
que queria a cpmplacência pois,
mas não tão dada.
Adivinhando provavelmente o desconsolo
e mau conforme ao meu estado
a mão esticou-se, espalmou-se de repente,
lisa e oleada.
Sobressaltei-me e escorreguei.
Por pouco não caia da mão ao chão
se outra mão não detivesse o perigo,
não me amparasse.
Levantei-me. Sentia-me desfrutado.
De pé, na plataforma que fora mão
e cama de colchão mal acamado
defrontei o patrão da mão:
Então? Assim ou assado?
Como se sentisse e a inquietasse o pulsar da minha comossão
a mão sofreou-se, resguardou-se
e numa corpulenta onda de caprichos,
quase se fechou sobre a carga
desamparada do meu corpo
que resvalou e se abateu
pelo desfiladeiro de montes vivos
até se afazer à gruta ou concha humedecida,
duvidoso abrigo, subterrêneo e céu,
Estaria protegido?
Protegido de quê,
se a protecção era ela própria
o perigo.
A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
"Abrigo?", de António Torrado
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
«Justine», Sade - Opinião
Penetrando nas perversas vidas intimas de Justine e Juliete, esta obra erótica de Marquês de Sade, muito mais rebuscada e dissimulada que a maioria das leituras eróticas que tenho feito, leva-nos a viajar nos meandros seculares das orgias, das provações, das torturas e das vidas sexuais da alta burguesia e do clero.
O livro descreve com detalhes floreados e sombrios os prazeres proibídos e jocosos vividos na escuridão e na frieza de um castelo misterioso e longínquo.
Às mãos de tais comportamentos desvirtuosos, pois os maiores abusadores eram os clericais "Não me abandonaram, em quaisquer circunstâncias da minha vida, os sentimentos de religiosidade", estavam diversas mulheres que eram castigadas em orgias rebuscadas.
O livro descreve com detalhes floreados e sombrios os prazeres proibídos e jocosos vividos na escuridão e na frieza de um castelo misterioso e longínquo.
Às mãos de tais comportamentos desvirtuosos, pois os maiores abusadores eram os clericais "Não me abandonaram, em quaisquer circunstâncias da minha vida, os sentimentos de religiosidade", estavam diversas mulheres que eram castigadas em orgias rebuscadas.
Máquinas de Ler Livros
Chamem-me antiga, torta, teimosa, info excluída... mas eu espero que esta época esteja mesmo longe muito longe...
Desculpem os ecologistas, mas as árvores podem continuar a dar-nos livros, pois eu adoro lê-los, tê-los, mexer-lhes...
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010
é por isso que eu gosto de ler em silêncio
Cada gota de silêncio é a chance para que um fruto venha a amadurecer.
Paulo Valéry
Deus viaja sempre incógnito
"Finalmente terminei"! Não porque o livro me estivesse a cansar, nada disso antes pelo contrário, mas digo "finalmente" porque demorei muito tempo a lê-lo, o que normalmente não acontece. No entanto, com este livro era impossível acontecer o contrário. Este livro fez-me pensar, pensar bastante, em vez de lê-lo fui-me perdendo nos meus pensamento... e olhem que quando eu me perco a pensar, perco-me mesmo! Aliás costumam dizer-me que penso demais ;\
Este romance é sem dúvida um livro de auto-ajuda disfarçado, camuflado nas histórias de amor superficiais, um livro que nos quer ensinar, de uma forma indirecta a olharmos a nós mesmos, aos nossos medos, às nossas inseguranças, mostrando que o caminho se faz muito mais curto, prazeroso e até menos penoso se adoptarmos algumas estratégias.
Em parte alguma se diz que é fácil!
Este livro fez-me mesmo pensar, dobrei muitos cantos de muitas páginas, reli por vezes mais de duas ou três vezes a mesma frase e tentei repetir a ideia para mim, fixá-la... pois bem precisava de fixar alguma delas. Confesso!
O incógnito na nossa vida pode ser Deus, por ser uma decisão, pode ser o companheirismo da pessoa que amamos, pode ser um sentimento, uma emoção... só precisamos é de o descobrir, sentir, presenciar e deixar de vê-lo como incógnito. Este é um livro que nos mostra que o caminho é para a frente, mesmo que por vezes se façam algumas curvas e o caminho demore mais a percorrer. É importante não regredir, não perder a força, devemos sempre levantar a cabeça e orgulharmo-nos de nós, reconhecer as nossas capacidades, mesmo que muitas vezes estejam escondidas.
Desde que comecei este blog, sem dúvida foi um dos livros que mais significado teve para mim nestes tempos de dúvidas, inseguranças e muitos pensamentos... é assim, sou eu mesma, mas tento ser feliz, o difícil é que quero ser sempre, todos os dias;) Mas afinal quem é que não quer?
Este romance é sem dúvida um livro de auto-ajuda disfarçado, camuflado nas histórias de amor superficiais, um livro que nos quer ensinar, de uma forma indirecta a olharmos a nós mesmos, aos nossos medos, às nossas inseguranças, mostrando que o caminho se faz muito mais curto, prazeroso e até menos penoso se adoptarmos algumas estratégias.
Em parte alguma se diz que é fácil!
Este livro fez-me mesmo pensar, dobrei muitos cantos de muitas páginas, reli por vezes mais de duas ou três vezes a mesma frase e tentei repetir a ideia para mim, fixá-la... pois bem precisava de fixar alguma delas. Confesso!
O incógnito na nossa vida pode ser Deus, por ser uma decisão, pode ser o companheirismo da pessoa que amamos, pode ser um sentimento, uma emoção... só precisamos é de o descobrir, sentir, presenciar e deixar de vê-lo como incógnito. Este é um livro que nos mostra que o caminho é para a frente, mesmo que por vezes se façam algumas curvas e o caminho demore mais a percorrer. É importante não regredir, não perder a força, devemos sempre levantar a cabeça e orgulharmo-nos de nós, reconhecer as nossas capacidades, mesmo que muitas vezes estejam escondidas.
Desde que comecei este blog, sem dúvida foi um dos livros que mais significado teve para mim nestes tempos de dúvidas, inseguranças e muitos pensamentos... é assim, sou eu mesma, mas tento ser feliz, o difícil é que quero ser sempre, todos os dias;) Mas afinal quem é que não quer?
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Sinais de fogo
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Afinal há livros que viram filmes
Assim como tinha falado no post sobre "Um dia" de David Nicholls, este filme vai ser mesmo transformado em filme e já estão a decorrer as filmagens.
como Dexter e Emma
:) vamos aguardar visto que só sai para o ano.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O sono e a Leitura
Ler, normalmente não me dá sono, mas se o local a tal convidar é sempre difícil resistir, por isso esta semana é definitiva... vou fazer um cantinho para leitura... desta vez a sério...
Algumas inspirações:
Algumas inspirações:
Há dias assim...
Há dias assim...
em que a gente enfia a cabeça num livro e simplesmente lê, lê sem parar!
Depois há os outros dias...
em que a gente só consegue enfiar a cabeça na almofada e o livro adormece sem ser tocado, lido, folheado...
em que a gente enfia a cabeça num livro e simplesmente lê, lê sem parar!
Depois há os outros dias...
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Opinião - "9 Plantas do Desejo" de Margot Berwin
Sinopse
Pouco depois do divórcio, a publicitária Lila Nova compra a sua primeira planta.
Trata-se de uma exuberante estrelícia e o vendedor é David Exley, um agrossexual rude, que promete fazê-la ver estrelas. Lila fica imediatamente obcecada - pelas plantas e pelo homem que as vende - mas, quando David a inicia no mito das nove plantas do desejo e depois de ela conhecer um homem chamado Armand que diz possuí-las todas, a sua obsessão alcança dimensões inesperadas.
Porque, segundo a lenda, se ela encontrar todas as plantas, verá cada um dos seus desejos mais profundos realizado.
Mas Lila confia em quem não deve e, em breve, ver-se-á envolvida numa aventura inesperada: no coração do Iucatão, sozinha, com uma mochila carregada de guias turísticos e um champô demasiado caro, acabará por desvendar os mistérios da selva - e da sua própria vida.
Trata-se de uma exuberante estrelícia e o vendedor é David Exley, um agrossexual rude, que promete fazê-la ver estrelas. Lila fica imediatamente obcecada - pelas plantas e pelo homem que as vende - mas, quando David a inicia no mito das nove plantas do desejo e depois de ela conhecer um homem chamado Armand que diz possuí-las todas, a sua obsessão alcança dimensões inesperadas.
Porque, segundo a lenda, se ela encontrar todas as plantas, verá cada um dos seus desejos mais profundos realizado.
Mas Lila confia em quem não deve e, em breve, ver-se-á envolvida numa aventura inesperada: no coração do Iucatão, sozinha, com uma mochila carregada de guias turísticos e um champô demasiado caro, acabará por desvendar os mistérios da selva - e da sua própria vida.
Com uma breve pesquisa passo a explicar o que fique a entender ser um agrosexual.
O Urbandicionary diz:
- a male who has farmed or currently farms and displays strong metrosexual tendencies
Tinha de começar por aqui visto que toda a gente, incluindo eu, franzimos o nariz quando nos deparamos com esta expressão. Já tínhamos ouvido falar dos metrosexuais, esta é a versão mais "do campo".
Confesso que não sou grande apreciadora de plantas, de facto, elas morrem com facilidade à minha volta. O facto de me esquecer delas não abona muito à sua existência.
Curiosamente este livro agradou-me imenso, especialmente pelas curiosidades interessantes sobre as plantas, as 9 plantas dos desejos e as outras que vão aparecendo ao longo da história.
Voltamos a uma mulher divorciada, assim como Elizabeth Gilbert em "Comer, Orar, Amar" e começo a achar que este é um mercado a florescer.
Se habitualmente as mulheres compram livros por se identificarem com a personagem, com tema ou história temos, neste livro, meio caminho andado para um bestseller.
Mulher divorciada, corajosa e decidida parte numa aventura pela selva Mexicana. Bem, em tempos mais desanimadores como os dias de hoje, nada como ouvir falar do sucesso de alguém como nós para nos motivar a andar para a frente.
Parabéns Margot Berwin, Elizabeth Girlbert e muitas mais, toca a florescer o mercado de livros PushUP das mulheres de todo o mundo.
Este livro é uma viagem pelo mundo das plantas, dos homens, da mente feminina e das suas grandes falhas em se compreender a si mesma.
Este livro é uma viagem pelo mundo das plantas, dos homens, da mente feminina e das suas grandes falhas em se compreender a si mesma.
PS: a capa tem uma textura espectacular. Bela tirada Senhores da Porto Editora
Ah e o filme está a ser "feito"....staring Julia Roberts :D novidades novidades!!!
Ah e o filme está a ser "feito"....staring Julia Roberts :D novidades novidades!!!
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"Highlander - Amante Imortal" de Karen Marie Moning
ATENÇÃO: Macho alfa letalmente sedutor, de uma força imensa e sombrio erotismo. Não olhar. Não tocar. Não se deixe tentar. Não se deixe seduzir…
Sinopse:
Com os seus longos cabelos negros e olhos escuros magnetizantes, Adam Black significa Sarilhos com S maiúsculo. Imortal, arrogante e intensamente sensual, ele vive através dos tempos e dos continentes em perseguição dos seus apetites insaciáveis. Até ao dia em que uma maldição o destitui da sua imortalidade e o torna invisível - cruel destino para homem tão irresistível. Agora a única esperança de sobrevivência para Adam está nas mãos da única mulher que o pode realmente ver.
Para Gabrielle, uma estudante de Direito amaldiçoada com a capacidade de ver ambos os mundos, é o início de uma longa e perigosa sedução. Quando a demanda de Adam para recuperar a sua imortalidade os faz mergulhar num mundo de magia intemporal, o preço da rendição bem pode ser a própria vida. Tudo por um destino que poucos mortais jamais conhecem: um glorioso, assombroso, infindável amor…
A minha opinião
Prazeroso, devo dizer que sim.
A meio do livro cheguei a achar que o calor que sentia (embora estivesse na praia) não se devia só ao sol.
Imaginar a personagem principal, Adam Black é um exercício que permitia clonar umas mão cheia de homens bons e junta-lo num só.
Inicialmente, todo o conceito Fada soava-me um pouco ridículo. Vá a minha mente de abstrair da Sininho e imaginar um homem de 1,90m, musculado e interessante.
Gostei imenso do livro, tive pena de não ler os anteriores visto que fala de uma zona que me agrada muito, as Highlands. Já não é o primeiro livro que leio que aborda o tema, embora o género seja todo o mesmo....fantástico, fantástico erótico ou o que é que se chama ao tipo de livros que gosto de ler e que me entretêm e muito.
Acho que é fiel ao seu género e para quem gosta, como eu, de certeza que vai adorar Adam Black :D
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quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Opinião - "Um dia" de David Nicholls
"A totally brilliant book. Every reader will fall in love with it"
Tony Parsons
SINOPSE
Podemos viver toda uma vida sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente.
15 Julho de 1988
Emma e Dexter conhecem-se na noite em que acabam o curso. No dia seguinte terão de seguir caminhos diferentes.
Onde estarão daqui a um ano? e no ano depois desse? E em todos os anos que se seguirão?
:)
Opinião
A ideia geral da história foi a razão principal da minha compra.
Sabia que este livro me ia tocar, fazer soltar uma lágrima e sorrir compulsivamente nos detalhes cúmplices de uma amizade que eu em tempos vivi.
Este livro fez-me pensar, analisar e chegar a algumas conclusões, sobre a realidade e a ficção.
Ema disse: "Eu amo-te, sempre te amei, mas não gosto de ti neste momento".
Por vezes os nossos actos nem sempre são fieis aos nossos sentimentos. Chamem-lhe inocência, ingenuidade, despreocupação, falta de interesse ou até cegueira emocional, mas por vezes, necessitamos de uma luz que nos ilumine os pensamentos e nos leve a ver o que realmente importa.
Seja para o bem, seja para o mal.
Um dia.....deveria dizer, um dia olhamos para trás e percebemos que gostar da mesma pessoa durante anos sem se ser correspondido é como andar às voltas num labirinto. São todos misteriosamente belos mas andamos por lá perdidos na ilusão que um dia conseguimos encontrar a saída. Damos voltas e voltas até chegar a becos sem saída.
Somos como hamsters domesticados, entretidos nas nossas rodinhas, sem sair do lugar, contentes porque nos dão comida e água mas ansiamos sempre que nos tirem da jaula e nos levem para o colinho enquanto vêem televisão no sofá.
Amar alguém que nos vê como amigo bate forte, como Emma e Dex, "bate" durante anos. A todos os que um dia tiveram ou ainda têm uma história à Emma e Dex, não hesitem em ler este livro. Pode ser encarado de tantas maneiras diferentes, tudo difere do estado de espírito e do nível de aceitação em que estão.
A mim, fez-me sorrir por algo do passado e que já não volta.
Quando ao autor, David Nicholls tem mãos mágicas a escrever guiões porque ao longo de cada página a minha mente foi imaginando todas cenas, todos os detalhes, por isso, PARABÉNS DAVID NICHOLLS, fiquei fã.
Honestamente, espero que façam um filme deste livro.
:)
A surpresa é....
fizeram!
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terça-feira, 14 de setembro de 2010
Só no escuro podes ver as estrelas, Cristina Boavida
Fugirias com alguém que não conheces?
Fugirias ainda para mais com alguém que meteu outros em perigo?
A tua vida é assim tão chata que desaparecias com um estranho, sem saber para onde vais?
O que farias para mudar a rotina e o aborrecimento na tua vida? Embarcar numa nave espacial?
Eu não saberia bem o que responder, mas as aventuras de Sofia saberão de certeza!
Um livro inesperado, mas bem contextualizado nas tendências actuais da literatura juvenil.
Revelou-se um bom presente.
Fugirias ainda para mais com alguém que meteu outros em perigo?
A tua vida é assim tão chata que desaparecias com um estranho, sem saber para onde vais?
O que farias para mudar a rotina e o aborrecimento na tua vida? Embarcar numa nave espacial?
Eu não saberia bem o que responder, mas as aventuras de Sofia saberão de certeza!
Um livro inesperado, mas bem contextualizado nas tendências actuais da literatura juvenil.
Revelou-se um bom presente.
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Só no escuro podes ver as estrelas
"O Chamamento" de Augusto Cury Opinião
Augusto Cury investigador dedicado às temáticas da qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência multi-focal, através de muitos dos ensinamentos da Bíblia, chega até nós com o Livro "O Chamamento" ou o 1º volume do Vendedor de Sonhos, relatando a história inesperada de um maltrapilho, dono de uma inteligência fora do comum, de um poder de argumentação extraordinário e ainda de uma capacidade social muito grande. O vendedor de sonhos vai reunindo à sua volta pessoas desesperadas que encontram nas suas palavras o conforto e a compreensão que não encontraram em parte alguma da sociedade onde estavam inseridos.
Esta saga do pensador maltrapilho, continua no segundo livro, "A revolta dos anónimos", o qual fiquei um pouco desiludida pois parecia que estava novamente a reler o primeiro livro, talvez os lesse muito seguidos, até porque todos os livros de Cury, foram boas fontes de conhecimento. Assim, fica a vontade de pegar novamente naquele que foi, sem dúvida, o melhor: "Maria, a maior educadora da História".
Esta saga do pensador maltrapilho, continua no segundo livro, "A revolta dos anónimos", o qual fiquei um pouco desiludida pois parecia que estava novamente a reler o primeiro livro, talvez os lesse muito seguidos, até porque todos os livros de Cury, foram boas fontes de conhecimento. Assim, fica a vontade de pegar novamente naquele que foi, sem dúvida, o melhor: "Maria, a maior educadora da História".
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«O naufrágio da luz» de Hermán Neira - Opinião
Mais não digo, leiam, pois é altamente viciante, apesar de ser ler em 2ou3 horas eu quis levar 2 ou 3 dias de tão bom que era.
A aguardar por mais de Hermán Neira.
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
O Homem que sonhava ser Hitler, Tiago Rebelo
Depois de ter lido "És o meu segredo" e ter gostado bastante, percebi que já me tinha cruzado com este autor em "Não vou chorar o passado" e com a obra infantil "Amarguinha" com a qual fiz alguns trabalhos de literatura infantil.
Voltei mais tarde às leituras de algumas das suas obras com "Encontro em Jerusalém" e "O Tempo dos Amores Perfeitos", ambos lidos nas férias, fruto das requisições na Biblioteca. Alguns anos depois cá estou perante este novo título me despertou enorme interesse, ou não fosse eu ter um fanático pela 2ª Guerra Mundial/Hitler em casa.
Surpresa, surpresa... O Homem que sonhava ser Hitler foi lido pelo Paulo com elevado empenho e foi partilhando comigo algumas passagens que aguçavam a minha curiosidade e quando passou para as minhas mãos foi lido com a mesma energia e voracidade para que percebesse o desfecho desta história actual, política e que nos levou a muitas conversas paralelas.
Tiago Rebelo imprime um ritmo de leitura incessante que nos deixa preocupados por saber o que acontece a seguir, são diversas histórias que se cruzam e que estão invariavelmente ligadas por ideias e crenças políticas, tendências ou simplesmente ideais mais frescos e pouco fundamentados que nos fazem criar para esta história diversos desfechos possíveis. Quase que loucamente, o leitor perde-se em teorias e acaba sempre por estar enganado, o que aumenta ainda mais a curiosidade de ler e ler incessantemente até chegarmos ao fim.
O final é impensável, tão simples e quase hilariante, isto se tivermos em conta todas as nossas especulações (minhas e do Paulo) , talvez por ser um tema tão actual e tão discutido, tanto em Portugal como no contexto Europeu, especialmente com o surgimento galopante de políticas e tendências nacionalistas de extrema direita.
Leiam e depois digam-me quem é que sonhava ser Hitler!!!???
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segunda-feira, 6 de setembro de 2010
"Sexualidade, uma breve introdução", de Veronique Mottier - Opinião
Depois de Henry Miller me cansar com tantos detalhes no seu «Sob os telhados de Paris» mas para não fugir ao tema e expandir conhecimentos adquiri "Sexualidade, uma breve introdução", de Veronique Mottier.
Uma obra que nos pretende elucidar para a evolução da sexualidade, a definição de conceitos e abrir a mente para novas tendências.
Um livro muito interessante e que nos deixa com curiosidade de expandir as nossas leituras, especialmente em áreas que desconhecíamos ou das quais há pouca informação. Fiquei bastante surpreendida com alguns factos e datas, especialmente relacionados com a aceitação e clarificação da homossexualidade e tendências daí consequentes, bem como as políticas eugénicas ou as dificuldades do universo trans.
Um relato interessante de ser ler!
Uma obra que nos pretende elucidar para a evolução da sexualidade, a definição de conceitos e abrir a mente para novas tendências.
Um livro muito interessante e que nos deixa com curiosidade de expandir as nossas leituras, especialmente em áreas que desconhecíamos ou das quais há pouca informação. Fiquei bastante surpreendida com alguns factos e datas, especialmente relacionados com a aceitação e clarificação da homossexualidade e tendências daí consequentes, bem como as políticas eugénicas ou as dificuldades do universo trans.
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«Auto-retrato de um escritor» de Haruki Maruakami - Opinião
As férias terminaram, mas a vontade de leitura e de relax continuam sempre!
Em férias, Marakami foi um bom companheiro para as águas gélidas de Valhelhas;)
Apesar de não nos querer incentivar ou vender a ideia de que a Corrida é a melhor actividade física que um ser humano pode ter, a verdade é que a leitura do seu "Auto-retrato" me deu vontade de correr... algumas das vezes de correr até água em Valhelhas e correr de volta para a toalha apanhar banhos de sol, pois o autor tem toda a razão quando diz que "o sofrimento é uma escolha" e, por enquanto, correr para mim é mesmo um sofrimento!!!
Contudo, o livro de Murakami está muito bem escrito e até bastante encorajador, apesar de ele nos referir que não é esse o seu interesse, ainda assim sentimos nas suas palavras o quanto é importante a sensação de ser capaz de terminar uma Maratona ou quem sabe uma Ultramaratona ou até participar numa prova de Triatlo.
Para mim todas as situações são familiares, porque tendo quem goste de correr à minha volta ou até quem participa e lida com as vicissitudes do Triatlo, o livro tornou-se ainda mais delicioso de ler e ficou a ter bastante significado para mim.
É sem dúvida um guião para a auto-determinação, para a motivação e força pessoal, mostrando o quanto a persistência pode ser uma qualidade essencial para que nos sintamos vivos!
Em férias, Marakami foi um bom companheiro para as águas gélidas de Valhelhas;)
Apesar de não nos querer incentivar ou vender a ideia de que a Corrida é a melhor actividade física que um ser humano pode ter, a verdade é que a leitura do seu "Auto-retrato" me deu vontade de correr... algumas das vezes de correr até água em Valhelhas e correr de volta para a toalha apanhar banhos de sol, pois o autor tem toda a razão quando diz que "o sofrimento é uma escolha" e, por enquanto, correr para mim é mesmo um sofrimento!!!
Contudo, o livro de Murakami está muito bem escrito e até bastante encorajador, apesar de ele nos referir que não é esse o seu interesse, ainda assim sentimos nas suas palavras o quanto é importante a sensação de ser capaz de terminar uma Maratona ou quem sabe uma Ultramaratona ou até participar numa prova de Triatlo.
Para mim todas as situações são familiares, porque tendo quem goste de correr à minha volta ou até quem participa e lida com as vicissitudes do Triatlo, o livro tornou-se ainda mais delicioso de ler e ficou a ter bastante significado para mim.
É sem dúvida um guião para a auto-determinação, para a motivação e força pessoal, mostrando o quanto a persistência pode ser uma qualidade essencial para que nos sintamos vivos!
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Haruki Maruakami
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
"Um dia" de David Nicholls
"Um dia" de David Nicholls insere-se na categoria de "este livro dava um filme".
Consigo traçar na minha mente os planos perfeitos para cada cena. A incidência da luz ao mergulhar no quarto sobre dois estranhos amantes entrelaçados que aproveitam as últimas horas de uma noite que não dormiram.
Consigo ver o personagem masculino a deambular por Roma, confiante no seu charme bóemio, enquanto aquela luz maravilhosa o envolve...consigo, acima de tudo, apenas estando na 38º página, saber que vou adorar este livro.
Nas primeiras dez páginas encontrei o ponto de familiarização com a minha realidade e estou, alegremente a passar páginas, no livro da "amizade" entre Dexter e Emma.
Pior que "viver a vida inteira sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente" é saber o que temos à nossa frente e não fazermos nada para que seja nosso.
Consigo traçar na minha mente os planos perfeitos para cada cena. A incidência da luz ao mergulhar no quarto sobre dois estranhos amantes entrelaçados que aproveitam as últimas horas de uma noite que não dormiram.
Consigo ver o personagem masculino a deambular por Roma, confiante no seu charme bóemio, enquanto aquela luz maravilhosa o envolve...consigo, acima de tudo, apenas estando na 38º página, saber que vou adorar este livro.
Nas primeiras dez páginas encontrei o ponto de familiarização com a minha realidade e estou, alegremente a passar páginas, no livro da "amizade" entre Dexter e Emma.
Pior que "viver a vida inteira sem nos apercebermos de que aquilo que procuramos está mesmo à nossa frente" é saber o que temos à nossa frente e não fazermos nada para que seja nosso.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A viagem do Elefante - Opinião
Passados não sei bem quantos anos, decidi que queria voltar a ler Saramago. E peguei em "A Viagem do Elefante".
Começo já por dizer que adorei o modo como está escrito, pelos jogos de palavras, pela inteligência como certas ideias estão colocadas, mas sinceramente tenho a necessidade de dizer que o livro me chateou, cheguei a achá-lo enfadonho! Dos muitos últimos que tenho lido este foi realmente cansativo de ler, não me apetecia, cansava saber que ia continuar a seguir com os olhos as palavras que descreviam, sempre, desde o princípio até ao fim, a viagem de certo Elefante desde Belém até Valladolid e depois até à Áustria...
Será que há aqui um detalhe histórico que me falha?
Existe alguma ironia e critica à monarquia dessa época que eu desconheço e então a história perde o sentido e o interesse?
Ainda assim quero dizer que o modo como está escrito é sem dúvida o melhor deste livro, Saramago descreve-nos o Elefante como um ser equiparável às pessoas que o rodeiam, ou melhor, em certas fases, um ser superior! E é sem dúvida o Elefante que faz toda a diferença.
Começo já por dizer que adorei o modo como está escrito, pelos jogos de palavras, pela inteligência como certas ideias estão colocadas, mas sinceramente tenho a necessidade de dizer que o livro me chateou, cheguei a achá-lo enfadonho! Dos muitos últimos que tenho lido este foi realmente cansativo de ler, não me apetecia, cansava saber que ia continuar a seguir com os olhos as palavras que descreviam, sempre, desde o princípio até ao fim, a viagem de certo Elefante desde Belém até Valladolid e depois até à Áustria...
Será que há aqui um detalhe histórico que me falha?
Existe alguma ironia e critica à monarquia dessa época que eu desconheço e então a história perde o sentido e o interesse?
Ainda assim quero dizer que o modo como está escrito é sem dúvida o melhor deste livro, Saramago descreve-nos o Elefante como um ser equiparável às pessoas que o rodeiam, ou melhor, em certas fases, um ser superior! E é sem dúvida o Elefante que faz toda a diferença.
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Ler - Prémios Nobel da Literatura
Está tudo na cabeça, romance, Alastair Campbell, opinião
Está tudo na cabeça, não podia estar mais de acordo com a afirmação do autor e director de comunicação e estratégia do ex-ministro Tony Blair.
Sem dúvida que a cabeça comanda o corpo, a vida, as decisões, as relações, as manias, as depressões, as alegrias e até a morte.
É um livro fantástico, escrito de uma forma devoradora, que come, sem peso nem medida as nossas horas, as nossas ideias, até sermos capazes de terminar mais um capítulo e outro e ainda outro e sem darmos por isso termos terminado o livro.
No fim a sensação é de cansaço, afinal está tudo na cabeça e este livro pede uma dose substancial de reflexão, inclusive marcante, que durante dias me fez lembrar no desfecho que as vidas levam. E tudo fica na nossa cabeça!
The Times, comentou-o assim "Um romance notável... uma experiência absorvente e inesquecível."
EXACTAMENTE! Leiam, recomendo vivamente!
Sem dúvida que a cabeça comanda o corpo, a vida, as decisões, as relações, as manias, as depressões, as alegrias e até a morte.
É um livro fantástico, escrito de uma forma devoradora, que come, sem peso nem medida as nossas horas, as nossas ideias, até sermos capazes de terminar mais um capítulo e outro e ainda outro e sem darmos por isso termos terminado o livro.
No fim a sensação é de cansaço, afinal está tudo na cabeça e este livro pede uma dose substancial de reflexão, inclusive marcante, que durante dias me fez lembrar no desfecho que as vidas levam. E tudo fica na nossa cabeça!
The Times, comentou-o assim "Um romance notável... uma experiência absorvente e inesquecível."
EXACTAMENTE! Leiam, recomendo vivamente!
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segunda-feira, 2 de agosto de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Opinião - "Ensaio sobre a cegueira" de José Saramago
é verdade, não li muitos mas este deixou-me de rastos.
é poderoso,
tocante
marcante
perturbante
pega na nossa imaginação e esfrega-a no chão, no lixo, deixa-a moribunda na valeta enquanto nos mostra o nível baixo a que podemos chegar.
Demorei um pouco a digerir a escrita, é diferente, completa e complexa.
O livro agarrou-me do princípio ao fim, dava por mim a pensar na história sem a estar a ler.
Dei por mim a olhar para um copo de água e a pensar "e se este fosse o último"
Este livro é um abanão, uma chapada na cara e um murro no estômago.
Quem o lê e não se sente assim ou tem uma carapaça muito dura ou não percebeu metade do lá estava escrito.
Este é daqueles que tenho de ter na minha estante para o reler.....marcar...sublinhar....ser meu.
Este é daqueles que não pode faltar.
Ignorante fui todo este tempo que me recusei a lê-lo.
Agora....Tenho o Blindness de Fernando Meirelles à minha espera lá em casa.
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
Opinião - "Um homem com sorte" de Nicholas Sparks
Este foi o meu primeiro romance :) bem...o meu primeiro Nicholas Sparks
Considero-me rendida.
Sinopse
Durante a maior parte da sua vida, Logan Thibault foi um homem que em tudo se podia considerar comum. Porém, nada de comum havia naquilo que estava prestes a acontecer-lhe. Quando encontra uma fotografia de uma mulher nas areias do deserto do Iraque, Logan Thibault passa, inexplicavelmente, a ser um homem com a sorte do seu lado, que sobrevive a situações de indescritível perigo. A fotografia começa a ser encarada como um talismã e, de regresso aos EUA, Thibault não consegue deixar de pensar na mulher que lhe salvou a vida. Mas, assim que a encontra, o segredo que transporta consigo poderá custar-lhe tudo aquilo que lhe é querido.
Opinião
A história tem vários elementos que me agradam...a personagem feminina, o facto de Logan ser militar, toda a história está particularmente bem escrita e bem entrelaçada.
Compreendo porque tanta gente gosta dos livros do Mr. Sparks. Dei por mim cativada com a história e acima de tudo, a desejar saber o que vai acontecer a seguir com aquelas personagens.
Eu andei o livro todo à espera daquele momento em que a lagriminha viria ao canto do olho....ESTOU SAFA....este não é um dos livros para chorar as pedras da calçada.
Isto em filme?
hmm....
já ouvi rumores :)
Personagem preferida: Zeus (o cão)
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terça-feira, 27 de julho de 2010
Augusto Cury
Questionando tendências, fenómenos e ... Cury?
Eu compreendo que um autor se deva manter fiel aos seus princípios e crenças, especialmente Cury onde vemos uma grande ligação com Jesus e os seus ensinamentos, porém vender livros só com o propósito de vender não me parece assim tão digno de ser apreciado e credível. Suspeito que as editoras apertem para editar novos títulos, especialmente quando se tratam de fenómenos comerciais, mas ainda assim acho que deve haver respeito pelo leitor, que se torna fã, seguidor... e que espera mais a cada livro!
Eu compreendo que um autor se deva manter fiel aos seus princípios e crenças, especialmente Cury onde vemos uma grande ligação com Jesus e os seus ensinamentos, porém vender livros só com o propósito de vender não me parece assim tão digno de ser apreciado e credível. Suspeito que as editoras apertem para editar novos títulos, especialmente quando se tratam de fenómenos comerciais, mas ainda assim acho que deve haver respeito pelo leitor, que se torna fã, seguidor... e que espera mais a cada livro!
Não sei se este post se pode considerar uma review, nem sei se é mais sobre as obras ou uma delas propriamente, mas olhei aqui para a prateleira e vi "O Vendedor de sonhos e a revolução dos anónimos!", o que dizer, peguei nele duas vezes e não consegui passar das 100 páginas.
O primeiro livro foi brutal! Brutal é a palavra, sem dúvida. As ideias de Augusto Cury estavam estrondosas, considero que de todos os que li, talvez «O Chamamento» fosse o melhor livro, pelo menos o mais autêntico! Ainda assim desconfiei quando no fim me apercebi que iria funcionar como trilogia, o que normalmente me assusta, porque temo "continuações"... parecem-me sempre mais do mesmo. E qual não foi o meu espanto quando adquiri a Revolução dos Anónimos e dei por mim a achar, que em certas passagens, o livro não passava de uma repetição do primeiro.
Augusto Cury é, sem dúvida, uma autor que gosto de seguir, gosto de pensar pelas ideias desafiantes que ele lança, adoro a maioria das entrevistas que li dele. Através das suas palavras, desde a faculdade que me interessei pela forma como trazia as palavras de Jesus, mas fiquei desapontada com este segundo volume.
Ainda assim, esperemos que um próximo, fora desta "saga", seja um retorno ao que de melhor escreve e com a devida criatividade.
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O Vendedor de Sonhos
Opinião - "Noites de Paixão" de Cheryl Holt
Sinopse
Kate Duncan concorda um ajudar a prima a conquistar um marido até que percebe que a jovem deseja usar uma suposta poção de amor para seduzir Marcus Pelham. Para provar que o elixir não passa de uma bebida sem qualquer efeito mágico, Kate bebe-o e vive o momento mais sensual da sua vida ao apanhar Marcus em plena sessão amorosa com outra mulher. Todos os nervos do corpo de Kate reagem ao observá-lo no meio das sombras, mas o despertar dos sentidos será uma consequência da poção ou do atraente homem? Felizmente, Marcus não repara que Kate o espia, ou pelo menos ela assim o pensa…
Na qualidade de conde de Stamford, Marcus tem a seus pés muitas mulheres. Contudo, nada o excitou mais como a imagem de Kate a observá-lo. Marcus vai então seduzir Kate e bebe, também ele, a poção. Contudo, o jogo assume contornos inesperados quando Marcus se vê verdadeiramente atraído pela inocente Kate. Ao ensinar-lhe a excitante arte da sedução, será que se apaixona perdidamente pela primeira vez? E será ele capaz de amar uma única mulher para o resto da vida?
Opinião:
Confesso que há alguns meses jurava a pés juntos nunca proferir a frase "adorei este livro" ao falar sobre um romance deste género. Basta olhar para a capa original e penso sempre naqueles livros que a minha mãe lia quando eu era mais nova, os Arlequim Bianca ou lá como era o nome ou colecção :)
Os livros publicados pela Quinta Essência chegaram-me às mãos através de passatempos, caso contrário, nunca os teria lido. Não é o tipo de livro para o qual eu olho na livraria. (este, na versão portuguesa tem uma capa muito bonita e o laço dá aquele toque divinal).
A história prende-nos, e quando damos por isso, já estamos a meio do livro e a desejar saber como tudo vai acabar, ou seja, queremos saber se os "bons" são recompensados por todas as atrocidades que sofreram e se os "maus" pagam por todos os crimes que cometeram e pelas pessoas que magoaram.
Mais, queremos saber se a personagem principal acaba ou não com o príncipe encantado (que aqui, de início, é tudo menos um encanto de pessoa).
Quase que consigo dizer "este livro dava um filme de época muito giro, que levaria imensas mulheres ao cinema e que se tornaria um grande "blockbuster"".
:) este livro é para:
- quem gosta de romances
- quem gostar de romances a puxarem para o erótico (aka cenas de sexo de duas a três páginas!)
- quem é uma sentimental e gosta de saber se o "viveram felizes para sempre" se mantém em todas as histórias que lê.
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"Picos e Vales" de Spencer Johnson - Opinião
"Picos e Vales" de Spencer Johnson, que escreveu: "Quem mexeu no meu queijo", talvez a fábula de negócios que mais vendeu até hoje!
Spencer Johnson chega até nós com "Picos e Vales" contando-nos uma pequena estória sobre as viagens que podemos fazer entre os picos e os vales que surgem nas nossas vida, onde talvez o mais importante seja a forma como olhamos aos acontecimentos e o que bebemos das relações com os outros!
Creio que o índice de conteúdos deste livro deveria ser uma wish list para resolvermos melhor certos assuntos, aliás, pessoalmente, se me lembrasse destes passos mais vezes talvez, quem sabe, tropeçasse menos!
Então, eu retiro deste livro o seguinte enunciado de ensinamentos, perante um problema, um vale, uma crise, você deve analisar:
- analise bem o vale e o que o faz estar em baixo nesse vale;
- procure encontrar as respostas, colocando as perguntas certas;
- esquecer, lembrar e avaliar qualidades, comparando-as;
- descansar - um período para reflexão;
- aprender;
- descobrir - fazendo, experienciando;
- partilhar;
- frase mestra: "devemos ser amigos da realidade!";
Spencer Johnson chega até nós com "Picos e Vales" contando-nos uma pequena estória sobre as viagens que podemos fazer entre os picos e os vales que surgem nas nossas vida, onde talvez o mais importante seja a forma como olhamos aos acontecimentos e o que bebemos das relações com os outros!
Creio que o índice de conteúdos deste livro deveria ser uma wish list para resolvermos melhor certos assuntos, aliás, pessoalmente, se me lembrasse destes passos mais vezes talvez, quem sabe, tropeçasse menos!
Então, eu retiro deste livro o seguinte enunciado de ensinamentos, perante um problema, um vale, uma crise, você deve analisar:
- analise bem o vale e o que o faz estar em baixo nesse vale;
- procure encontrar as respostas, colocando as perguntas certas;
- esquecer, lembrar e avaliar qualidades, comparando-as;
- descansar - um período para reflexão;
- aprender;
- descobrir - fazendo, experienciando;
- partilhar;
- frase mestra: "devemos ser amigos da realidade!";
É favor aplicar às diversas situações da vida!
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«Viver todos os dias cansa» de Pedro Paixão - Opinião
Viver todos os dias cansa, quem é o diz é Pedro Paixão! É provável que sim, especialmente quando se vive mais do que uma vida, se sente mais do que uma pessoa em si mesmo ou se julga ser capaz de viver mais do que uma vida ao mesmo tempo... será só síndrome de escritor ou algo mais? Pedro Paixão assume ser portador de doença bipolar e escreve, julgo eu com muita razão, «As pessoas deviam ter mais de uma vida ou, pelo menos, uma que pudesse também voltar atrás se necessário. Para corrigir o que saiu mal à primeira, aprender a saborear as poucas horas boas - tal como uma canção que quanto mais se ouve mais se gosta - e, sobretudo, para poder ir primeiro por um lado e depois por outro e depois, sim, seguir pelo caminho encontrado.»
Conto atrás de conto, Pedro Paixão brinda-nos com a sua genialidade e autenticidade, em "Situação Particular", por exemplo, com a frase "o entusiasmo, aliás, não é mais do que uma breve suspensão no movimento da queda". Em "O Porto a quatro cores", a ideia da divagação pôs-me definitivamente a divagar.
Este livro de Pedro Paixão é mesmo assim "abre o teu coração e deixa-o ficar aberto (...) só para que algumas palavras possam passar, sair e entrar."
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Viver todos os dias cansa
Garry Willis, provocante!
O mais recente Pulitzer é sobre as palavras de Jesus e a opinião é consensual: Willis é provocante e tudo menos consensual ;)
Jesus era um homem de margens, nunca verdadeiramente integrado, sempre "fora do contexto".
O livro é sem dúvida brilhante, mas a mim, que ainda procuro muita informação, tem frases que me baralham e pedem descodificação e tem outras com que me distraí e perco.
Foi sem dúvida um bom título para continuar a ler sobre esta temática.
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O que Jesus quis realmente dizer
segunda-feira, 26 de julho de 2010
«Trabalhar sem sofrer» de Maria Jesús Álava Reyes, opinião
Comprei este livro, depois de ter lido da mesma autora, "A Arte de Arruinar a sua própria vida", pois gosto da forma prática como a autora escreve e organiza os relatos dos seus pacientes e tenta demonstrar onde estamos a arruinar as nossas vidas neste binómio vida-trabalho.
Este livro ajuda-nos a encontrar as principais causas de stress e de insatisfação no trabalho, tornando este numa fonte de sofrimento e, em alguns caso, de depressão e profunda desilusão com a vida.
Maria Jesús Álava Reyes ensina-nos a olharmos às situações de uma forma analítica, construtiva e critica, por forma a não nos deixarmos abater pelas mais pequenas situações, tornando-as em autênticos cavalos de batalha.
O livro tem secções muito bem organizadas sobre como gerir o tempo ou organizar-se em relação a uma tarefa ou até como lidar, assertivamente, com o seu chefe ou colegas.
Apesar de escrito de uma forma não tão profissional como até se poderia esperar, a autora dá-nos ferramenta-chave que reduzam os níveis de stress laboral, entre eles:
- aprender a controlar os ladrões do tempo;
- não espere que o chefe lhe dê valor;
- aprenda a desligar quando sai do trabalho;
e, mais importante:
- avalie muito bem, se está na hora de mudar!
Acima de tudo o livro ensina que o trabalho não é tudo na nossa vida, mas acaba por afectar-nos em todos os aspectos, por isso o melhor é realmente sentir-se bem no seu local de trabalho e perceber se por vezes a sua insatisfação não é apenas a necessidade urgente de mudar!!!
Este livro ajuda-nos a encontrar as principais causas de stress e de insatisfação no trabalho, tornando este numa fonte de sofrimento e, em alguns caso, de depressão e profunda desilusão com a vida.
Maria Jesús Álava Reyes ensina-nos a olharmos às situações de uma forma analítica, construtiva e critica, por forma a não nos deixarmos abater pelas mais pequenas situações, tornando-as em autênticos cavalos de batalha.
O livro tem secções muito bem organizadas sobre como gerir o tempo ou organizar-se em relação a uma tarefa ou até como lidar, assertivamente, com o seu chefe ou colegas.
Apesar de escrito de uma forma não tão profissional como até se poderia esperar, a autora dá-nos ferramenta-chave que reduzam os níveis de stress laboral, entre eles:
- aprender a controlar os ladrões do tempo;
- não espere que o chefe lhe dê valor;
- aprenda a desligar quando sai do trabalho;
e, mais importante:
- avalie muito bem, se está na hora de mudar!
Acima de tudo o livro ensina que o trabalho não é tudo na nossa vida, mas acaba por afectar-nos em todos os aspectos, por isso o melhor é realmente sentir-se bem no seu local de trabalho e perceber se por vezes a sua insatisfação não é apenas a necessidade urgente de mudar!!!
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Trabalhar sem sofrer
«O miúdo que pregava pregos numa tábua» de Manuel Alegre - Opinião
Quem sabe talvez Manuel Alegre seja um miúdo do Porto que pregava pregos numa tábua ou não. Quem sabe se seria um outro miúdo cujo os avós tiveram certas influências na sua vida, quem sabe também se são a mesma pessoa ou uma outra!?
Nada é certo, mas tudo fluí e encanta.
Em jeito de biografia, Manuel Alegre, brinda-nos com o seu jeito enfabulatório, como ele próprio afirma ser capaz, levando-nos assim numa suposta auto-biografia, num pequeno relato, quase romanceado sobre uma criança que cresceu e que hoje, talvez, confunda as crianças, os adolescentes e as revoluções que viveu.
Aliás, Alegre faz-nos a todos pensar se quando paramos num dado momento da vida e se aí nos fosse pedida a nossa história, se saberíamos ao certo distinguir entre o que fomos, o que temos ideia de ter sido e aquilo que realmente fizemos.
Nada é certo, mas tudo fluí e encanta.
Em jeito de biografia, Manuel Alegre, brinda-nos com o seu jeito enfabulatório, como ele próprio afirma ser capaz, levando-nos assim numa suposta auto-biografia, num pequeno relato, quase romanceado sobre uma criança que cresceu e que hoje, talvez, confunda as crianças, os adolescentes e as revoluções que viveu.
Aliás, Alegre faz-nos a todos pensar se quando paramos num dado momento da vida e se aí nos fosse pedida a nossa história, se saberíamos ao certo distinguir entre o que fomos, o que temos ideia de ter sido e aquilo que realmente fizemos.
Fica a pairar a questão!
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O Miúdo que pregava pregos numa tábua
Opinião - "Traficante de Armas" de Hugh Laurie
Este livro foi uma prenda de natal da minha irmã. Curiosamente, naquela altura, eu não era dada à leituras mas o facto de o "Dr. House" ser o autor do livro, despertou em mim alguma curiosidade.
A minha opinião:
Garant-vos que vamos da primeira à última página a imaginá-lo (ele, Hugh Laurie) no papel de Thomas Lang, a personagem principal desta trama policial cheia de trambolhões.
Thomas Lang, um ex-policia que se torna mercenário.
Um certo dia recebe uma proposta para assassinar Alexander Woolf, um empresário americano, mas recusa. No acto de bondade ou perfeita idiotice, Lang decide avisar a vítima de que a sua vida se encontra em perigo. A partir desse momento, a vida de Thomas Lang nunca mais será a mesma.
Numa escrita hilariante e ritmada, vemos Lang envolto num turbilhão de corrupção, violência e situações delicadas, como defender partes preciosas do seu corpo de um grupo de Femmes Fatales.
Para quem se delicia com a voz do Hugh Laurie, pode imaginar a narrar a história ao longo de 333 páginas.
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domingo, 25 de julho de 2010
Opinião - "A Flor do Desejo" de Cherie Feather
Num dos muitos passatempos que participei em 2009, num deles ganhei este livro. Na altura não me chamou a atenção mas tendo em conta que comecei a devorar tudo o que tinha cá em casa, achei que era a altura ideal para experimentar este e....surpreendeu-me pela positiva....gostei imenso.
Por um lado é impróprio para cardíacos e por outro é muito muito INDECENTE para ler nos transportes públicos. Existem certas palavras que tendem em chocar as pessoas mais abelhudas que decidem meter o nariz nos livros das pessoas que estão ao seu lado.
Aconteceu diversas vezes ao longo da semana em que li este livro..
Eu fiz os possíveis para me isolar, me sentar sozinha, de modo a "salvaguardar" as pessoas do choque de ver as palavras "orgasmo", "pénis" e "ejacular" na mesma página.
Uphs!
Este blog não é para maiores 18!
Este livro é uma surpresa e fornece ideias muito giras :)
Entrelaça de maneira cativante duas histórisa, duas paixões situadas em tempos diferentes. Dá vontade de saber de saber como tudo resulta (ou não!) no fim.
Sinopse
Mandy Cooper, directora do Museu de Arte Feminina da Cidade de Santa Fé, há muito que admira a pintora Catherine Burke e segue com interesse a história da intensa relação amorosa que a artista do século XIX manteve com Atacar, um belo americano nativo. Contudo, a ligação de Mandy ao casal vai estreitar-se ainda mais. Mandy envolve-se com Jared Cabrillo, o perigosamente atraente sobrinho-bisneto de Atacar, naquela que será uma relação escaldante e avassaladora.
Jared, por sua vez, esconde um segredo que vai mudar a vida de todos. Na posse do diário íntimo de Catherine, que muitos pensavam estar perdido para sempre, conhece todos os desejos e fantasias da artista. E decide recriar na sua relação com Mandy a paixão escaldante que uniu Atacar e Catherine. Ele sabe exactamente como conquistar uma mulher, incluindo o recurso à simbólica e sensual linguagem das flores… Mas Jared sabe também o quão intensamente Catherine amava Atacar e o quão perigosamente ele a amava. Será amor o que o une a Mandy?O diário de Catherine é intemporal, simultaneamente romântico, sensual e trágico. Mais de cem anos depois, os segredos contidos nas suas páginas tanto podem unir Mandy e Jared para sempre como destruí-los a ambos - atrever-se-ão eles a amar depois de tudo por que passarem?A Flor do Desejo é uma história envolvente sobre dois romances separados pelo tempo, mas unidos e marcados pela mesma paixão arrebatadora
Tenho de ficar atenta aos livros da Quinta Essência. Deste "tema" - Romances Sensuais - só me falta O Fruta da Paixão
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Citações
"The condom is the glass slipper of our generation.
You slip it on, you dance the night away with a stranger, and then you throw it away - the condom, that is, not the stranger."
~Marla Singer~
Fight Club by Chuck Palahniuk
You slip it on, you dance the night away with a stranger, and then you throw it away - the condom, that is, not the stranger."
~Marla Singer~
Fight Club by Chuck Palahniuk
Opinião - "Antes de nos encontrarmos" de Maggie O'Farrell
Sinopse
Numa fria tarde de Fevereiro, Stella vê um homem dirigir-se a ela em Londres. Há muitos anos que não via a cara dele, mas reconhece-o instantaneamente. Ou pensa que o reconhece. Nesse preciso momento, no outro lado do mundo, Jake apercebe-se de que a multidão que o rodeia, enquanto celebra o ano novo chinês, está a tornar-se perigosa. Não sabem nada um acerca do outro, mas quer Stella, quer Jake fogem das suas vidas: Jake em busca de um sítio que não exista em nenhum mapa, e Stella em busca de um destino na Escócia, cujo significado apenas a sua irmã será capaz de compreender. Este é um romance sobre vidas paralelas, identidades deslocadas, laços entre irmãs e a força do passado. Acima de tudo é uma história de amor sobre duas pessoas que nunca se conheceram. Considerado o melhor trabalho da autora até ao momento, a crítica encontra muitas semelhanças com uma escrita para cinema, com avanços e recuos, cenas cortadas ao estilo de realizadores, que no fim formam um todo harmonioso e impossível de esquecer.
A minha opinião:
Quem nunca pensou em fugir e deixar tudo para trás?
Quem nunca lhe apeteceu fugir para um local onde nem sequer saibam o nosso nome?
Esconder-se dos problemas, das pessoas que sabem tudo e por vezes não sabem de nada.
Este livro fala-nos disso mesmo. Infelizmente, quando fugimos de uma coisa acabamos sempre por encontrar uma nova.
Cada personagem atormetada à sua maneira, uma pelo passado que não a deixa seguir em frente e outra pelo presente indeciso, resultado de decisões em modo pánico.
Tem uma cena de cortar a respiração e em que temos vontade de mergulhar no livro e abraçar a personagem.
Um romance bom de se ler. Eu aconselho :)
Um romance interessante, que nos coloca a imaginar a história a decorrer como se de um filme se tratasse.
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terça-feira, 20 de julho de 2010
Fenómeno Pennac ou «Como um romance» de Daniel Pennac
Foi assim que foi considerado - Fenómeno Pennac - após a sua obra vender inúmeras cópias e ter atingidos lugares de topo durante meses.
Daniel Pennac foi um dos autores sobre quem muito dissertei em tempos de faculdade, talvez tenha escrito, feito e refeito inúmeras aulas inspiradas pelos Direitos do Leitor, originalmente legislados por este defensor dos prazeres da leitura e dos direitos fundamentais do leitor.
Frases como "ler provoca elevada independência" ou "quem lê nunca está só" não são nada comparadas com as ideias extremistas que Pennac nos transmite.
Um livro pequeno, mas com uma auto-estima e uma personalidade que muitos romances de 500 páginas não têm, é um livro obrigatório, especialmente para quem sente que tem ou que quer, ou deveria ter uma relação mais próxima com a leitura.
Pais, professores, avós, educadores, terapeutas, explicadores, o alvo é um universo infindável dos que, quase que obrigam, crianças e jovens a gostar de ler... por favor, ofereçam este livro, discutam, ponham ideias na mesa, comam e bebem em torno deste livro.
A leitura é uma relação, é uma sociedade, é um grupo... em larga escala é global, é o Mundo, por isso conheçam os vossos direitos e usufruam ao máximo das vossas possibilidade.
Ler é conhecer, é despertar, é viver!
Apenas faltou a Daniel Pennac, legislar que quem lê tem:
- o direito de dobrar cantos às páginas;
- o direito de sublinhar frases, fazer caretas ao desenhar bonecos, riscos, setas, sinais nas margens do texto;
- o direito de usar os livros como agenda, como "guarda-tralhas"
Enfim, o direito de fazer de um livro um amigo e o trazer sempre consigo!
Daniel Pennac foi um dos autores sobre quem muito dissertei em tempos de faculdade, talvez tenha escrito, feito e refeito inúmeras aulas inspiradas pelos Direitos do Leitor, originalmente legislados por este defensor dos prazeres da leitura e dos direitos fundamentais do leitor.
Frases como "ler provoca elevada independência" ou "quem lê nunca está só" não são nada comparadas com as ideias extremistas que Pennac nos transmite.
Um livro pequeno, mas com uma auto-estima e uma personalidade que muitos romances de 500 páginas não têm, é um livro obrigatório, especialmente para quem sente que tem ou que quer, ou deveria ter uma relação mais próxima com a leitura.
Pais, professores, avós, educadores, terapeutas, explicadores, o alvo é um universo infindável dos que, quase que obrigam, crianças e jovens a gostar de ler... por favor, ofereçam este livro, discutam, ponham ideias na mesa, comam e bebem em torno deste livro.
A leitura é uma relação, é uma sociedade, é um grupo... em larga escala é global, é o Mundo, por isso conheçam os vossos direitos e usufruam ao máximo das vossas possibilidade.
Apenas faltou a Daniel Pennac, legislar que quem lê tem:
- o direito de dobrar cantos às páginas;
- o direito de sublinhar frases, fazer caretas ao desenhar bonecos, riscos, setas, sinais nas margens do texto;
- o direito de usar os livros como agenda, como "guarda-tralhas"
- e que abrir um livro, em qualquer lugar, nunca poderá ser desrespeitoso ou sinal de mau feitio do leitor ;)
Enfim, o direito de fazer de um livro um amigo e o trazer sempre consigo!
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"Sputnik, meu amor" de Haruki Murakami
Haruki Murakami...
Destaco o nome do escritor ao invés do titulo do livro, pois acredito que serão muitos os livros que irei ler dele. Para além de um livro, um enredo, será o universo Murakami.
Ao acaso, escolhi e comecei, "Sputnik, meu amor" e aguardando na estante está o livro de contos, "O Elegante evapora-se". Depois de ler este, fiquei bastante curiosa com as seguintes obras "Crónica do Pássaro de Corda", "After Dark" e sem dúvida o seu Auto-retrato.
*
Sumire é jovem, inquieta, impaciente e deseja muito escrever.
Um narrador, do qual pouco se sabe, nem mesmo o nome, confunde a sua história de vida com a da existência da jovem que o admira e que fez dele seu confidente. Ele, não menos dependente dela, vive uma paixão silenciosa, afogada nas mais variadas linhas que lê de Sumire.
Dito assim parece simples, mas não é, Murakami tem uma narrativa intrincada e intrigante.
Murakami é capaz de nos transpor para a apertada cabine telefónica ou para a inóspita ilha grega.
A figura misteriosa e apaixonante de Miu, confunde-se com a dos sentimentos, as paixões fugazes e os desejos sexuais que desperta. Muitos são os sonhos que vivem na cabeça destas três personagens, grandiosamente interligadas por uma escrita cativante.
Li-o numa semana, mas estive duas para o terminar, não queria chegar ao fim!
Recomenda-se vivamente. Boas leituras.
Destaco o nome do escritor ao invés do titulo do livro, pois acredito que serão muitos os livros que irei ler dele. Para além de um livro, um enredo, será o universo Murakami.
Ao acaso, escolhi e comecei, "Sputnik, meu amor" e aguardando na estante está o livro de contos, "O Elegante evapora-se". Depois de ler este, fiquei bastante curiosa com as seguintes obras "Crónica do Pássaro de Corda", "After Dark" e sem dúvida o seu Auto-retrato.
*
Sumire é jovem, inquieta, impaciente e deseja muito escrever.
Um narrador, do qual pouco se sabe, nem mesmo o nome, confunde a sua história de vida com a da existência da jovem que o admira e que fez dele seu confidente. Ele, não menos dependente dela, vive uma paixão silenciosa, afogada nas mais variadas linhas que lê de Sumire.
Dito assim parece simples, mas não é, Murakami tem uma narrativa intrincada e intrigante.
Murakami é capaz de nos transpor para a apertada cabine telefónica ou para a inóspita ilha grega.
A figura misteriosa e apaixonante de Miu, confunde-se com a dos sentimentos, as paixões fugazes e os desejos sexuais que desperta. Muitos são os sonhos que vivem na cabeça destas três personagens, grandiosamente interligadas por uma escrita cativante.
Li-o numa semana, mas estive duas para o terminar, não queria chegar ao fim!
Recomenda-se vivamente. Boas leituras.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
Pensamentos
Desalinho os meus livros, tal qual as minhas ideias...
Depois há dias em que tudo ganha forma, ganha jeito, se alinha ... bem como eu própria.
Reflicto, oriento, endireito, organizo e tudo ganha vida de novo. Mesmo assim, há sempre um bocado, uma fileira, um canto, onde a desorganização, a frustração, a ansiedade e a curiosidade ficam a pairar no ar.
Aliás não teria graça nenhuma se assim não fosse!
Esta poderia ser a história da minha estante, dos meus dias, da minha vida... há dias em que nos apetece alinhar e caminhar com a corrente, já outros apetece ficar prostrado, quieto e ao sabor do vento, depois vêm rajadas muito fortes, que nos abanam, fragilizam as nossas raízes, obrigam-nos a beber da terra, saciando a sede com tudo o que gira à nossa volta...
Enfim, a beleza dos dias revela-se nos mais simples elementos e nas mais complexas possibilidades de ligação, tal como os livros, que na sua simplicidade são apenas palavras, mas que revelam uma lutam interior enorme, carregada de significados, de ligações, de lições, de páginas da vida!
A olhar para a minha estante... um pensamento feito pequena história!
Depois há dias em que tudo ganha forma, ganha jeito, se alinha ... bem como eu própria.
Reflicto, oriento, endireito, organizo e tudo ganha vida de novo. Mesmo assim, há sempre um bocado, uma fileira, um canto, onde a desorganização, a frustração, a ansiedade e a curiosidade ficam a pairar no ar.
Aliás não teria graça nenhuma se assim não fosse!
Esta poderia ser a história da minha estante, dos meus dias, da minha vida... há dias em que nos apetece alinhar e caminhar com a corrente, já outros apetece ficar prostrado, quieto e ao sabor do vento, depois vêm rajadas muito fortes, que nos abanam, fragilizam as nossas raízes, obrigam-nos a beber da terra, saciando a sede com tudo o que gira à nossa volta...
Enfim, a beleza dos dias revela-se nos mais simples elementos e nas mais complexas possibilidades de ligação, tal como os livros, que na sua simplicidade são apenas palavras, mas que revelam uma lutam interior enorme, carregada de significados, de ligações, de lições, de páginas da vida!
A olhar para a minha estante... um pensamento feito pequena história!
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«O Ano tem 12 Homens» de Martina Paura - Opinião
12?
Tantos homens, será possível? Será fácil encontrar 12 homens com quem se consiga ter uma relação ou algo semelhante a ela? Como se aturam 12 homens todos de seguidas, mês após mês, será que haverão diferenças entre eles? E a mulher, como fica depois de conhecer, descobrir e experimentar 12 homens? Com sexo, sem sexo? Vira lésbica, bi ou outro espécimen? ;)
Este romance é um misto, acredito que a autora foi beber a diversas séries televisivas, mas ao mesmo tempo ganhou uma história genuína e muito particular, com uma escrita peculiar, que não chega erótica nem comediante, mas ganha vida em diversas partes fazendo, arrancando-nos grandes gargalhadas em muitas ocasiões e faz-nos pensar eu já vi isto em qualquer lado!
Um pouco de Sexo e a Cidade, com uma Samantha mais meticulosa, mas sem uma Carrie tão preocupada, talvez com a necessidade de uma Bree, das Donas de Casa Desesperadas e com sorte uns pózinhos de mistério como em Lost, onde tudo se confunde e é uma grande confusão. (vá, o Lost é exagero).
Não se se torna um livro marcante, mas é uma excelente companhia para a sunny beach day and a daiquiri;) lol
Por isso, ponha as ideias e o coração ao sol, aqueça os humores e aproveite a vida, essencialmente no Verão.
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sexta-feira, 9 de julho de 2010
«Guardador de Almas» de Rui Vieira - Opinião
Joaquim é coveiro ou melhor dizendo, guardador de almas. E talvez todas elas imprimam nesta história um movimento frenético, que oscila entre os dois mundos, se é que eles existem com essa separação, talvez menos ténue do que acreditamos ou queremos acreditar.
A escrita de Rui Vieira, destacado pelo Prémio Literário de Almada e publicado agora pela Ambar é sem dúvida digna de um aplauso pela velocidade que as palavras, as pequenas frases, a pontuação e as ideias flutuam nesta narrativa.
Não sei bem como relatar a experiência que tive com este livro, mas posso dizer que foi inquietante, aliás cheguei a lê-lo em voz alta e com assistência, para que não fosse sozinha a presenciar tal prenuncio de loucura. Não estou com isto a chamar o autor de louco, mas a sua escrita vagueia com certeza num mundo lunático onde as palavras causam engarrafamentos e se atropelam pelas ideias e onde a pontuação parece uma corrida de obstáculos a ultrapassar e os parágrafos semáforos vermelhos a transgredir... É isso mesmo, é um experiência alucinante como em hora de ponta a uma sexta-feira, vésperas de fim-de-semana prolongado de fim de Primavera e já estão mais de 30º graus, juntem ainda, centenas de milhares de pessoas todas a quererem sair na mesma saída, aquela que dá para a Ponte Vasco da Gama. O destino é o Algarve. Depois coloquem-nos a todas na mesma praia, com toalhas semelhantes e guarda-sois coloridos das mesmas cores, adicionem filhos, baldes, areia aos montes, o mar em marés vivas e, não se esqueça, subtraia a tranquilidade, o silêncio e a paz de espírito....
Entendeu? Não?
A escrita de Rui Vieira, destacado pelo Prémio Literário de Almada e publicado agora pela Ambar é sem dúvida digna de um aplauso pela velocidade que as palavras, as pequenas frases, a pontuação e as ideias flutuam nesta narrativa.
Não sei bem como relatar a experiência que tive com este livro, mas posso dizer que foi inquietante, aliás cheguei a lê-lo em voz alta e com assistência, para que não fosse sozinha a presenciar tal prenuncio de loucura. Não estou com isto a chamar o autor de louco, mas a sua escrita vagueia com certeza num mundo lunático onde as palavras causam engarrafamentos e se atropelam pelas ideias e onde a pontuação parece uma corrida de obstáculos a ultrapassar e os parágrafos semáforos vermelhos a transgredir... É isso mesmo, é um experiência alucinante como em hora de ponta a uma sexta-feira, vésperas de fim-de-semana prolongado de fim de Primavera e já estão mais de 30º graus, juntem ainda, centenas de milhares de pessoas todas a quererem sair na mesma saída, aquela que dá para a Ponte Vasco da Gama. O destino é o Algarve. Depois coloquem-nos a todas na mesma praia, com toalhas semelhantes e guarda-sois coloridos das mesmas cores, adicionem filhos, baldes, areia aos montes, o mar em marés vivas e, não se esqueça, subtraia a tranquilidade, o silêncio e a paz de espírito....
Entendeu? Não?
O melhor é ler e perceber a velocidade das ideias com que Rui Vieira nos traz esta brilhante composição, quase musical, uma junção megalómana de palavras em colisão, onde as pessoas já se foram, mas resta um bailado de almas confusas.
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Revendo as estantes... «Um Lugar Chamado Aqui» Opinião
Conheci a escrita de Cecelia Ahern exactamente por este livro, contudo a sua obra de destaque era e ainda é "P.S - I love you", julgo que por ter sido adaptado ao cinema, esperemos assim que também este, «Um Lugar Chamado Aqui» seja adaptado, pois se for, será com certeza um êxito ainda maior!
Apesar de já ter lido o livro já há algum tempo, a dúvida que ainda persiste é se falamos de amor, apego, materialismo, esquecimento, morte, fé ou simplesmente de fantasia, ou então de acreditarmos que toda esta história é um misto de pequenas coisas que não queremos perder, mesmo as fantasiadas ou sonhadas.
O quanto é insignificante perder uma meia e quem sabe ter de sair para rua com uma meia de cada par? Importante? Superficial? E se andarem sempre a perder coisas!? Continua a ser insignificante? E se perderem coisas maiores? Imagine perder-se a si e não se encontrar mais, ou talvez quem sabe, perder um lugar e não ser capaz de o achar mais? Vamos achar que está louca, certo? Como pode alguém perder um lugar!? Ou ainda mais estranho perder-se a si mesmo!!!
Talvez não seja no perder e no esquecer-se, mas em não se reconhecer mais ou nem sequer saber onde está e ainda mais além. É a incessante busca e ânsia de chegar, ver, conhecer, saber simplesmente onde se está, o que se procura e para onde se vai.
Num mundo repleto de incertezas por onde devemos nós procurar? Devemos sequer procurar? Devemos sequer ter ânsia de mais, por novo ou diferente? Ou será que a procura não é mais do que o encontro com aquilo que nos define, que nos movimenta e molda e nos faz quem nós somos?
Recomendo vivamente!
Apesar de já ter lido o livro já há algum tempo, a dúvida que ainda persiste é se falamos de amor, apego, materialismo, esquecimento, morte, fé ou simplesmente de fantasia, ou então de acreditarmos que toda esta história é um misto de pequenas coisas que não queremos perder, mesmo as fantasiadas ou sonhadas.
O quanto é insignificante perder uma meia e quem sabe ter de sair para rua com uma meia de cada par? Importante? Superficial? E se andarem sempre a perder coisas!? Continua a ser insignificante? E se perderem coisas maiores? Imagine perder-se a si e não se encontrar mais, ou talvez quem sabe, perder um lugar e não ser capaz de o achar mais? Vamos achar que está louca, certo? Como pode alguém perder um lugar!? Ou ainda mais estranho perder-se a si mesmo!!!
Talvez não seja no perder e no esquecer-se, mas em não se reconhecer mais ou nem sequer saber onde está e ainda mais além. É a incessante busca e ânsia de chegar, ver, conhecer, saber simplesmente onde se está, o que se procura e para onde se vai.
Num mundo repleto de incertezas por onde devemos nós procurar? Devemos sequer procurar? Devemos sequer ter ânsia de mais, por novo ou diferente? Ou será que a procura não é mais do que o encontro com aquilo que nos define, que nos movimenta e molda e nos faz quem nós somos?
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