Poderia ser um relato de uma experiência divertida ou até desafiante, mas a maioria destes campistas sobre rodas, uns sem-abrigo nómadas modernos, viram-se obrigados a reestruturar as suas vidas em função de empregos sazonais mendigados e obsessivamente controlados por gigantes com a Camperforce da Amazon.
O trabalho de Jessica Bruder não se apoia tanto na critica ou denúncia, antes expõe um mapa da geografia possível para o (novo) american dream; o de não sucumbir, em idade de reforma, a dificuldades tão grandes como a da total insolvência.
Neste novo sonho, o possível, existem pessoas destemidas que com os seus testemunhos levam o leitor numa viagem imersiva, deixando-o fixo na forma dolorosa em como subsistem, mas também a forma comunitária e quase idílica em que, juntos, persistem!
E enquanto não chega a possibilidade de ver o filme em DVD, fica uma entrevista interessante sobre o ponte de vista da autora face à adaptação do seu trabalho à grande tela.
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O que sentiu quando viu que Nomadland levou três estatuetas do Oscar para casa, incluindo a de melhor filme? Foi insano. Para mim, a parte mais empolgante foi ajudar Linda Mae e Swanky...
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