terça-feira, 31 de maio de 2016

«Vamos comprar um poeta» de Afonso Cruz :: Opinião




Contrariando a tendência que tenho para me alongar sempre que escrevo sobre os livros que leio e porque aqui podia correr o risco de escrever quase tanto como o texto que compõe este «Vamos comprar um poeta», pois tanto se poderia dizer.
Digo sem rodeios que o melhor que têm a fazer é mesmo comprar um poeta. Se o dinheiro não chegar, o melhor será encontrar o poeta dentro de si ou quem sabe procurar por algum à sua volta, talvez um familiar ou um amigo. Se ainda assim não encontrar um poeta, compre o livro do Afonso Cruz.

"Uma janela é uma janela, mas uma janela que é um pássaro a voar é uma realidade mais profunda, para lá do vidro, algo que está para além da definição do dicionário, está do outro lado da janela, mas que faz parte dela e que a descreve, ainda que por um breve momento.
Uma janela é muitas coisas e..."

Para contrariar o vazio sentimental que afecta a sociedade em geral e combater a precariedade e bancarrota (sentimental) até mesmo dentro das família, uma família pragmática, centrada nas regras e na prosperidade da economia decide dar um novo tom à sua realidade e comprar um poeta.

Na tentativa de ir desembaciando os dias e porque a "poesia é um dedo espetado na realidade" a família vai experimentando as peripécias de ter um poeta deambulando por casa.

Como irão estas vidas lidar com este inutilista?

"(...) estudos afirmam que os poetas vivem com pouca relação com a realidade e com quem os rodeia..."

«Vamos comprar um poeta» é um mini tratado de como olhar a vida para além das definições que vêm no dicionário obrigatório do viver em sociedade. É também o retorno à magia e à poética que os momentos simples da vida têm, mas que pela frieza do crescimento e o passar do tempo vamos perdendo.

"Aos poucos fui começando a perceber o que o poeta dizia (...)
Metáforas.
     Metáforas?
     Sim, confirmou o poeta.
Peço desculpa, mas um sapato não é um luva apaixonada pelas mãos erradas. No mundo onde todos vivemos chama-se mentira e é muito feio, desconta-nos muitos pontos percentuais de moralidade.
(...)
Francamente."


Uma edição Editorial CAMINHO

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Novidade Editorial Presença :: "O Amor nos Tempos Modernos" de Aziz Ansari

COMO É O AMOR NOS DIAS DE HOJE?
AUTOR INDIANO DE STAND-UP COMEDY DÁ A RESPOSTA

Bestseller do New York Times 
Melhor livro de Não-Ficção de 2015 segundo os leitores do Goodreads


Antigamente era mais fácil. Conhecíamos alguém, os pais aprovavam, casávamos, tínhamos um filho e a vida encaminhada. Hoje em dia é mais difícil. Estamos metidos numa aventura perigosa em busca do amor. Mas, graças às tecnologias, as alternativas aumentaram. Com uma simples pesquisa acedemos a informações que por vezes criam grandes expectativas, por outras, grandes desilusões. As gerações atuais não se contentam com uma relação «estável», procuram uma relação idílica no meio de muita confusão.

Neste livro, o ator e comediante Aziz Ansari alia-se ao sociólogo Eric Klinenberg para perceber os meandros do amor nos tempos modernos. O resultado? Um livro irreverente e cheio de humor sobre mil e um tipos de relações dos tempos modernos.


«Inteligente e divertido. Onde estava este livro quando eu tinha 22 anos?»
Stephen D. Levitt, coautor de Freakonomics

«Abordando temas como as aplicações de encontros online e sustentando-se na investigação em ciências sociais, este livro fá-lo- á rir, e, quem sabe, tirar alguns apontamentos.»
USA Today

«Um relato divertido e desconcertante do que os jovens solteiros passam para encontrar o amor na era digital.»
Rolling Stone

«Uma mistura descontraída e entusiasmante de factos, observações, conselhos e muito humor.»
New York Times

Uma novidade
Para mais informações consulto o site da Editorial Presença aqui

Opinião "INCARNATE - Encarnação"

Sinopse:
Quando Ana nasceu, o mundo mudou. Durante cinco mil anos, o mesmo milhão de almas renasceu uma e outra vez, guardando consigo a memória das experiências vividas e de tudo o que aprenderam. Mas Ana é nova. Não é nenhuma das almas que todos conhecem desde o princípio de tudo e, por isso, a sua existência é, para muitos, perturbadora.Temida ou desprezada pela maioria, incluindo a sua própria mãe, Ana quer apenas descobrir quem é e porque nasceu. São essas as razões que a levam a partir em busca de respostas. Mas a perigosa jornada até a cidade Coração é apenas o início da aventura e, contando apenas com a proteção de um amigo inesperado, Ana está longe de imaginar que o seu mistério se prende com o coração da própria cidade

Opinião:
Num mundo de continuas reencarnações, Ana é algo diferente.
A sua condição de sem alma ou nova alma é algo a ser celebrado ou temido?
Que motivo haverá por detrás do seu nascimento?
Estarão o cidadãos de Coração, a capital, preparamos para receber a nova alma que foi exilada longe de tudo e todos?
Será este o princípio da sua curta existência ou o seu final?

Conhecemos Ana no seu 18º aniversário no momento em que sai de casa da suposta mãe para o qual nasceu.
Num mundo onde um milhão de almas renasce em novos corpos vida após vida, Ana foi uma (desagradável) surpresa para todos e Li, a sua "mãe", nunca o escondeu.

Decidida em partir em busca da verdade sobre o motivo da sua existência num mundo de velhas almas, Ana sai do único lugar que conheceu com destino à capital mas tudo a complica ainda antes de começar a sua jornada.
Habituada a ser xingada por Li, a se sentir sem valor e a duvidar de tudo o que lhe dizem, Ana tem dificuldades em se ligar a outras pessoas mas as circunstâncias vai força-lá a mudar.
O aparecimento de Sam, a ajuda que lhe dá, a influência que exerce sobre si, vai mudar para sempre a vida da pequena borboleta Ana, que ninguém sabe por quanto tempo se manterá viva e se no fim irá regressar ou desaparecer para sempre.

Uma desafiante história que me prendeu à leitura até às tantas da manhã. Repleta de conjunturas que nos despertam a imaginação e personagens que nos fazem o coração apertar, INCARNATE dá-nos o mote para a descoberta de Ana sobre a verdade, a crença, o passado e ou insondável futuro, com ou sem direito a reencarnação.


Pautada de momentos majestosamente bem descritos que nos transportam para um mundo que a nossa imaginação vai roubar a meia dúzia de filmes e séries que viu, para depois os preencher com personagens que dão corpo e alma a cenas que na curta vida de Ana, que como a nossa, é efémera e digna de ser vivida em puro êxtase tal é a sua capacidade de se extinguir de um momento para o outro. 
Porque, por mais que acredite na possibilidade de reencarnar, nesta vida somos apenas imortais na mente e coração de quem nos ama.
E não será exactamente o mesmo para Ana?
Mas quem ama uma sem alma?

Ohh acreditem que este livro foi uma agradável surpresa. Quando li a sinopse fiquei curiosa mas não convencida mas agora, não....agora estou simplesmente à espera da continuação.

Quanto ao segundo volume, "ASUNDER", vou esperar sentadinha para que saía por cá.
Já agora, o que quer dizer 
ASUNDER?
"Em Pedaços"
Hm....explica muita coisa que vamos ficar a conhecer no próximo capítulo.

Até lá...
fico a pensar em como seria repetir uma vida atrás da outra, guardando as memórias e os conhecimentos, renascendo apenas num corpo novo.
e até isso acontecer, fico a ouvir esta música em honra de Sam, Ana e da sua paixão pela música

Jodi Meadows é uma aposta

Novidade Casa das Letras :: "Ouve a canção do vento" de Haruki Murakami

Ao fim de trinta e sete anos, Murakami publica os seus dois primeiros romances no Ocidente.


Durante a primavera de 1978, o jovem Haruki Murakami, quando chegava a casa já tarde, depois de mais um dia de trabalho no seu clube de jazz, começou a sentar-se todas as noites à mesa da cozinha, a escrever. O resultado foram duas novelas marcantes – Ouve a Canção do Vento e Flíper, 1973 – que lançaram a carreira de um dos mais aclamados autores da literatura mundial contemporânea.
Estes dois pequenos romances impressivos, em tom de fábula, que por vezes roçam o surreal pelos laivos de ficção científica que os povoam, abordam o quotidiano de dois jovens – o narrador cujo nome nunca chegamos a conhecer e o seu amigo Rato –, perpassado por solidão, obsessão e erotismo. Apresentando uma galeria pela qual desfilam uma rapariga com quatro dedos na mão esquerda, um escritor inventado, o dono de um bar que ouve as confissões de todos os que nele buscam refúgio, um par de gémeas e... gatos, estes dois textos contêm o embrião de todas as características que singularizaram e atravessam todas as obras-primas de Murakami, incluindo alguns dos seus mais recentes livros.

Uma novidade

domingo, 29 de maio de 2016

Novidade Topseller :: Nova série de Tessa Dare

Quem já leu "Romance com o Duque" e "A Noiva do Marquês"?
Ora então se gostaram, agora têm a oportunidade de conhecer uma nova série da autora a ser publicada pela Topseller.
Fiquem a conhecer as histórias passadas em Spindle Cove.


Spindle Cove é uma pacata vila costeira, só para donzelas.
As raparigas bem-nascidas, influenciáveis e que correm riscos de ser seduzidas pelos cavalheiros errados são enviadas pelas famílias para Spindle Cove. Aqui elas deverão «curar-se» com os bons ares marítimos, desenvolver os seus talentos e viver vidas tranquilas. Susanna Finch é a anfitriã da vila e guardiã deste verdadeiro refúgio, livre de homens e de tentações.
Mas com a chegada de um homem…
Retirado da frente de guerra contra Napoleão após sofrer um ferimento, o tenente-coronel Victor Bramwell quer agora recuperar o comando do seu regimento. O seu plano leva-o a Spindle Cove onde, ao contrário do que esperava, acaba por receber um título de conde, um castelo e a responsabilidade de criar uma milícia para defender a vila.
Vai ser palco de uma verdadeira guerra dos sexos.
Susanna teme que a presença de uma milícia na vila desencaminhe as donzelas. E o tenente-coronel tem de cumprir a sua missão para poder voltar para a guerra. Nasce, assim, uma autêntica guerra dos sexos. Mas com a atração crescente que sentem um pelo outro, serão eles capazes de manter os seus planos? Ou irão declarar-se vencidos pelo amor?

Uma novidade

Novidade Topseller : "Os 100 - O Regresso a Casa"

Ohoh o terceiro e ainda não li o primeiro mas já tenho o segundo.
Lógica?
Onde é que isso interessa?!
Acho que não posso ir à feira do livros....
ohoh!


Semanas depois de os 100 terem chegado à Terra, conseguiram finalmente estabelecer um pouco de ordem num ambiente inicialmente caótico e conviver de forma pacífica com alguns dos terrestres que encontraram. No entanto, novas naves chegam do espaço, abalando o equilíbrio alcançado e ameaçando a vida de todos.
Chegou o momento de os 100 se unirem e lutarem para reaver a liberdade que encontraram na Terra. Caso contrário, arriscar-se-ão a perder tudo e todos os que amam… de novo.

Quem já leu o primeiro e o segundo ?

Uma novidade

sábado, 28 de maio de 2016

Novidade Topseller :: "O Segredo de Violet"

Mónica Murphy?
Mas eu ainda não acabei a outra série e já está a começar outra? 
Novidade para Junho que eu não vou deixar escapar.


Que segredo guarda Violet Fowler?

Não sou uma mulher que habitualmente quebre regras. Sempre agi de acordo com o que esperam de mim. Sou uma filha obediente, uma irmã que consola e sabe ouvir, uma namorada paciente e dedicada, uma empresária de sucesso que irá herdar e gerir o império da família, em conjunto com o Zachary, o meu futuro marido.
Mas, assim que o meu namorado supostamente perfeito é nomeado para uma promoção, à qual se candidatara sem o meu conhecimento, tudo se desmorona. Cansada de traições constantes, falta de atenção e tanto egoísmo, acabo com tudo. E então aparece o Ryder…
Insaciável e implacável. Ryder McKay. Nada sei sobre ele. Apenas sei o que me faz sentir. Ele faz-me sentir tudo. De todas as maneiras. Ryder é como uma droga poderosa, e eu sou viciada. Pela primeira vez, a cada dia que passa, mais disposta fico a arriscar e a deixar-me dominar.

O Segredo de Violet revela-nos o poder da possessão, num romance arrebatador e repleto de sensualidade.

Uma novidade

Novidade Topseller :: "As Raparigas Esquecidas"


Numa floresta da Dinamarca, um guarda-florestal encontra o corpo de uma mulher. Marcada por uma cicatriz no rosto, a sua identificação deveria ser fácil, mas ninguém comunicou o seu desaparecimento e não existem registos acerca desta mulher.
Passam-se quatro dias e a agente da polícia Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, continua sem qualquer pista. É então que decide publicar uma fotografia da misteriosa mulher. Os resultados não tardam. Agnete Eskildsen telefona para Louise afirmando reconhecer a mulher da fotografia, identificando-a como sendo Lisemette, uma das «raparigas esquecidas» de Eliselund, antiga instituição estatal para doentes mentais onde trabalhara anos antes. Mas, quando Louise consulta os arquivos de Eliselund, descobre segredos terríveis, e a investigação ganha contornos perturbadores à medida que novos crimes são cometidos na mesma floresta. 

Através de uma narrativa envolvente, vertiginosa e de forte impacto emocional, Sara Blædel não deixa o leitor descansar enquanto não chegar ao fim do livro. 

«Arrepiante! Um enredo fabuloso, pleno de personagens realistas!»
Publishers Weekly

Uma novidade


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Novidade Quinta Essência :: "Promessa de Casamento" de Jennifer Probst

A quem nos tem falado dos livros de Jennifer Probst, ora aqui está o segundo livro da série Casada com um Milionário.
Quem gostou de ler "Casamento de Conveniência"?


Michael Conte, italiano e bilionário, deve resolver uma emergência familiar. Segundo a tradição, tem de ser o primeiro a casar, mas a irmã quer caminhar até ao altar em breve. Para tornar possível esse enlace, Michael tem urgentemente de arranjar uma mulher e apresentá-la à sua encantadora família durante uma viagem a Itália. A escolhida para representar o papel da sua cara-metade é Maggie Ryan, fotógrafa, independente e perfeccionista. Quando lhe fazem a proposta, Maggie, habituada a proteger-se dos laços emocionais desde que o primeiro namorado lhe destroçou o coração, aceita mediante certas condições. Encontra-se convencida de que Michael está apaixonado pela sua amiga e cunhada Alexa e considera-o um perigo para a estabilidade emocional do seu irmão; então pede-lhe que, em troca, deixe a sua amiga em paz. Aparentemente, ambos saem a ganhar do acordo, exceto por um pormenor: os dois têm muito claro que não casariam um com o outro nem que estivessem sozinhos no universo, mas não contavam com um inconveniente importante, a tensão sexual arrebatadora que surgem entre eles.

Uma novidade

Novidade Tinta da China :: "Chega de Saudade" de Ruy Castro

"Chega de Saudade - A história e as histórias da Bossa Nova" de Ruy Castro, carrega no seu título o nome da música preferida da nossa metade colorida no que toca a Bossa Nova.
Como sabemos que temos amantes do género aí desse lado, fiquem a conhecer a história e as histórias que fizeram os tempos áureos da Bossa Nova.


Chega de Saudade: a história e as histórias da Bossa Nova reconstitui a vida boémia e cultural carioca dos tempos da Bossa Nova - discoteca a discoteca, história a história. Para compor esse fascinante mosaico envolvendo música e sociedade, Ruy Castro ouviu dezenas de protagonistas: compositores, cantores, instrumentistas, bem como os seus amigos e inimigos. Uma narrativa que se lê como um romance, cheia de paixões e traições, amores e desamores, episódios cómicos e trágicos — protagonizados por João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Newton Mendonça, Nara Leão, Carlinhos Lyra, Ronaldo Bôscoli, Maysa, Johnny Alf, SylvinhaTelles, Elis Regina e toda uma legião de jovens que eles seduziram com o seu charme e as suas canções.

Uma novidade 

Ah e a música 

Novidade ASA :: "Pessoas Como Nós" de Stephanie Clifford


Evelyn Beegan está cansada de viver na sombra da alta-sociedade de Manhattan. A mãe, obcecada em pertencer aos círculos "certos", engendra plano atrás de plano, em vão. Pois embora a família seja bem-sucedida, o seu dinheiro é demasiado novo e as normas sociais são demasiado rígidas: os Beegan podem ser tolerados mas nunca serão verdadeiramente aceites. 

Aos vinte e seis anos, Evelyn quer simplesmente ter uma vida pacata. Mas - ironia das ironias - ao ficar sem emprego, não tem alternativa senão trabalhar para uma rede social da elite. Uma espécie de Facebook exclusivo para multimilionários que a obriga a frequentar o meio snob que tanto queria evitar. A mãe fica (finalmente) orgulhosa. E na roda-viva de bailes, chás e regatas, até mesmo Evelyn acaba por se deixar ofuscar pelo glamour da fina flor nova-iorquina. Mas a ascensão social tem um preço. E ela não tarda a perceber os sacrifícios que terá de fazer para se manter no topo da hierarquia. Agora que chegou tão longe, estará também disposta a arriscar a alma?

Uma novidade

Oh my, oh my Amie Kaufman!

Depois de termos lido "Quando as estrelas caem" não vamos deixar passar ao lado esta novidade Nuvem de Tinta.
Onde é que está o tempo para ler tudo aquilo que quero ler nos próximos tempos?


Illuminae é diferente de todos os livros que alguma vez leste. Através de documentos pirateados, emails, mapas, arquivos militares, transcrições de interrogatórios e mensagens, vais descobrir que o pior dia da vida de Kadie é apenas o início da história mais trepidante e arrebatadora de sempre.

Querem ficar só a conhece rum pouco mais?
Espreitem a página do livro no Goodreads...é a loucura!

Mais uma novidade brutal da 
NUVEM DE TINTA

Opinião "Uma Viscondessa Fascinante"

A Casa de Trent continua a dar cartas e cada uma melhor que a anterior. 
Quem diria que depois do Duque que casa com a empregada e do irmão leviano que encontra salvação numa missão de resgate, viríamos a ser surpreendidos por mais um homem da complicadíssima prole da Duquesa viúva de Trent?
Esta família é um poço de surpresas e ainda só conhecemos a Lady Esme muito à superfície, imaginem lá do que ela pode ser capaz.
Mas vá...não divaguemos, "Uma Viscondessa Fascinante" leva-nos uns passos mais à frente na busca da Duquesa desaparecida e permite que mais um dos seus filhos encontre a felicidade, num caminho algo tumultuoso e repleto de tiros a cortar o ar à sua volta.


Reencontramos Samson Hawkins na calada da noite, calmo e preparado para executar mais uma das missões que têm sido o seu dia a dia ao ter feito da Agência o seu trabalho e a sua vida. O alvo a abater é um aristocrata inglês que tem sido um traidor para o seu país e o seu Rei. Mas o que teria sido uma operação fácil de executar, torna-se um pesadelo quando uma jovem mulher testemunha essa missão, que culmina nada mais nada menos do que com a morte do seu próprio marido.

Élise, Lady Dunthorpe, nem deveria estar em Londres, quanto mais na mesma sala que o marido e o seu assassino. Levada como salvaguarda ou a caminho do seu destino final, Élise vê-se nos braços de um captor que a confunde, que por mais forte e bruto que aparente ser, a trata com cuidado, como se ela fosse uma gentil flor. 
Uma francesa exilada em Londres, casada há mais de uma década com um Visconde inglês aparenta ser muita coisa que na realidade não é mas será ela uma traidora à pátria que a acolheu? Ou estará completamente ignorante face aos planos engendrados pelo marido para trair a Coroa Britânica?
Até que ponto Sam e os seus colegas podem confiar nesta mulher?
Até que ponto Sam pode confiar em si mesmo?

Enquanto aguarda ordens sobre o que fazer com a única testemunha da sua última missão, Sam trava uma luta interior entre o desejo e a razão. Mal sabe ele que do outro lado, no lugar da sua prisioneira, a dualidade de pensamentos é ainda mais complexa. Porque Élise se sente atraída pelo homem que matou o seu marido? Será que embora a tenha feito prisioneira, a libertou de um mal bem maior? Qual será o destino de Élise? Quem será o primeiro a ceder na reclusão obrigatória a que se viram forçados?

"Eu prefiro concentrar-me no presente. É mais seguro assim. Para mim, o caminho mais directo para a loucura é ficar sentado e imaginar futuros possíveis. E quanto ao presente, estamos seguros"

Ohhhh isto podia ser visto como um caso de Síndrome de Estocolmo mas vá, deixem-se de psycho babble bullshit e apreciemos o resto, o romance entre o homem e uma mulher que viviam sem viver, que estavam adormecidos e que ao se encontrarem acordaram para o melhor de si e do que a nossa existência tem para oferecer.

EU ADORO A CASA DE TRENT!
Eu até vos explicava porquê mas não vos vou dar spoilers.
O facto de serem TODOS dignos de escândalo é a razão primordial da minha adoração. Os detalhes ficam para quem lê os livros.

E quanto à busca da Duquesa, oh há desenvolvimentos e dos bons.
Quando pensávamos que não podiamos ser ainda mais surpreendidos com as mirabolantes histórias que envolvem esta senhora, somos completamente apanhados pela sua última revelação.

Jennifer Haymore, andei a ver e ainda só fizeste um livro para um dos gémeos (Markus) mas e a Lady Esme?
Eu quero ler a história da única mulher na família. Deve ser uma loucura!

Ou melhor, vou ter de ler a outra série publicada por cá.
Ora que chatice!

"Uma Viscondessa Fascinante" e os restante volumes da série A Casa de Trent são uma aposta
Opiniões aos restantes livros da série podem ser lidas AQUI

Novidade Topseller :: "A Casa da Morte" de James Patterson

Uhhhh James Patterson :)

Uma casa com vista para o mar e um segredo mortal que teima em não ficar enterrado


O n.º 7 da Ocean Drive é uma propriedade multimilionária nos Hamptons, com vista para o mar, onde o dinheiro e o estatuto social não conhecem limites. Mas a sua fachada em magnífico estilo gótico esconde um passado terrível: a casa foi palco de uma série de homicídios sádicos e brutais que nunca foram resolvidos. Conhecida como «A Casa da Morte», encontra-se agora abandonada, e os habitantes locais preferem passar à distância. Um casal assassinado e segredos chocantes revelados.
Quando um homem influente e poderoso e a sua amante são encontrados mortos naquela propriedade, a violência do local do crime choca a detetive Jenna Murphy. E o que a princípio parece ser um caso simples acaba por revelar tantos segredos chocantes como a própria Casa da Morte.
Só há uma escolha possível: a verdade ou a morte
À medida que mais cadáveres vão surgindo, Jenna descobre que os segredos que a Casa da Morte encerra remontam ao seu próprio passado. E antes que a fatídica casa faça mais uma vítima, a detetive percebe que terá de arriscar a própria vida para descobrir a verdade. 

A Casa da Morte é um thriller arrepiante e de leitura compulsiva sobre homicídio e vingança, que não vai deixar o leitor indiferente.


Uma novidade

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Opinião "Eve e o Caos"

Eve e Caim, Eve e Abel, Eve e a confusão que a persegue, Eve e o Caos.
Onde Eve vai, os problemas seguem-na. Uns são duros como pedra, outros têm várias cabeças e outros são a personificação do mal em pessoa.
Mas uma coisa é certa, onde quer que Eve esteja, será sempre o epicentro do furacão.


Desde o momento em que se tornou uma marcada, uma guerreira ao serviço de Deus que mata demónios como profissão, Eve passou a atrai-los como um íman do tamanho de um camião.
Ser denominada "a namorada de Caim" já é mais do que um atractivo mas ser o alvo de disputa entre os infames irmãos Caim e Abel sempre fez de Eve o centro das atenções, quer por parte de celestiais, quer de infernais. Nem aos seus colegas Marcados Eve passa despercebida. 
Mas quando os eventos dos últimos livros levam à ascensão do homem que faz o corpo e a mente de Eve ferver, incapacitando-o de manter uma relação com ela, o que será que vai acontecer à proximidade entre Eve e Caim?
Será esta a oportunidade de Abel para cimentar a atracção latente que existe entre ele e Eve? 
Ou serão os problemas que os rodeiam superiores à tamanha confusão amorosa que sempre acompanhou este triângulo escaldante?

"O que é mais importante? ... Que alguém te deseje involuntariamente, por uma questão de hormonas ou de devido a alguma reacção química no cérebro, ou que alguém te deseje porque assim o entendeu, por decidir conscientemente desejar-te"

Nesta altura do campeonato é díficil comentar o que é que quer que seja sobre a série sem dar mais spoilers que aqueles que já dei, especialmente num outro parágrafo desta opinião.
Mas quem já se encontra a bordo desta história sabe quais os seus pontos fortes. Uma heroína badass, dois candidatos fortíssimos a serem o dono do seu coração (e corpo) e uma história que nos leva do céu ao inferno em meia dúzia de linhas.
A série Marcados pega numa temática que existe desde o início dos tempos e dá-lhe um twist brutal em tempo presente, repleto de problemas mundanos e normais que se misturam num cocktail explosivo com todos os detalhes sobrenaturais/divinos.
Digam se esta não a razão principal para esta história ser espectacular?
Ah, esperem....ter sido escrita pela mão da Sylvia Day é igualmente um elemento BRUTAL.

E é com um travo agridoce que me despeço da série Marcados.
Mas e o final....será que é mesmo um final?
Eu não me importava de ler mais qualquer coisinha. Sylvia não me deixes com aquele final ambíguo :)


Eve e Caim?
ou
Eve e Abel?
ou será que é mais
Eve e o desejo avassalador de se livrar da Marca e ser uma pessoa normal?
:)

5 Sentidos, sabemos que existem mais dois ebooks pequeninos...será que os vamos ler?
Será que dava para fazer dois em um, tipo Abel e Caim?

"Eve e o Caos" é o terceiro livro da série Marcados, uma aposta

sábado, 21 de maio de 2016

Novidade Quetzal :: "Cinco Esquinas" de Mario Vargas Llosa


À conversa, sem os maridos, e desatentas da hora do recolher obrigatório, Chabela e Marisa terão de pernoitar juntas. O que aconteceu na cama nessa noite passará a ser um grande e saboroso segredo. Chabela é mulher de um advogado de renome; Marisa, de uma das figuras cimeiras da exploração mineira. O mundo perfeito em que vivem - não fora a constante ameaça dos guerrilheiros e sequestros - será fortemente abalado por um escândalo. Após tentativa de chantagem por parte de Rolando Garro, diretor do pasquim Destapes, a participação do engenheiro Enrique Cárdenas numa orgia será tornada pública em todos os seus pormenores mais sórdidos. Segue-se um assassínio brutal. Mas a relação de tudo isto com o poder político, nomeadamente com o homem que na verdade governa de forma corrupta e autoritária o país, o Doutor, braço direito do presidente, será trazida à luz: curiosamente pela coragem e fibra da redatora principal do referido tabloide que usa o nom de plume «La Retaquita».

Uma novidade

sexta-feira, 20 de maio de 2016

As cores de Branca de Lara Morgado - Opinião



António Galvão é herdeiro de uma terra com o mesmo nome. É um homem distinto e com história. E quando decido prolongar a sua, vê-se a braços com sete filhas. António e Branca são pais de sete meninas. Na raiva do momento que cada nascimento lhe traz, António chama a cada uma, Branca. Filhas de Branca. Filhas indesejadas, pouco amadas, uma com tanta importância como a anterior, pouca ou nenhuma, daí que o pai, desejando um filho varão, não as quisesse distinguir, amar ou conhecer. Trágica e misteriosa a história que se vai abatendo sobre esta família, ainda só com o nascimento de tantas meninas, ainda assim percebia-se que uma maior tragédia era inevitável.

"O amor e o prazer eram substituídos pela perícia. Como se de um procedimento se tratasse. (...) Tudo valia para que aquele momento decisivo esculpisse um pénis.
Mas, até àquela altura, Branca parira apenas desilusões. 
E assim eram as suas filhas: uns quantos rascunhos que respiravam e comiam. Umas vidas iguais à sua. Insignificantes.
(...) Mas as Brancas barulhavam alegres as suas vidas. Como condenados que desconhecem a sua sentença..."

Condenadas é sem dúvida um bom adjectivo para aplicar a estas vidas fragmentadas, amadas pela metade, sentidas como se de sobras se tratassem. A inevitabilidade da tragédia pesara para sempre na vida desta família e esse peso sente-se na narrativa, apesar da mesma avançar quase duas décadas em meia dúzia de páginas, numa escrita fluída, crua e muito rica em imagens. Porém, com o tempo, a vida que passa pelas personagens é como se a própria narrativa de Lara Morgado ganhasse a mesma subjectividade que acompanha Branca e a história da sua vida. Talvez o leitor sinta a necessidade de estabelecer certas analogias com os nomes, os números, os eventos, o regresso, o todo e as partes... as várias questões que vão sendo levantadas, de modo a compreender (ou aceitar!?) o enredo.

"Galvão tinha chamado os seus filhos. E todos se sentiam pertença daquele lugar. As memórias confundiam-se com o presente. Os lugares com os sentimentos. Tudo parecia renascer numa súbita e inesperada sensação de recomeço. E naquele salão forrado a requinte os galvenses enalteciam a sua, até então, vulgar existência."

Contrariando esta ligação e o estranho episódio que acontece na vila, mas que não deixa de ter contornos sociológicos muito interessantes, somos sempre levados a pensar mais além, na mensagem subliminar que a autora possa querer passar e para mim é esse o lado curioso deste romance. A importância de cada um de nós, com as suas qualidades, medos e vontades, no colectivo. Essa emboscada, quase um flagelo, que é o colectivo. Ainda assim, acho um pouco rebuscada a forma como encontrou para que a Branca, mãe de todas as Brancas, fizesse valer o seu nome; cor da luz que reflecte todas as outras, a espiritualidade, a calma, mas também o luto das culturas orientais, a fonte de renascimento e libertação.

*
Não posso deixar de dizer que a capa funciona muito bem como ilustração, um resumo muito bem conseguido de todo o luto e fragmentação vivida nesta história. 


*
Um edição, PORTO EDITORA.

Novidade Planeta - "A Viúva" de Fiona Barton

Um marido amoroso ou um assassino sem coração... Ela sabia, não sabia?


A MULHER
A existência de Jean Taylor era de uma banalidade abençoada. Uma boa casa, um bom marido. Glen era tudo o que sempre desejara na vida: o seu Príncipe Encantado. Até que tudo mudou.

O MARIDO
Os jornais inventaram um novo nome para Glen: monstro, era o que gritavam e lhe chamavam. Jean estava casada com um homem acusado de algo impossível de imaginar. E à medida que os anos foram passando sem qualquer sinal da menina que alegadamente raptara, a vida de ambos foi sendo escrutinada nas primeiras páginas dos jornais.

A VIÚVA
Agora, Glen está morto e pela primeira vez Jean está só, livre para contar a sua versão da história.

Jean Taylor prepara-se para nos contar o que sabe.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«[Jean é] um enigma fascinante… Barton sabe como elevar a fasquia da tensão.» The New York Times

«[Uma] história incrível… com um hipnotizante narrador nada confiável… que lhe dará cabo da cabeça.» Oprah.com

«Eu li A Viúva com a crescente sensação de que folheava as páginas do novo A Rapariga no Comboio deste ano. Todos os ingredientes para um grande best-seller e de um romance de que todos irão falar.» The Bookseller

Uma novidade

Novidade Topseller :: "Príncipe dos Espinhos"

Finalista do prémio Goodreads para Melhor Livro Fantástico 


Com apenas 9 anos, numa emboscada planeada pelo inimigo para erradicar a descendência real, o príncipe Jorg Ancrath é atirado para dentro de um espinheiro, onde fica preso, com espinhos cravados na sua carne, a ver, impotente, a mãe e o irmão mais novo a serem brutalmente assassinados.
De alma destruída, sedento de sangue e de vingança, Jorg foge da sua vida luxuosa e junta-se a um bando de criminosos e mercenários, a quem passa a chamar de irmãos. Na sua mente há apenas um pensamento, matar o Conde de Renar, o responsável pelas mortes da mãe e do irmão, pelas suas cicatrizes e pela sua alma vazia.
Ao longo de quatro anos, Jorg cresce no seio de batalhas sangrentas, amadurece em guerras impiedosas, torna-se um guerreiro cruel e vai ganhando o respeito dos seus irmãos até que se torna o seu líder. Agora, um reencontro vai levá-lo de volta ao castelo onde cresceu e ao pai que abandonou. O que vai encontrar não é o mesmo sítio idílico de que se lembra, mas o príncipe que agora retorna também não é mais a inocente criança de outrora, é o Príncipe dos Espinhos.

Uma novidade

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Opinião AFTER 4 - Depois da Esperança

Depois da montanha russa de discussões e paixão tresloucada que tem sido a vida de Hardin e Tessa, que loucura nos espera neste livro?
Que raio é o que Hardin vai fazer desta vez?
Que mais pode acontecer a estes dois??
Opah e não é que eu tinha as respostas erradas para todas estas perguntas?!
Apanhaste-me Anna Todd!
Damn you :)


"AFTER - Depois da esperança" traça um novo caminho na vida de Hardin e Tessa.
Depois de meses de dramas, discussões, traições e sabe-se lá mais quantas coisas, Tessa pegou nas saias e mudou-se de malas e bagagens para Seattle, o que já não era sem tempo.
Em Washington ficou Hardin, relegado a um apartamento vazio, uma cama fria e uma distância auto imposta por um amor que por mais forte que seja teme ter atingido os seus limites.

Decididos em manter a distância mas incapazes de se manterem afastados, é numa dualidade de sentimentos e emoções que estes dois avançam nesta nova fase das suas vidas.
Quem irá ceder à pressão da distância?
Quantos mais entraves irão surgir na vida de Hardin e Tessa?
Que novo acontecimento irá lançar por terra o esforço que ambos fizeram para se recompor ao longo dos últimos tempos?

Aqui entraria a parte em que vos começo a explicar as coisas mas como sabem muito bem, eu gosto mais de espicaçar do que "spoilar".
No entanto, acho que posso dizer isto: se pensavam que este quarto livro da história estava repleto de mais dramas e discussões que nos fazem querer dar dois tabefes a cada um, estão enganadas. Numa luta interior (pouca vezes exteriorizada) Hardin faz tudo por manter o seu mau feitio dentro de níveis aceitáveis e Tessa acaba por aceitar que há coisas que além de não conseguir mudar, não tem intenções de o fazer.

O quê? Esperavam mais choro, gritos e mãos ensanguentadas? Ohh, não se preocupem, vão ter!
E se já ouviram dizer, eu reforço mais uma vez.
Wow! Que fim!
Grande bomba lá para o final (façam um favor e NUNCA leiam a última página antes de começar a ler um livro).

Já agora, porque será que há uma parte de mim que adivinha exactamente o que vem aí no 5º livro?
Quando é que chega mesmo?
Oh, oh....fui ler a sinopse do quinto livro...Anna Todd, para o teu bem, espero que me dês mais alguma coisa depois da bomba que rebentou nas últimas páginas.
Raios, fiquei viciada nisto! :S E pensar que não gostei muito de ler o primeiro.

E vocês, quem se vidrou na história de Hardin e Tessa?
Sabiam que já estão quase escolhidos os actores para a adaptação da história para o cinema?
Ah pois, isto vai para o cinema.

E agora deixo-vos com um pouco da minha banda sonora pessoal que acompanhou a leitura

A série After de Anna Todd é uma aposta
Para mais informações consultem o site Editorial Presença aqui.

Opinião aos primeiros três livros da série
After 1
After 2 - Depois da Verdade
After 3 - Depois do Desencontro

Novidade Topseller :: "Teia de Mentiras"


Jack Quinlan viveu assombrado durante décadas pelo assassínio brutal da sua mãe, cujo corpo foi ele que encontrou, em adolescente, no celeiro da quinta da família. Na altura, o caso abalou a pequena cidade de Penny Gate, à qual Jack evitou regressar durante anos.
O passado nunca fica esquecido.
Quando a sua tia Julia sofre um acidente e acaba em coma no hospital, Jack e a mulher, Sarah, veem-se obrigados a enfrentar o passado de que Jack vinha a fugir. À medida que a verdade sobre o acidente de Julia começa a revelar-se e este se transforma num caso de polícia, Sarah apercebe-se de que nada sobre a família do marido é o que aparentava ser.
Onde está a verdade?
Apanhada numa teia de mentiras e de perguntas sem resposta, Sarah mergulha no confuso passado de Jack à procura da verdade. No entanto, quanto mais se vê envolvida, mais difícil se torna para ela escapar de uma realidade para a qual poderá não estar preparada.
Num crescendo de ritmo e ação, este é um thriller de conspiração internacional com um final alucinante, que os amantes do género não podem perder.

Uma novidade

Novidade Guerra & Paz :: "Feliz Divórcio"


Hoje, sete em cada dez casamentos acabam em divórcio: a separação já não é um estigma. Banalizado, nem por isso o divórcio deixa de ser um processo individual doloroso, que provoca uma gigantesca mudança de vida. Neste percurso solitário surgem muitas dúvidas e pensamentos negativos difíceis de partilhar até com os mais próximos. Feliz Divórcio quer ser um Manual de Instruções para uma separação o mais saudável e informada possível, desde a nova lei do divórcio às responsabilidades parentais, passando pelo processo interior de transformação, a aceitação do passado e o trabalho necessário para conseguir adaptar-se a esta nova vida, que implica mudanças na relação com a família, os amigos, os filhos e, sobretudo, consigo. Se vai passar pelo processo, se vive neste momento uma separação ou se ficou com marcas de uma separação recente, já terá percebido que raramente tem informação objectiva, fidedigna e sobretudo franca e honesta sobre o assunto. É o que vai encontrar neste livro.

Uma novidade

Mais informação aqui

quarta-feira, 18 de maio de 2016

"A invenção do amor" de José Ovejero :: Opinião


José Ovejero venceu com este "A invenção do amor" o Prémio Alfaguara Romance em 2013 e em boa hora a vinda do autor a Portugal, para um evento na Fundação Saramago, me fez ler este livro arrebatador que prende o leitor com a força típica de um thriller

"Nunca utilizo a palavra amor. Nunca leio romances de amor. (...) é impossível contar uma história de amor, porque já foram todas contadas. 
Os amores felizes são todos parecidos; os desafortunados também."

*

Um homem que não conhece uma mulher que lhe dizem ter sido sua amante, inventa para ambos um amor que não existiu, na esperança de contornar a passividade que tem sido a sua vida.
Infeliz ou sem força sequer para ser feliz; Samuel entra na vida da falecida Clara e por arrasto na da sua irmã Carina, tal como entra pela vida do leitor. Ele mente e arrebata-nos! Pouco depois do começo e da notícia da morte de Clara, somos completamente apanhados pela transformação que Samuel tenta viver, suplantando a sua própria existência banal e desconexa. 

No entanto, é por essa existência moderadamente feliz que vislumbramos um personagem irónico e de um humor peculiar.

"Qual seria a sua estratégia para continuar a ser passivamente infeliz?
Adoro as nossas discussões inúteis, o gozo da repetição, que nos recorda quem somos. Não conversamos para chegar a uma conclusão, mas para ouvir os outros a rebater qualquer argumento nosso, saber que podemos contar com eles, que não nos vão deixar sozinhos com as nossas contradições.
(...)
E, depois de vislumbrarmos essa possibilidade, continuamos a ruminar placidamente as nossas vidas (...) moderadamente satisfeitos, fazemos a digestão dos nossos sonhos."

A ironia do que é dito revela-se logo de seguida, porém, quem é que nunca mentiu para sentir a adrenalina e a vertigem de seguir com uma mentira, apenas pelo fascínio de ficcionar sobre a sua própria vida, dando-lhe contornos mais vivos e talvez menos banais.

"(...) fecho os olhos e pergunto-me para qual Samuel será o conteúdo do envelope, se será para mim ou para o outro que começa a ser eu, pois ando a viver uma parte da vida que lhe caberia a ele..."

Podemos dizer que Ovejero alimenta uma esquizofrenia saudável no leitor, pois queremos tanto que Samuel siga sendo o Samuel do terraço, como sendo o Samuel do outro piso. E já por esta frase, que pouco sentido fará para quem não leu, se perceberá que é exactamente assim que se avança, conhecendo Samuel, mas também Clara, como peças de um puzzle que se tentam encaixar. E mais, o autor nunca deixa o leitor de fora, nem as outras pessoas todas com quem os personagens convivem, pois só assim o quadro fica completo e acrescenta mais visões. Qual será a mais real?

"(...) as pessoas que têm admiração por nós causam-nos desconforto porque não reconhecem as nossas fraquezas; admirarem-nos é uma maneira de negar as nossas fraquezas; admirarem-nos é uma maneira de negar quem na realidade somos."

E como isto o leitor não podia estar mais dentro do livro, e essa é a sua maior valia, o que o torna tão especial, estamos constantemente a sentir que o autor fala de nós e para nós. E essa tendência nunca se desvia, nunca se perde, nem mesmo no final. 

"Não nos conhecemos. É impossível conhecer outra pessoa (...). Há sempre um recanto escuro, uma faceta que, mesmo ao fim de muitos anos, não deixaria de nos surpreender (...) Em algum lugar de nós mesmos estamos sozinhos, ninguém nos pode acompanhar (...).

Há um poder introspectivo e transformador neste livro. 

*

Um livro Alfaguara | Editora Objectiva
Veja mais aqui, blog:


«À ESPERA DE BOJANGLES» de Olivier Bourdeaut :: Opinião



De forma galante e com um charme inebriante, Georges, o homem com ar de cavaleiro prussiano, conduz Liberty Bojangles, a mulher que podia ser muitas mulheres, numa dança interminável. Ao som de Mr. Bojangles, na voz de Nina Simone, o casal enfeitiça o filho, o mesmo que nos relata a maior parte desta espera, desvendando uma vida pautada pela luta contra a normalidade e a vontade de fazer da vida uma festa contínua. 

"Bastou um cocktail e uma música dançada a dois para que uma mulher doida e com um chapéu coberto de penas me fizesse apaixonar loucamente por ela, convidando-me a partilhar a sua demência."

Oiça aqui, a maravilhosa Nina Simone - «Mr Bojangles»

 A música será sempre a mesma e faz todo o sentido ouvi-la todas as vezes que conseguirmos. É um bálsamo. A voz de Nina Simone é determinante para que nos apaixonemos por completo por toda a bolha de loucura em que vemos crescer um menino que tem um ave como irmã. Vê-mo-lo crescer e aprender a lidar com pequenas mentiras e outros rasgos de loucura que contornam o sentido da vida, pelo menos o sentido esperado para alguém da sua idade.

"Escrevia como «um espelho», disse-me a professora, embora eu soubesse muito bem que os espelhos não escrevem. (...) A minha mãe gostava muito da minha caligrafia de espelho (...)
- Que maravilha! Escreva lá o meu nome em caligrafia de espelho para eu ver! - dizia com um olhar cheio de admiração.
Depois guardava os papelinhos onde eu escrevera no cofre das jóias, porque, dizia:
- Uma caligrafia destas é como um tesouro...
(...)
Para que a caligrafia se desenvolvesse no bom sentido, a professora mandou-me para uma senhora que corrigia as letras sem nunca lhes tocar e que, sem qualquer ajuda, sabia trabalhá-las para as recolocar no seu devido sítio. E então, para grande desgosto da minha mãe (...) fiquei quase curado."

Existe uma constante algazarra, uma bipolaridade divertida que entretém o leitor e o delicia de episódio em episódio, numa fuga constante à razão. Importa dançar e assumir o controlo da vida nessa fracção de poucos minutos em que esquecemos as coisas que constantemente nos deixam à espera.

"Não lamentava nada, não podia nunca lamentar uma tão doce marginalidade, as nossas permanentes caretas de desprezo pela realidade, os manguitos às convenções, aos relógios, às estações, a língua de fora ao 'que irão pensar as pessoas».

Porque é preciso virar a página, leiam «À espera de Bojangles»!