Penetrando nas perversas vidas intimas de Justine e Juliete, esta obra erótica de Marquês de Sade, muito mais rebuscada e dissimulada que a maioria das leituras eróticas que tenho feito, leva-nos a viajar nos meandros seculares das orgias, das provações, das torturas e das vidas sexuais da alta burguesia e do clero.
O livro descreve com detalhes floreados e sombrios os prazeres proibídos e jocosos vividos na escuridão e na frieza de um castelo misterioso e longínquo.
Às mãos de tais comportamentos desvirtuosos, pois os maiores abusadores eram os clericais "Não me abandonaram, em quaisquer circunstâncias da minha vida, os sentimentos de religiosidade", estavam diversas mulheres que eram castigadas em orgias rebuscadas.
A leitura é uma viagem por palavras nacionais, estrangeiras, umas cultas, outras menos, umas mais rebuscadas, outras simplificadas, algumas levam-nos às lágrimas, muitas delas às gargalhadas e as melhores, aquelas que nos deixam abismadas, tamanha é a profundeza da ideia, da genuinidade expositiva, onde a simples contemplação daquelas palavras nos deixa assim: sob o Efeito dos Livros!
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
«Justine», Sade - Opinião
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