Sinopse:
O que é que um homem pode fazer quando oito anos de um casamento
sólido e feliz culminam num divórcio amargo e litigioso? Como é que um
homem assim pode redescobrir a sua virilidade, depois de anos de serões
culturais, workshops de culinária e tardes de fim-de-semana passados às
compras com a mulher? Só há uma solução: Beber, jogar e… bom, divertir-se
o mais possível. Bob Sullivan era um marido fiel e dedicado até ter sido
bruscamente abandonado pela mulher. Farto de ser o bom da fita, Bob
decide gastar o dinheiro que lhe sobra (entre as contas do advogado e a
pensão de alimentos) a viajar pelo mundo, a divertir-se e a dar cabo de
alguns neurónios. Deixa a sua casa em Nova Iorque para ir beber até cair
para o lado, na Irlanda, jogar dia e noite nos melhores (e piores!) casinos, em
Las Vegas, e deliciar-se com os prazeres (não culinários) da carne na
Tailândia. Depois de uma vida inteira a ser responsável, seguro e previsível,
Bob decide entregar-se às suas fantasias mais loucas. Afinal, qual de nós
nunca sonhou entrar num concurso de atirar facas à porta de um pub em
Dublin? E o que poderá ser mais excitante do que ganhar uma fortuna num
jogo de cartas para a perder logo a seguir com uma aposta completamente
descabida num jogo de futebol? E quem sabe que prazeres se poderão
desvendar numa cabana tropical nas profundezas de uma floresta tailandesa?
Beber, Jogar, F*der é uma narrativa surpreendente, cheia de humor e deveras
inspiradora, que revela como as mais profundas transformações espirituais
também podem advir de comportamentos menos espirituais!
A minha opinião:
Mediocre foi a minha primeira análise do livro ainda não estava a meio.
Confesso que tive de parar e pensar que este não é o "comer, orar e
amar", não é um livro (supostamente) para ser levado a sério, no
entanto, é sobre um assunto tão real que prometi a mim mesma que o ia
ler todo e tirar uma conclusão decente na história. Consegui, coloquei
de parte a ideia inicial de que este livro era uma versão masculina do
outro que tantas copias vendeu e decidi aprecia-lo como uma decisão que
qualquer um de nós poderia fazer, embora nem toda a gente se interesse
com tanto afinco por bebida, jogo e sexo. Via-me bem a fazer uma viagem assim, oh se via, digo se a minha vida se apresentasse nas mesmas condições que a dele.
Talvez esteja tão habituada a ler livros do ponto de vista feminino que
me esqueço como os homens conseguem ser concisos nos seus pensamentos e
embora estejam a falar do mesmo assunto durante páginas conseguem lá
meter mais conteúdo do que nós mulheres, que divagamos sobre um assunto e
temos vezes que nunca chegamos a lado nenhum.
"Beber, Jogar e F*der" (confesso que adorei andar com o livro pelos
transportes públicos a chocar pessoas), é o resultado da aventura e da
libertação de um homem, que após anos de escravidão a uma relação que
parecia perfeita e de total omissão dos seus gostos e vontades a favor
das da companheira, se vê deixado pela mesma mulher, que afinal achava
que ele era o problema.
Uma viagem pelos bares da Irlanda, pelos Casinos de Las Vegas e pelos
dias e noites de sexo na Tailândia. Para uma mulher, este é apenas mais
um livro engraçado, para um homem talvez seja uma bíblia. Com certeza
uma prenda ideal para os amigos solteiros, casados ou divorciados, mas
acima de tudo, para amigos com sentido de humor, não vá algum maluco
levar o livro a sério e embarcar numa viagem destas.
Não posso colocar uma frase preferida por isso:
“Este livro nunca foi escolha da Oprah!”
a prova esta logo na capa