Não tardei a aceitar e claro a encetar tal leitura.
E que leitura, que surpresa!
Uma atrás da outra.
Peguem em palavras simples, ideias concisas, um enredo que vai desde a guerra fria até às quezílias mais a Oriente. Esqueça ideias pré concebidas sobre a morte ou sequer sobre a vida e esqueça ainda determinadas formalidades e moralidades acerca de vidas paralelas, clonagem ... especule pouco, sinta mais!!!
Um livro orientado para a leitura em compasso acelerado, tal é o desenrolar de acções e novidades que nos fazem querer saber mais, descobrir o que há ainda mais por descobrir e perceber como é que coisas mortas ganham vida e importância.
Não pense em detalhes fastidiosos, nem queira esmiuçar aquilo que não tem resposta nem explicação. Esta história bebe no amor e embebeda-se de segundas oportunidades. O amor paternal, a paixão tão poderosa e marcante como a guerra, a distância que isola mas não atenua a saudade... este é um livro simples, volto a dizer, com ideias atribuladas e com pontas soltas por esclarecer... mas afinal... quem é que, no amor, está assim tão esclarecido e detentor de toda a verdade!?
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É difícil nesta aldeia global por vezes não se ter sempre a sensação de que a repetição acontece.
Eu arriscaria a dizer que a repetição é uma nova forma de arte, onde a redefinição, o limar arestas e o pensar-se nas coisas de outro ponto de vista é por si mesma uma outra forma de criatividade e de pensar o que já foi pensado.
Esta história levou-me também os pensamentos para longe, locais cheios de boas recordações ou não tivessem sido 3 das minhas viagens favoritas: Berlim, Roma e Nova Iorque... a diferença entre as "alemanhas" tão bem sentido (ainda agora) em Berlim; as trattorias e os cheiros macarrónicos de uma Itália que me encanta e claro, não podia deixar de ser... um passeio pelos quarteirões da "big apple" onde tudo consegue ter quase tanta mágica como os animais e bonecos animados criados pela mão e Julia.
Não posso terminar sem antes dizer que neste livro toda a acção que envolve Adam acaba por ser hilariante... pensando nele como um cartoon, ele seria assim um boneco estilo cabeçudo (e depois vejam o porquê da analogia), com acessos de barata tonta, com uma pitade de temperamento canino e uns instinto de perseguição de lesma... AMEI!
Para terminar deixo-vos um excerto de romance, afinal este livro é uma história de amor... só não vos digo é como é que ela aparecem... talvez uma imagem valha mais do que mil palavras...
"Tu és e serás sempre na minha memória a coisa mais bela que me aconteceu. vejo quanto te amo ao escrever estas palavras. Até breve, talvez. De qualquer modo, tu estás ai, estarás sempre aí. Seja onde for, sei que tu respiras e já é muito. Amo-te (...)"
Quem leu este ou algum outro livro de Marc Levy?
Eu tenho que confessar que fiquei bastante interessava na duologia (será assim?) ora se 3 livros são uma trilogia, dois serão uma duologia? faz sentido, mas irei perguntar a quem mais sabe sobre língua portuguesa.
Mas voltando a Marc Levy, a curiosidade alastrou-se a "A primeira noite" e a sequela (que os entendidos, dizem ser este o nome correcto) "O primeiro dia."
Aproveito para divulgar os booktrailer... uma nova moda que eu adoro.
Boas Leituras,
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