Arranco para a "Vingança veste Prada" com o filme na cabeça e com o seu final bem fresco na memória. Ainda outro dia estive a rever o filme que já não via desde 2006 e continuei a adorar a dinâmica da história por isso não podia deixar passar a oportunidade de ler a continuação e as possíveis complicações que Andrea sofre como consequência de ter ignorado e "deixado" Miranda na mão. Ninguém deixa Miranda Prestley, ela é que os descarta.
Por isso, quando em "O Diabo Veste Prada" deixamos Miranda, o Diabo em pessoa, sozinha em Paris depois de Andrea, a nossa heroína, a ter mandado passear, a ela, às suas regras, aos telefonemas incessantes e à sua atitude desprezível, sabemos que a vida de Andrea até pode ter um período calmo mas se deseja trabalhar na área editorial e em Nova Iorque irá sem duvida voltar a cruzar caminhos com
Miranda (nem que seja nos seus pesadelos).
É exactamente ai que estamos com o início de "A Vingança Veste Prada"

Gostei de reencontrar Andrea mais crescida, nem sempre confiante, especialmente no momento em que está iminente o dia do seu casamento com o que parece ser o homem da sua vida (e de sonho de muita mulher). Ficamos a conhecer Max, aparentemente perfeito, bonito, de boas famílias, responsável e que está perdido de amores por Andrea, independente do que ela possa achar escassos minutos antes do enlace.
É neste momento inicial, onde começamos a conhecer o presente da Andrea, que temos oportunidade de viajar ao passado para saber o que se passou e como é que ela chegou até ali, quer pessoal ou profissionalmente.
É interessante saber que a seu lado está Emily que NUNCA pensámos ver como aliada de Andrea e que juntas, conseguiram criar um negócio de sucesso, tão valioso que acaba por chamar atenção do grupo editorial da Runaway, agora chefiado pela malfadada Miranda.
Este é toque final na salada russa que é a sua vida.
Sob os ombros de Andrea pesam as dúvidas sobre o seu recente casamento, as responsabilidades da vida adulta, o fantasma do ex namorado e a decisão complicada de vender a revista à mulher que mais despreza no mundo é exactamente a última coisa em que quer pensar. Colocar nas mãos de Miranda o seu "bebé editorial" é tema permanente ao longo do livro mas nem de todo o mais desenvolvido, sendo a vida de Andrea e os seus drama o ponto fulcral deste segundo volume.
Embora tenha gostado de ler esta continuação, sinto que se perdeu a oportunidade de ver mais momentos de tensão com Miranda em cena, focando a trama uma pouco mais na venda do projecto de Andrea e Emily e menos em certos aspectos pessoais da personagem principal. Acho que é a sempre a malvada expectativa que me estraga certas continuações.
Infelizmente, e embora não tenha lido o primeiro livro (só li opiniões e vi o filme - que adorei), esta sequela não faz juz ao nome do livro, à qualidade maquiavélica e brilhante da primeira parte e o enredo não me arrebatou, salvam-se apenas algumas excepções, especialmente um ou outro detalhe nas cenas finais. Parece-me uma vã tentativa de prolongar o sucesso que foi o primeiro livro e consequente filme.
Um pouco mais Miranda, mais vingança a sério e menos drama pós casamento de Andrea e teria sido a receita para o sucesso, pelo menos aos meus olhos. Em filme, será sem dúvida um show!
Quando sair o filme, estou lá para confirmar a minha opinião.
Uma leitura com o apoio

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