Nica Rothschild nasceu no seio de uma família rica. Casou com um barão e era mãe de cinco filhos. Parecia destinada a uma vida fácil e convencional. Uma viagem a Nova Iorque mudou tudo. Estava já a caminho do aeroporto quando ouviu uma música tocada por um pianista desconhecido, Thelonious Monk. Nica ouviu a gravação vinte vezes seguidas, perdeu o avião e nunca mais voltou para casa. Acabava de nascer a paixão abrasadora que viria a consumir o resto dos seus dias. Como que enfeitiçada, largou tudo e instalou-se em Nova Iorque. E a cidade rendeu-se. O seu Bentley descapotável passou a ser presença familiar à porta dos clubes de jazz. A visão de Nica a fumar e a beber whisky de uma garrafinha disfarçada de Bíblia era uma constante. Foi deserdada mas a sua influência não conheceu limites.
Quem foi esta mulher que atravessava com o mesmo à-vontade imponentes mansões inglesas e campos de batalha em África, onde trabalhou como motorista e criptógrafa? Que viveu com o mesmo ardor os tempos negros do Holocausto e a fervilhante noite nova-iorquina? Cujo nome ficaria para sempre ligado à vida cultural do século XX? Esta obra - escrita pela sua sobrinha-neta - não é apenas a biografia de uma mulher muito à frente do seu tempo. É um sedutor e inédito vislumbre de um mundo interdito à maioria das pessoas.
O retrato de uma era perdida para sempre.
Uma novidade para Maio da
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