sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Editorial Teorema "Adoração" de Cristina Drios


Em 1969 um quadro de Caravaggio chamado Natividade com S. Francisco e S. Lourenço, conhecido também por A Adoração, foi roubado do Oratório de uma igreja em Palermo, na Sicília. Ao contrário do que aconteceu com outros quadros igualmente valiosos e roubados, que foram encontrados mais tarde, este nunca reapareceu e existem várias teses à roda deste mistério, uma das quais defende que o quadro está na casa de algum poderoso homem da Máfia desde então.

Este romance cruza três histórias: a história de como o pintor Caravaggio, no século XVII, fugindo a uma condenação à morte em Roma, pintou na Sicília o referido quadro a pedido do duque de Nottetempo, enquanto aguardava o perdão do Papa para poder voltar à capital; a história de como este duque de Nottetempo tinha uma completa adoração pelo pintor Caravaggio e dos escritos que deixou - e são um dos pouquíssimos testemunhos que falam deste pintor; e a história de uma rapariga rica, nos anos 1990, que assiste a um homicídio da Máfia numa praça de Palermo, presta declarações a um comissário de polícia e acaba por levar para casa (o palácio onde viveu o duque de Nottetempo na sua época) o cachorrinho do homem assassinado; mais tarde, descobre em casa um estranho caderno preto que, aparentemente, tem informação sobre o roubo do quadro de Caravaggio nos anos 1960 e decide contactar esse comissário que, tendo ele próprio perdido a mulher por causa da Máfia, resolve proteger a rapariga e denunciar o caso.

Uma novidade

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